Suspeitos são presos por manter idosos e enfermos em cárcere privado dentro de centro de recuperação clandestino na BA

Caso aconteceu na cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. Segundo o Ministério Público, local funcionava sem alvará sanitário.

Por g1 BA


Quatro pessoas são presas por maus tratos em abrigo da Bahia

Quatro pessoas foram presas suspeitas de manter 20 idosos e enfermos em cárcere privado dentro do Centro de Recuperação Projeto de Instituição Evangelizar, conhecido como Centro de Recuperação IDE, no distrito de Humildes, em Feira de Santana, a 100 km de Salvador.

Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o Centro era clandestino e funcionava sem alvará sanitário. As prisões aconteceram, no dia 8 de junho, durante uma operação conjunta realizada pelo órgão, com apoio das polícias Civil e Militar.

Dez dias depois, o MP-BA denunciou as quatro pessoas investigadas pelos crimes de extorsão, associação criminosa, tortura, sequestro e cárcere privado. Elas também foram denunciadas pelos crimes de maus-tratos e redução à condição análoga à de escravidão.

Caso aconteceu no Centro de Recuperação Projeto de Instituição Evangelizar, conhecido como Centro de Recuperação IDE — Foto: Divulgação/MP-BA

De acordo com o MP-BA, a operação cumpria uma decisão judicial que atendeu pedido para interditar o local, onde foi constatada a prática de maus-tratos.

A Justiça determinou o fechamento da instituição, após o encaminhamento dos pacientes da instituição para as famílias ou outros centros que atendam as necessidades deles.

Conforme o Ministério Público, a operação constatou a existência de um galpão na área externa da instituição, onde foram encontrados 20 idosos e enfermos. Há também a suspeita de que pacientes eram mantidos trancados e separados dos demais, sem cuidador, em cárcere privado e sofreriam maus-tratos.

“A investigação está sendo conduzida para apurar as responsabilidades dos envolvidos e nenhum dos internos será deixado na rua, uma vez que o fechamento da unidade está condicionado a que cada paciente seja encaminhado em um local específico”, destacou o promotor de Justiça Audo Rodrigues.

O Centro era clandestino e funcionava sem alvará sanitário. — Foto: Divulgação/MP-BA

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