Policial é preso por agredir casal em Domingos Martins, no ES
Um policial militar foi flagrado agredindo um homem e uma mulher negros em Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, na manhã desta quarta-feira (27). A cena foi gravada por um morador e divulgada nas redes sociais. Segundo a polícia, o profissional, que não teve o nome divulgado, foi afastado de suas funções e a corporação vai investigar a denúncia, após analisar as imagens da agressão.
Nas imagens é possível ver o homem e a mulher sentados em uma escadaria no Centro de Domingos Martins e o policial militar em pé na frente dela gritando "Fala de novo".
A mulher então questiona "Vai me bater por quê?" e também explica que mora na Grande Vitória e não dentro de bairro. O policial então manda ela calar a boca, dá um tapa no rosto dela e diz: "Aqui ninguém se cria, não" e ainda pergunta "Você tá entendendo?"
Em outro momento do vídeo, o rapaz se levanta e o policial militar vai atrás dele, dá um soco em sua barriga e o empurra na escadaria. Após cair e sentar, o homem levanta novamente e o policial manda ele sentar. Após ser novamente empurrado pelo policial na escadaria, o homem diz que não está fazendo nada, pede para o profissional verifique a ficha criminal dele e também questiona:
"Você me bateu já e eu não fiz nada".
Ainda é possível ouvir o homem dizer que vai denunciar o policial no Ministério Público do Espírito Santo (MPES). A mulher também complementa, dizendo que o policial é corrupto, mentiroso, e afirmando que a abordagem está filmada. Depois disso, o policial empurra o rapaz novamente, dá socos, chute e até um golpe de "mata-leão". Outro agente chega e os policiais algemam e detêm o homem, que tenta se defender dizendo que não fez nada para ser preso.
Policial foi afastado
Policial foi afastado de suas funções após agredir casal que estava na praça de cidade do ES — Foto: Reprodução
Questionada sobre o caso, a Polícia Militar informou que, após analisar a denúncia e as imagens apresentadas, afastou o agente preventivamente das funções. Garantiu ainda que o caso será devidamente apurado pela Corregedoria da corporação.
"O governo ressalta que não compactua com violência praticada por funcionários públicos de qualquer natureza, seja ela fora ou, especialmente, no exercício da função. Todas as medidas cabíveis relativas ao fato serão tomadas", manifestou a corporação em nota.
A Polícia Civil informou que o suspeito, de 34 anos, foi conduzido à Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante, assinou um termo circunstanciado por desacato, e foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo.
