A Marinha havia feito o alerta sobre a chuva forte, que começou a cair por volta de 3h. Por volta de 6h30, um deslizamento destruiu sete casas na localidade de Ponta Negra.

Lucimar estava com os filhos em uma delas. A mãe e seis filhos, entre dois e 17 anos, morreram soterrados. Um filho de 12 anos sobreviveu e foi levado para um hospital de Angra dos Reis, passou por uma cirurgia e está bem.

A Ponta Negra faz parte da área de proteção de Cairuçu, reserva ambiental criada há mais de 30 anos com quase 350 quilômetros quadrados. No local vive uma comunidade de pescadores. A luz elétrica só chegou há quatro anos. É um local de difícil acesso, onde só se chega por barco ou por uma trilha, o que vem dificultando a remoção dos corpos.

“O volume de chuva dessa última noite, desses últimos dias foi tão que grande que desabou uma parte da montanha aqui, nessa encosta aqui em Ponta Negra e aí infelizmente com isso levou umas sete, quase dez casas atingidas. E uma família inteira foi soterrada, algumas pessoas foram soterradas. Dessa família, uma única pessoa a gente conseguiu tirar em vida. E o problema que nós temos acesso aqui só de barco. Nesse momento está chegando aqui o pessoal do bombeiro, vieram nadando esse pessoal para dar o resgate para a gente", destaca Cauê Villela, presidente associação dos moradores de Ponta Negra.

Para ajudar neste trabalho, o navegador Amyr Klink cedeu um barco, que vem auxiliando o transporte das equipes de resgate.

A chuva que começou em Paraty desde a última quinta-feira não para. No fim da tarde deste sábado, os bombeiros anunciaram que não vão conseguir remover todos os corpos da Ponta Negra, já que o mar está bastante agitado.