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Por Jornal Nacional


Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, critica a paralisia do Conselho de Segurança da ONU em relação a conflitos — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

No primeiro dia do encontro do G20 com ministros de Relações Exteriores, no Rio de Janeiro, o brasileiro Mauro Vieira criticou o que chamou de paralisia do Conselho de Segurança da ONU em relação aos conflitos.

É o maior esquema de segurança montado na cidade desde os Jogos Olímpicos, em 2016: 1,2 mil policiais e militares estão nas ruas para garantir a tranquilidade no primeiro grande evento do G20. Vinte e um chanceleres dos países membros e nove de países convidados participaram das reuniões, e ainda representantes de 15 organizações internacionais, como a Unesco e a ONU.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, desembarcou nesta quarta-feira (21) no Rio de Janeiro.

De manhã, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, teve encontros bilaterais. Entre eles, com o chanceler russo Serguei Lavrov e com o ministro Sameh Shoukry, do Egito, com quem tratou das possibilidades de um cessar-fogo em Gaza para a libertação de reféns do grupo Hamas.

No discurso de abertura, o ministro das Relações Exteriores brasileiro falou sobre as principais pautas do G20 sob a presidência do Brasil: o desenvolvimento sustentável, uma reforma nos organismos de governança e uma aliança global contra a fome e a pobreza.

“Gostaria de fazer um apelo a todos os senhores para que prestem especial atenção e deem apoio às discussões em curso com objetivo de lançar uma aliança global contra a fome e a pobreza, uma prioridade chave da nossa presidência do G20”, disse.

Mauro Vieira afirmou que o G20 tem um papel cada vez mais importante na busca de soluções para diminuir os conflitos internacionais, e criticou a atuação da ONU diante de guerras em curso nesse momento, como a da Ucrânia e a de Israel contra o Hamas.

As instituições multilaterais, contudo, não estão devidamente equipadas para lidar com os desafios atuais, como demonstrado pela inaceitável paralisia do Conselho de Segurança em relação aos conflitos em curso. Esse estado de inação implica em perdas de vidas inocentes. O Brasil não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar”, afirmou.

O encontro com ministros termina nesta quinta-feira (22), quando eles vão discutir propostas de reforma da governança global, incluindo mudanças na ONU.

"Esse grupo é hoje, possivelmente, o foro internacional mais importante onde países com visões opostas ainda conseguem se sentar à mesa e ter conversas produtivas sem necessariamente carregar o peso de posições arraigadas e rígidas que têm impedido os avanços em outros foros, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou o ministro das Relações Exteriores.

Todos os participantes foram convidados para um jantar no Palácio da Cidade, local de trabalho do prefeito do Rio.

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