Por Fantástico


  • O Fantástico deste domingo (10) destacou os impactos do uso excessivo do celular no desempenho escolar e na saúde mental de crianças e adolescentes.

  • Esta semana, o programa internacional de avaliação de alunos divulgou dados relacionando diretamente o aumento de tempo no celular com a queda do desempenho em matemática.

  • Além do Brasil, mais 17 países já têm políticas de banimento ou restrições de celular em escolas.

  • Na Flórida, nos Estados Unidos, foi implementada em setembro uma restrição rígida, como a que o Rio pretende aplicar

Brasil e outros países discutem políticas de banimento ou restrições de celulares em escolas; veja

Brasil e outros países discutem políticas de banimento ou restrições de celulares em escolas; veja

O Fantástico deste domingo (10) destacou os impactos do uso excessivo do celular no desempenho escolar e na saúde mental de crianças e adolescentes. Esta semana, o programa internacional de avaliação de alunos divulgou dados relacionando diretamente o aumento de tempo no celular com a queda do desempenho em matemática.

O último relatório de monitoramento da ONU para educação apontou que o uso dos aparelhos sem restrição prejudica a aprendizagem, a concentração e a saúde das crianças.

Além do Brasil, mais 17 países já têm políticas de banimento ou restrições de celular em escolas. Nos Estados Unidos, na Flórida, foi implementada em setembro uma restrição rígida, como a que o Rio pretende aplicar (saiba mais abaixo).

"Acredito que isso vai se espalhar, porque é uma questão global. Definitivamente nossas crianças estão mais presentes que nunca. Posso afirmar que os alunos estão conversando mais, realmente mudou como interagem entre eles e com os adultos", diz Marc Wasko, diretor da escola Timber Creek High School.

Países com restrições a celulares em escolas — Foto: Reprodução/TV Globo

Consulta pública no Rio

A prefeitura do Rio de Janeiro abriu uma consulta pública que visa proibir o uso de celulares pelos alunos da rede municipal durante todo o horário escolar a partir de 2024. Hoje, os aparelhos são proibidos apenas dentro da sala de aula.

"A gente também acredita que essa medida deve ser aplicada nos recreios, nos intervalos, porque a escola é um acordo de convivência social. e quando uma criança fica no celular ela fica isolada na sua própria tela. O uso da tecnologia tem que acontecer de forma consciente e responsável. Isso é muito importante, porque do contrário, a gente acaba tendo a tecnologia não como uma aliada do processo educacional, mas com uma grande vilã para as nossas escolas", destaca o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha.

Brasil e outros países discutem restrições de celulares em escolas diante dos impactos na aprendizagem infantil — Foto: Reprodução/TV Globo

O uso consciente de telas na infância e adolescência

No Fantástico, Drauzio Varella explicou como pesquisadores tentam responderas perguntas sobre o tema e mostra o tamanho do desafio de mudar hábitos e promover o uso consciente das tecnologias.

Neste ano, uma pesquisa revelou uma disparada no número de crianças brasileiras com menos de seis anos que já se conectaram à internet. Quem conversou sobre este assunto foi o pediatra Daniel Becker, que tem acompanhado o movimento de perto.

"Essas crianças e adolescentes vão perder em habilidades, em capacidades, em relacionamento, em autoconhecimento. Ele acha que está num grupo de milhares de amigos pertencentes, mas aquilo é uma ilusão", diz o especialista.

Na adolescência, uma parte importante do cérebro humano não está totalmente desenvolvida: o córtex pré-frontal, que é responsável pelo controle de impulsos, reação a ameaças e recompensas. Com isso, o uso excessivo de telas e redes sociais pode levar a situação para as quais o cérebro jovem ainda não está preparado.

Efeito do uso excessivo de telas eletrônicas no cérebro dos jovens. — Foto: TV Globo/Reprodução

Isso não significa que os dispositivos causarão problemas de saúde mental a todos os usuários, mas eles podem ser amplificados em quem já está mais vulnerável.

"Você pega, por exemplo, uma menina de 12 ou 13 anos, que começa a se interessar pela beleza. Ela vai começar a ver um vídeo de moda, maquiagem ou exercício. O algoritmo começa a radicalizar esse conteúdo rapidamente e, em pouco tempo, está recebendo vídeos que estimulam ela a fazer dietas de 400 calorias por dia", alerta Daniel, apontando que esse tipo de conteúdo pode resultar em distorção da autoimagem e desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia ou bulimia.

Veja a reportagem completa, abaixo:

Drauzio Varella orienta famílias sobre uso consciente de telas na infância e adolescência

Drauzio Varella orienta famílias sobre uso consciente de telas na infância e adolescência

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