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Por Jornal Nacional


Corte Internacional ordena que Israel pare ofensiva em Rafah, em Gaza

Corte Internacional ordena que Israel pare ofensiva em Rafah, em Gaza

A Corte Internacional de Justiça ordenou que Israel pare imediatamente com a ofensiva na cidade de Rafah, em Gaza.

Os juízes afirmaram que os ataques israelenses em Rafah representam um risco de danos irreparáveis aos direitos dos palestinos e exigiram a suspensão de qualquer ação na cidade que possa impor condições de vida destrutivas.

A Corte Internacional de Justiça ordenou que a passagem na fronteira entre Rafah e o Egito seja aberta imediatamente para a entrada de ajuda humanitária. Antes da ofensiva, a cidade era o último refúgio para milhares de palestinos. Agora, mais de 800 mil já saíram de lá.

O principal tribunal da ONU exigiu ainda que Israel garanta o acesso de observadores externos para monitorar se as medidas foram ou não adotadas. Um porta-voz do governo israelense reagiu e afirmou que “não há nenhum poder no mundo” que impeça Israel de ir atrás do Hamas em Gaza.

Apesar de as decisões da Corte serem obrigatórias, são difíceis de serem implementadas. A Corte não dispõe de força policial para garantir que o país cumpra as decisões. Além disso, as medidas precisam da aprovação do Conselho de Segurança da ONU, onde os Estados Unidos, aliados de Israel, têm poder de veto.

Mas são decisões que têm peso político e diplomático. A Corte Internacional de Justiça colocou mais pressão sobre Israel e, por tabela, sobre os grandes aliados do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu - como o governo americano, o Reino Unido e a União Europeia.

“A gente vai ter que escolher entre o nosso apoio às instituições internacionais do Estado de Direito ou o nosso apoio a Israel”, disse o chefe da diplomacia do bloco europeu.

A Autoridade Palestina e países árabes saudaram as decisões da Corte.

As medidas anunciadas nesta sexta-feira (24) são parte de um caso mais amplo em que a África do Sul acusa Israel de genocídio contra o povo palestino. O governo israelense nega.

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