Por g1 AC — Rio Branco


Imagens mostram cheia em Brasiléia — Foto: Arquivo

Em edição extra do Diário Oficial, o governo do Acre declarou emergência em saúde pública no estado em razão da cheia dos rios e o volume das chuvas que atingem 19 municípios do estado, desde o dia 21 de fevereiro. O decreto tem vigência de 180 dias.

O decreto permite que a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), como unidade gestora orçamentária, possa ordenar despesas que dizem respeito a créditos abertos para atender atividades de saúde pública, bem como movimentar contas bancárias ou fundos específicos.

De acordo com o governo, há uma diferença entre este decreto e o outro que declarou emergência nas cidades acreanas. O primeiro decreto é relacionado ao meio ambiente e esse especificamente à saúde.

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A Sesacre também fica autorizada a editar atos complementares necessários à execução de medidas administrativas urgentes para o enfrentamento à situação de emergência tratada no decreto.

A cheia dos rios no estado já atinge 100 mil pessoas. Dessas, mas de 20 mil estão fora de casa. Cidades como Brasiléia e Jordão registraram níveis históricos. Esses municípios tiveram 75% e 80% da cidade coberta pelas águas.

Na sexta-feira, o nível do Rio Acre em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, começou a baixar. Imagens feitas no bairro Leonardo Barbosa, que chegou a ficar isolado do lado brasileiro, mostram um cenário de destruição deixado pela enchente. A área, porém, não sofreu rompimento definitivo do território nacional.

O bairro fica na periferia da cidade e tem cerca de 1,1 mil moradores, segundo a Assistência Social do município. O total da área do bairro, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), é de 44 hectares, o equivalente a 66 campos de futebol.

Há anos, a área enfrenta erosão causada pelas cheias do Rio Acre, com o risco de ficar isolada do lado brasileiro e só acessível pelo lado boliviano.

FOTOS: Veja como ficou bairro Leonardo Barbosa após nível do Rio Acre baixar em Brasiléia

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Cratera se abriu na única rua do bairro Leonardo Barbosa, em Brasiléia — Foto: Arquivo/Prefeitura de Brasiléia

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Moradores passam a pé por rua destruída pela enchente em Brasiléia — Foto: Arquivo/Prefeitura de Brasiléia

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Bairro que faz fronteira com a Bolívia segue isolado em Brasiléia — Foto: Reprodução/Marcelo Silva

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Rio Acre em Brasiléia segue vazando nesta sexta-feira (1º) — Foto: Reprodução/Marcelo Silva

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Asfalto foi levado pelas águas do Rio Acre durante enchente histórica — Foto: Reprodução/Marcelo Silva

O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, pelo menos 23.087 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta sexta-feira (01) feita pelo governo do estado.

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