Oferecido por

Por Jornal Nacional


Brasil tem inflação de 4,62% em 2023

Brasil tem inflação de 4,62% em 2023

O Brasil teve uma inflação de 4,62% em 2023. Depois de dois anos, o IPCA voltou a ficar na meta.

Não foi na lista completa, mas em alguns itens do mercado a agente de relacionamento de seguros Michelle Alves de Lacerda sentiu, sim, a diferença de preço ao longo de 2023.

"A carne de boi reduziu drasticamente. O contrafilé, há dois anos, a gente pagava o preço de uma picanha. O óleo barateou, o leite", exemplifica ela.

Em 2023, os preços dos alimentos tiveram a menor alta anual desde 2017, refletindo, principalmente, as boas safras. A alimentação dentro de casa registrou a primeira deflação em seis anos.

IPCA nos últimos 5 anos — Foto: JN

A inflação oficial fechou 2023 em 4,62%, dentro da meta, o que não aconteceu nos dois anos anteriores.

Antes, com a inflação acima da meta, a taxa básica de juros chegou a 13,75 % ao ano em agosto de 2022, maior nível desde outubro 2016. Ficou nesse patamar até o início de agosto de 2023, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil começou o movimento de redução da taxa.

"A gente precisa controlar esse indicadores, fazer com que a inflação permaneça no patamar mais próximo da meta possível, exatamente para que o juro fique mais baixo e que isso habilite a economia a crescer mais rápido, gerando emprego e renda", diz o economista André Braz, da Ibre/FGV.

Entre os grupo que tiveram alta em 2023, destaque para transportes: reflexo da alta da gasolina. O combustível subiu com a volta da cobrança integral dos impostos federais e alterações no ICMS. Já as passagens aéreas ficaram 47% por cento mais caras em um ano.

O mesmo grupo que deu alívio ao longo de 2023 e ajudou a manter a inflação dentro da meta, voltou a pressionar em dezembro. Foram os alimentos os principais responsáveis pela alta de 0,56% no mês passado. Arroz, batata, feijão: alimentos essenciais e que impactaram a inflação de dezembro. Essas lavouras sofreram com o clima.

Na prática, a Michele continua gastando uma parte importante da renda com alimentação.

"É muito custoso, né? Pega quase que a metade do orçamento do casal", lamenta.

"Em 2023, foi um ano de trégua. Quer dizer, a alimentação não desafiou tanto o orçamento familiar, mas não foi o suficiente para compensar todos esses anos aí de aumento. Então, ainda pesa no orçamento familiar colocar o básico na mesa", explica André Braz.

LEIA TAMBÉM

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!