Por Heliana Gonçalves, g1 AL


PF apreendeu celular, notebook e pen drives na casa de um dos invetsigados — Foto: PF-AL

A Polícia Federal cumpriu novo mandado de busca e apreensão contra a Braskem na manhã desta sexta-feira (24) em Maceió. A ação faz parte da segunda fase da operação Lágrimas de Sal, que investiga o afundamento de bairros causado pela mineração de sal-gema feita pela empresa.

O mandado foi expedido pela Justiça de Alagoas e cumprido na casa de um dos investigados. Os policiais apreenderam um celular, notebook e pen drives. A PF procura de novos indícios que comprovem a falsidade total ou parcial de dados apresentados em relatórios e laudos topográficos as entidades fiscalizadoras com objetivo de ocultar o processo de afundamento em andamento.

Em nota, a Braskem informou que tomou conhecimento da diligência realizada pela Polícia Federal e que está à disposição das autoridades.

A Polícia Federal investiga suspeitos de praticarem os crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão, entre outros delitos, conforme a participação de cada um nos fatos apurados.

Eles podem responder pelos crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União, apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão, entre outros delitos.

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A atividade, feita entre a década de 1970 e 2019, afetou o solo em 5 bairros e obrigou 60 mil pessoas a deixarem suas casas. Em dezembro do ano passado, a mina 18, que fica dentro da Lagoa do Mundaú e que banha a região afetada, rompeu-se.

Na mesma época, o Senado instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o afundamento de solo. No último dia 21, os parlamentares aprovaram, de forma simbólica, o relatório final elaborado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) que propõe o indiciamento de três empresas e de 11 pessoas pelo afundamento do solo de Maceió, problema causado pela mineração.

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