76% querem ações na maior parte diferentes do próximo prefeito

Boulos se destaca como nome mais preparado para lidar com moradores de rua e habitação

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A maioria (76%) dos eleitores da cidade de São Paulo querem que a maior parte das ações do próximo prefeito sejam diferentes das ações do atual prefeito, e os demais defendem que sejam na maior parte iguais (20%) ou preferiram não opinar sobre o tema (4%). Em agosto do ano passado, 79% apontavam que as ações do próximo prefeito fossem majoritariamente diferentes das atuais, e para 17% elas deveriam ser na maior parte iguais. Entre os eleitores de Ricardo Nunes, 39% querem que as ações sejam iguais e 58% gostariam de mudanças.

Considerando uma escala de 0 a 10 em que 0 significava nada importante e 10 muito importante, os eleitores atribuíram importância a nove áreas para a definição do seu voto para prefeito na próxima eleição. Todas obtiveram notas altas, ou seja, foram consideradas importantes, sendo a média mais baixa atribuída a mudanças climáticas (7,9). As mais altas foram atribuídas à educação (9,0) e saúde (8,9), e na sequência aparecem limpeza e coleta de lixo (8,8), transporte coletivo (8,6), habitação (8,5), combate a enchentes (8,5) e situação dos moradores de rua (8,2), além de mudanças climáticas.

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SÃO PAULO, SP, 29.12.2016: ARQUITETURA-SP - Fachada do Edifício Matarazzo, ou Palácio Anhangabaú, onde fica a sede da Prefeitura no centro de São Paulo. O imóvel foi projetado pelo arquiteto italiano Marcello Piacentini e possui estilo neoclássico simplificado. - Avener Prado/Avener Prado/Folhapress

De forma geral, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), que lideram as intenções de voto na disputa pela prefeitura da capital paulista, aparecem à frente também na consulta sobre quais dos pré-candidatos é o mais preparado para resolver os problemas nas nove áreas descritas anteriormente. A exceção fica por conta da segurança, em que José Luiz Datena (PSDB) também se destaca, e há diferenças entre os líderes em algumas outras áreas.

Na segurança, 19% apontam o pré-candidato do PSDB como o mais preparado para resolver os problemas da capital paulista nessa área, no mesmo patamar dos que indicam Nunes (19%) e Boulos (17%). Na sequência são apontados Pablo Marçal (PRTB), com 6%, Tabata Amaral (PSB), com 4%, Kim Kataguiri (UB), com 4%, Marina Helena (NOVO), com 2%, João Pimenta (PCO) e Altino (PSTU), com 1% cada, e Fernando Fantauzzi (DC) e Ricardo Senese (UP), que não atingiram 1%. Uma parcela de 9% avalia que nenhum deles é preparado para resolver os problemas da segurança, e 18% preferiram não opinar.

Boulos é apontado por 25% dos eleitores como o mais preparado para resolver o problema de moradores em situação de rua na cidade de São Paulo, e Nunes tem 19% das menções nessa área. São seguidos por Datena (11%), Marçal (6%), Tabata Amaral (5%), Kim Kataguiri (3%), Marina Helena (2%), Altino (1%) e Pimenta (1%), com citações abaixo de 1% para Senese e Fantauzzi. Para 10%, nenhum deles é preparado para resolver os problemas nessa área, e 18% não opinaram a respeito.

O pré-candidato do PSOL também se destaca na habitação, sendo visto por 25% como o mais preparado para resolver os problemas de São Paulo nessa área. O atual prefeito, Ricardo Nunes, é apontado por 20%, seguido por Datena (8%), Marçal (5%), Tabata Amaral (5%), Marina Helena (3%). Kim Kataguiri (2%), Pimenta (2%) e Altino, Senese e Fantauzzi, com 1% cada. Somam 8% os que dizem que nenhum deles é preparado para resolver os problemas da habitação, e 19% preferiram não opinar.

Na área de educação, 21% apontam Boulos como o mais preparado para resolver os problemas da cidade, e 18% citam Nunes. Na sequência, com 9% cada, aparecem Tabata Amaral e Datena, seguidos por Marçal (7%), Marina Helena (5%), Kim Kataguiri (3%), e Pimenta, Altino e Senese, com 1% cada. As menções a Fantauzzi não atingiram 1%. Para 8%, nenhum deles é preparado para resolver os problemas da educação, e 18% não opinaram sobre o tema.

Boulos (20%) e Nunes (19%) também são os mais citados como preparados para resolver os problemas da capital paulista na área da saúde, e em um patamar abaixo aparecem Datena (10%), Tabata Amaral (6%), Marçal (6%), Marina Helena (4%), Kataguiri (3%), e Pimenta, Altino, Senese e Fantauzzi, com 1% cada. Há 9% que não veem nenhum dos nomes apresentados como preparados para solucionar os problemas da saúde em São Paulo, e 20% preferiram não responder.

Para resolver os problemas de enchentes, 21% apontam Nunes como o mais preparado, e 20%, Boulos. Em seguida surgem os nomes de Datena (10%), Marçal (6%), Tabata Amaral (4%), Marina Helena (3%), Kataguiri (2%), Pimenta (2%) e Altino, Senese e Fantauzzi, com 1% cada. Para 9%, nenhum deles é preparado para resolver os problemas nessa área, e 20% não opinaram.

O atual prefeito é visto por 23% dos eleitores como o mais preparado para resolver os problemas de transporte público da cidade de São Paulo, no mesmo patamar de Boulos (21%). Na sequência são citados Datena (10%), Marçal (4%), Tabata Amaral (4%), Marina Helena (3%), Kataguiri (3%), Pimenta (2%) e Altino e Senese, com 1% cada. As menções a Fantauzzi não atingiram 1%. Uma parcela de 8% avalia que nenhum deles é preparado para resolver os problemas de transporte público, e 19% não opinaram.

Na área de limpeza e coleta de lixo, 21% indicam Nunes como o mais preparado para resolver os problemas da cidade, e 20% avaliam que Boulos seja o mais preparado. Em um patamar mais baixo aparecem Datena (9%), Tabata Amaral (5%), Marçal (5%), Marina Helena (4%), Kataguiri (3%), e Pimenta, Altino, Senese e Fantauzzi, com 1% cada. Para 9% dos eleitores, nenhum dos nomes apresentados têm preparo para solucionar os problemas de limpeza e coleta de lixo na capital paulista, e 20% não opinaram.

Em relação aos problemas ligados às mudanças climáticas, 19% veem Boulos como o nome mais preparado para lidar com o tema, e 16% avaliam que Nunes é quem tem o melhor preparo. Na sequência são citados Datena (8%), Tabata Amaral (6%), Marçal (5%), Marina Helena (5%), Kataguiri (4%), Pimenta (2%), Altino e Senese, com 1% cada. As menções a Fantauzzi não atingiram 1%. Para 11%, nenhum deles é preparado para resolver os problemas da educação, e 23% não opinaram sobre o tema.

CANDIDATO CONHECER BEM A CIDADE É FATOR MAIS IMPORTANTE PARA DEFINIÇÃO DO VOTO, E SER RELIGIOSO, O MENOS IMPORTANTE

Considerando uma escala de 0 a 10 em que 0 significava nada importante e 10 muito importante, os eleitores avaliaram a importância de algumas condições e aspectos para a definição do voto para prefeito na próxima eleição. Dentre 12 tópicos apresentados, a média mais alta foi atribuída a conhecer bem a cidade (9,2), e em patamar próximo aparecem a condição de que o candidato não tenha se envolvido em casos de corrupção (8,9), o programa de governo do candidato (8,8) e ter experiência administrativa (8,7). Ter um passado conhecido tem importância média de 8,2 para os eleitores, em patamar próximo a ter trajetória política (8,0) e ter a mesma posição política que o eleitor (8,0). À escolha do vice-prefeito é atribuída uma importância média de 7,8, e em um patamar mais baixo aparecem ser carismático (7,3), ter o apoio do governador (6,8), ter o apoio do presidente (6,7) e ser religioso (5,6).

Entre quem declara voto em Boulos para prefeito, a característica que recebe nota média mais alta é conhecer bem a cidade (9,4), e as mais baixas são ser religioso (3,9) e ter o apoio do governador (5,1). No grupo que pretende votar pela reeleição de Ricardo Nunes, a importância atribuída a ser religioso fica acima da média (7,0), e o mesmo ocorre entre potenciais eleitores de Datena (nota 7,0 para ser religioso).