Nos 29 jogos em que comandou o Fluminense este ano, Fernando Diniz teve sempre um confronto de torneio eliminatório a quebrar a série de tropeços do time — e, é claro, a lhe salvar a pele. Mas, incrivelmente, a falta de uma partida da Copa do Brasil ou da Libertadores acabou deixando-o em situação desconfortável. Da vitória de 3 a 2 sobre o Alianza Lima, pela competição sul-americana, em 30 de maio, até a derrota no Fla-Flu de domingo passado, pelo Brasileiro, foram cinco jogos, um empate, quatro derrotas e dois gols. Aproveitamento de 6,6% em 15 pontos disputados.
Mas não é só isso. Apesar da conquista da Libertadores e da Recopa, os números do treinador nos últimos 13 meses, como um todo, estiveram aquém do ideal. No ano passado, entre o 0 a 0 no Fla-Flu da Copa do Brasil, no dia 17 de maio, e a derrota de 1 a 0 para o São Paulo no Brasileiro, em 1º de julho, foram duas vitórias e cinco derrotas (quatro seguidas) em 13 partidas. O time chegou a ter uma só em nove jogos! E em outubro, entre a vitória sobre o Internacional na semifinal da Libertadores e a virada sobre o Boca Juniors na decisão, foi também uma em oito confrontos.
É de se lamentar os 18,1% de aproveitamento nas 11 partidas iniciais do Brasileiro, com uma só vitória, em quase dois meses de disputa. Porque foi determinante para a demissão do técnico mais autoral do país. Na Libertadores, a marca dele era de 77,7% em seis jogos. Na Copa do Brasil, de 100% em dois. Com as finais da Recopa, cai para 76,6%, com 23 pontos dos 30 disputados. E aí, pergunto: qual foi a meta passada a Diniz: ganhar Copas ou superar as forças da Série A? As recentes conquistas absolvem o treinador.
É triste que, depois de dois anos de trabalho, o Fluminense tenha posto fim na segunda passagem de Diniz. E semanas após ampliar o contrato por mais um ano. Difícil entender. Ainda mais sabendo das fases de baixa aqui expostas. Agora, tentará com o interino Marcão oxigenar a equipe para uma corrida de recuperação no Brasileiro. Momento de pensar em somar 16 pontos nas próximas oito partidas para terminar o turno com 22, metade da linha de corte do rebaixamento.
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