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Por Jornal Nacional


Em Porto Alegre, termina a drenagem da água que deixou uma estação do trem metropolitano inacessível

Em Porto Alegre, termina a drenagem da água que deixou uma estação do trem metropolitano inacessível

Em Porto Alegre, terminou nesta quarta-feira (12) a drenagem da água que deixou uma estação do trem metropolitano inacessível durante mais de um mês.

As marcas da água no teto são o retrato da destruição. A enchente inundou os túneis de três estações do trem metropolitano. A água passou dos 5 m de altura em alguns pontos subterrâneos. Foram 39 dias embaixo d’água.

Aos poucos, a realidade começa a mudar. O Jornal Nacional acessou com exclusividade a Estação Mercado. Móveis ficaram revirados na entrada de lojas e da bilheteria. No esquema de linhas, que orienta os passageiros, nem é possível identificar o nome das estações. As escadas de acesso dos passageiros ainda têm muita sujeira acumulada. O cheiro é forte.

Pela primeira vez desde o início das inundações, foi possível chegar até um ponto em uma das principais estações do trem metropolitano. A água que tomava conta do local foi drenada e agora um trabalho de limpeza vai ser iniciado. Nas catracas, por onde passam os passageiros, é possível ver ainda uma fina camada de lama, e a equipe precisou ter muito cuidado ao circular pelo ponto porque o chão ainda está bastante escorregadio. A Estação Mercado costumava receber, em média, 30 mil usuários todos os dias e neste momento está completamente vazia.

Operários que trabalham na drenagem já retiraram mais de 9 mil m³ de água. Só agora vai ser possível iniciar o mapeamento dos danos causados pela enchente na estrutura e nos equipamentos. Na quinta-feira (13) deve começar a drenagem na Estação Rodoviária, que também inundou. Dos 40 trens que fazem parte da frota, três foram atingidos. Um permaneceu na Estação Mercado.

A Trensurb retomou as operações de forma emergencial no dia 30 de maio, entre Novo Hamburgo e Canoas. Para chegar à capital, os usuários precisam fazer uma baldeação de ônibus, que divide opiniões.

“Vem cheio, demora. Quando chega lá em Porto Alegre, não para, está lotado. Está complicado”, conta o ajudante de mudança Paulo César Alves Lopes Júnior.

“Está bom. Já ajuda muito, né? Para quem chega até aqui, só que a gente vai ter que pegar outra condução também, mas está bom”, diz a dona de casa Rose Guerreiro.

A previsão inicial é retomar o serviço nas estações inundadas em 2025.

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