03/07/2024

Shows na Europa encerram Turnê D

Aos 75 anos de idade e perto de completar cinco décadas de carreira, Djavan ainda possui o vigor de um garoto. Depois de mais de um ano na estrada – foram mais de — shows de Norte a Sul do Brasil, bem como nos Estados Unidos e na Europa –, o cantor volta ao velho continente em julho para executar os últimos acordes da aclamada turnê ‘D’. A série de apresentações começa em Oeiras, em Portugal, no dia 10, no Festival Jardins do Marques, e percorre as cidades do Porto, Roterdã (Festival North Sea Jazz), Viena e Milão antes de concluir o percurso no Úmbria Jazz Festival, em Perúgia, Itália, no dia 21.

Sucesso absoluto de público por onde passou, o espetáculo – homônimo ao seu 25º álbum de estúdio, lançado em 2022 – traz um repertório com faixas do projeto e canções de diversas fases de sua trajetória. Embora sempre renove a lista de clássicos de uma turnê para a outra, Djavan ressalta que “músicas como ‘Sina’ e ‘Flor de Lis’ têm lugar cativo em todos os shows, porque são canções que o povo ama”. Para ele, o maior desafio na concepção de um novo espetáculo é “desenhar um roteiro equilibrado e diverso”.

“O mais difícil é construir um show que conecte o público do começo ao fim com a mesma energia e fluidez”, conta. “Buscamos um formato que combina o clima solar e festivo de ‘D’ com os velhos sucessos. Isso, por si, já traz uma diversidade sonora muito grande.”

O artista reúne mais uma vez um time de músicos que o acompanhou em diferentes fases da trajetória, todos eles presentes também nos créditos de ‘D’, no qual experimentou com diferentes formações em cada faixa. No palco, a voz e violão de Djavan ganham o reforço de Marcelo Mariano (baixo e vocal), Felipe Alves (bateria), João Castilho (guitarra, violão e vocal), Paulo Calasans (piano, teclado e vocal), Renato Fonseca (teclado e vocal), Jessé Sadoc (trompete, flugelhorn e vocal) e Marcelo Martins (saxofone, flauta e vocal).

“A sonoridade depende mesmo é do repertório escolhido e da cara que queremos dar para cada música. Mesmo sendo uma formação parecida com a da penúltima turnê, sempre trabalhamos para fazer com que o espetáculo soe bem original e distinto dos outros”, explica.

Para o conceito visual, o cantor aposta novamente na cenografia de Gringo Cardia, na iluminação de Césio Lima e Mari Pitta e no desenho de luz de Serginho Almeida, repetindo parcerias bem-sucedidas realizadas em shows anteriores, enquanto Marina Franco se junta ao time na direção de figurino, juntamente com o estilista convidado Lucas Leão.

O projeto concebido por Gringo celebrará a diversidade do povo brasileiro, em dois diferentes formatos: um cenário físico, que acompanhará o cantor na maioria das apresentações, e outro com projeções no telão de led. O primeiro traz painéis criados pelos artistas Daiara Tukano, Heloisa Hariadne e Yermollay Caripoune, e o segundo exibe obras de um notável time de nove artistas – composto majoritariamente por negros e indígenas, muitos oriundos da periferia: Aislan Pankararu, Daiara Tukano, Heloisa Hariadne, João Farkas, Marcela Cantuária, Mulambo, Pedro Neves, Nação Kuikuros | Takumã e Yermollay Caripoune.