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Por Jornal Nacional


Estudantes brasileiros ficam abaixo da média em avaliação sobre criatividade

Estudantes brasileiros ficam abaixo da média em avaliação sobre criatividade

Estudantes brasileiros ficaram abaixo da média em uma avaliação internacional sobre criatividade. Os resultados foram divulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Pela primeira vez, uma das mais importantes avaliações internacionais da educação procurou medir a criatividade de estudantes de 15 anos na solução de problemas sociais e científicos. E o resultado não foi nada bom. O Brasil foi reprovado em pensamento criativo. Aquela habilidade fundamental para encontrar novas soluções para velhos problemas, para inovar, para fazer diferente. Entre os 64 países que fizeram a prova, o Brasil ficou na posição 44.

Quase 55% dos alunos tiveram baixo rendimento em criatividade. Nas soluções dos problemas, os alunos brasileiros mais ricos ficaram 11 pontos à frente dos estudantes mais pobres. As meninas foram melhor do que os meninos. Na escala de 0 a 60 pontos, o Brasil ficou muito atrás dos primeiros colocados. Somou só 23 pontos; perdeu para países como Chile, Uruguai, Costa Rica e Colômbia.

Uma pesquisadora da área de educação diz que os países que foram bem são exemplo.

“Isso passou por um currículo que, sim, traz não como uma aula separada, mas de forma transversal, em todos os componentes, muito apoio para os professores, com formação, com acompanhamento”, diz Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social.

Segundo a pedagoga Silvia Lima, é importante ter em mente que criatividade pode e deve ser aprendida na escola.

“Oportunizando vivências artísticas, teatrais, favorecendo o diálogo, a colaboração e a resolução de problemas por parte dos estudantes”, afirma Silvia Lima, especialista em educação do Instituto Ayrton Senna.

Várias formas de chegar a um resultado. É o mantra da professora Edjane Pereira da Costa. As tampinhas coloridas ganham valor, viram jogo na aula de matemática em uma escola municipal de Itapevi, na Grande São Paulo.

“A ideia aqui não é ter uma ideia única, engessada. É cada um trazer a sua contribuição com seu pensamento, com o seu raciocínio e os outros irem pegando e agregando. E, assim, a gente descobrindo novas estratégias de chegar ao resultado", diz.

E assim, mesmo gente tão pequena, vai aprendendo o grande valor de pensar vários caminhos.

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