Por Rebeca Beatriz, G1 AM


Vista aérea de fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus — Foto: Divulgação/Suframa

A indústria amazonense cresceu 14,6% em julho de 2020, na comparação com o mês anterior (junho), um percentual maior do que a média nacional (8,0%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo os dados, em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 6%. Com esse resultado, o Amazonas teve o segundo melhor desempenho entre do país, atrás apenas de Pernambuco, que cresceu 17%.

O aumento acontece após a produção industrial do Amazonas ter registrado os piores indicadores do país, por conta da pandemia do novo coronavírus, que até esta quarta-feira (9) já infectou mais de 123,9 mil pessoas.

Segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Gilmar Freitas, a indústria está em processo de retomada, após a queda registrada durante o pico da pandemia.

"A atividade industrial local segue uma dinâmica de recuperação, aproximando-se dos níveis anteriores à pandemia. A produção industrial do Amazonas cresceu 14,6% em julho, confirmando assim o bom desempenho, cujas perspectivas até ao final do ano são otimistas, porém não suficientes para uma recuperação total das perdas", comentou.

Em junho deste ano, o órgão já havia registrado que houve crescimento de 65,7% na produção industrial. O resultado também havia sido maior do que a média nacional, que foi de 8,9%.

Apesar do aumento, o acumulado do ano (janeiro a julho de 2020) ainda mantém o saldo negativo, com queda de (-15,9%). Segundo o órgão, esses recuos em relação ao ano 2019 refletem o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social, e que afetou o processo de produção.

Desempenho por setor

Ainda segundo os dados, em julho deste ano, quatro atividades tiveram desempenho negativo, e quatro tiveram crescimento na produção. O setor de impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos) liderou o crescimento do mês, enquanto o de máquinas e equipamentos teve a maior queda.

Setores que cresceram:

  • Impressão e reprodução de gravações (90,1%) (DVDs e discos);
  • Fabricação de produtos de metal (24,5%) (lâminas, aparelhos de barbear,
  • Fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (18,8%) (celular, computador e máquinas digitais),estruturas de ferro);
  • Fabricação de bebidas (8,7%);
  • Outros equipamentos de transportes (3,7%) (motocicletas e suas peças).
  • Fabricação de produtos de borracha (0,4%);

Setores que tiveram queda na produção:

  • Indústria extrativa (-15,3%) (óleo bruto de petróleo);
  • Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-7,6%) (gás natural);
  • Fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (-6%) (conversores, alarmes, condutores e baterias);
  • Fabricação de máquinas e equipamento (-21,1%) (artefato de aço e tampas e cápsulas).

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