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Por Jornal Nacional


ONU condena ‘carnificina’ em Gaza e líderes discutem futuro do território

ONU condena ‘carnificina’ em Gaza e líderes discutem futuro do território

Em reunião na Jordânia, lideranças do Oriente Médio discutiram a crise humanitária em Gaza e o futuro político do território palestino.

O presidente da Autoridade Palestina é Mahmoud Abbas. Nesta terça-feira (11), ele estava na Jordânia, com o anfitrião, o rei Abdulah, o Secretário-Geral da ONU e o presidente do Egito.

A Autoridade Palestina está retomando um protagonismo que chama atenção. Faz 30 anos já que a instituição foi criada. É o órgão que, na teoria, governa os territórios palestinos. Hoje, exerce só algumas funções de governo em regiões da Cisjordânia e está fora da Faixa de Gaza desde 2007, quando o Hamas tomou o poder do território.

Com a guerra Israel-Hamas, tem muito país influente, peixe grande, como os Estados Unidos, apostando – mais do que isso: investindo dinheiro – para que a Autoridade Palestina tenha mais poder e faça uma reforma para acabar com a corrupção. E, assim, crie uma estrutura política para governar Gaza depois do conflito.

O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (11) uma ajuda equivalente a R$ 70 milhões para a Autoridade Palestina. É o apoio britânico ao programa de reforma da instituição. O Ministério das Relações Exteriores argumenta que uma Autoridade Palestina com autoridade de fato, forte e eficaz, é vital para a solução de dois Estados: a criação de um Estado Palestino que conviva em segurança com o Estado de Israel.

No encontro na Jordânia, Mahmoud Abbas pediu que a comunidade internacional pressione Israel a abrir todas as passagens terrestres para a Faixa de Gaza e entregá-las a um novo governo palestino.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a velocidade e a escala da carnificina e da matança em Gaza são piores do que ele viu em qualquer outro lugar desde que chegou ao cargo, em 2017. Também nessa terça-feira (11), o Alto Comissariado da ONU para os direitos humanos se disse profundamente chocado com o que aconteceu no último fim de semana.

Segundo o Hamas, a mega operação do Exército israelense que resgatou quatro reféns vivos matou mais de 270 palestinos, entre eles, 64 crianças. O Exército israelense contesta os números e fala em menos de 100 vítimas.

O Alto Comissariado afirmou que a morte de civis poderia configurar crime de guerra e criticou os dois lados. Israel, pela forma como conduziu a operação. O Hamas, por manter reféns em uma área densamente povoada, o que aumenta os riscos para quem mora lá.

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