28/06/2016 18h17 - Atualizado em 28/06/2016 18h17

Suspeito de matar mulher na frente do filho se entrega à polícia no Acre

Taita Gomes foi morta com um tiro na cabeça em Senador Guiomard.
Delegado diz que homem estava abalado e disse estar arrependido.

Tácita MunizDo G1 AC

Mulher foi morta na frente do filho de nove anos  (Foto: Arquivo da família)Mulher foi morta na frente do filho de nove anos (Foto: Arquivo da família)

O suspeito de matar a autônoma Taita Gomes com um tiro na cabeça se entregou na delegacia de Senador Guiomard, na tarde desta segunda-feira (27). Francisco de Assis Lima, segundo a Polícia Civil, confessou o crime e disse estar arrependido. O crime ocorreu na madrugada de sábado (25) e o filho do casal de 9 anos presenciou tudo.

O delegado responsável pelo caso, Ricardo Casas, informou que o suspeito deve ser indiciado por feminicídio. Durante o depoimento, Casas disse que o suspeito alegou estar abalado e arrependido por tudo que fez.

"Ele estava realmente machucado por um tiro que efetuou contra ele mesmo. O suspeito conta que estava treinando tiro quando começou uma discussão com a vítima e acabou disparando. Ele não sabe dizer o que aconteceu. Ele estava abalado e chorando muito", disse o delegado.

Lima também não possuía porte de arma e alegou que chegou a desmaiar após ter atirado na cabeça da esposa.

Muito abalada com a tragédia que atingiu a família, a filha do casal, Tainá Lima, de 18 anos, conta que o irmão de nove anos que presenciou o crime está em estado de choque. Ela contou ainda que o pai entrou em contato com ela e explicou que estava arrependido, ela diz ainda que pretende perdoá-lo.

"Ele disse que estava alcoolizado e que foi uma fatalidade para ele também. Me disse que está muito arrependido e nem acredita no que fez. Tenho que perdoá-lo, ele é meu pai e a única pessoa que meus irmãos e eu temos na vida. Mas, não quero encontrá-lo agora, não vai ser bom para mim", revela.

'A presença dela é muito forte'
Com a voz trêmula, Tainá conta que está vivendo na casa onde a mãe morava com os dois irmãos, de nove e 15 anos. Ela diz que após o enterro, na segunda-feira (27), a parte mais difícil é conviver com a saudade.

"A presença dela é muito forte na casa. Tudo faz a gente lembrar dela, o cheiro da roupa e do lençol da cama, onde a gente se reunia com ela. Isso tudo faz falta, a gente era muito apegado com a mãe", finaliza emocionada.