65% rejeitam votar em candidato apoiado por Bolsonaro; rejeição a apoio de Lula chega a 45%

Escolha de vice rejeitado por eleitor levaria 25% a mudar o voto com certeza

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A rejeição dos eleitores paulistanos a votar em um candidato a prefeito apoitado por Jair Bolsonaro avançou de 61% em maio para 65% atualmente, interrompendo uma trajetória de recuo gradual que partiu de 68% em agosto do ano passado, passou para 63% em março deste ano, e atingiu 61% há dois meses. No mesmo período, a taxa dos que votariam com certeza em um nome endossado pelo ex-presidente passou de 13%, em agosto de 2023, para 16% atualmente, tendo oscilado de 17% e 18% entre março e maio deste ano. Há ainda 16% que talvez votassem em alguém apoiado por Bolsonaro (em maio deste ano, eram 18%), e 3% que não opinaram ou responderam de outra forma.

Na parcela de evangélicos, a adesão a uma candidatura apoiada por Bolsonaro fica acima da média (26%), e a rejeição a essa candidatura é mais alta entre quem tem escolaridade fundamental (73%).

A presença de Lula na disputa paulistana é rejeitada por 45% dos eleitores paulistanos, que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo petista. Esse índice é igual ao registrado em maio, e já foi de 37% em agosto do ano passado e de 42% em março deste ano, apontando para trajetória de alta no período, agora interrompida. A adesão a um nome apoiado pelo petista segue estável: 23% com certeza votariam em um candidato aliado a Lula, índice igual ao registrado em agosto do ano passado (23%), e no mesmo patamar de março (24%) e maio (23%) deste ano.

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SÃO PAULO, SP, BRASIL, 16.10.2022 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) apoia a mão no ombro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro debate do 2º turno das eleições 2022 para presidente, na TV Bandeirantes, em São Paulo. - Marlene Bergamo/Folhapress

A parcela dos que talvez optassem por um candidato apoiado pelo presidente é de 28% atualmente, ante 37% em agosto de 2023, 31% em março deste ano e 28% no último levantamento, no mês de maio. Há 4% que não responderam ou preferiram não escolher uma das alternativas apresentadas.

O apoio de Lula certamente atrairia mais votos entre eleitores da faixa de 45 a 59 anos ( 30%), com 60 anos ou mais ( 35%) e entre os menos escolarizados (40%). A rejeição a essa candidatura, por outro lado, seria mais alta no segmento evangélico (60%).

Em patamar similar à rejeição ao presidente, 48% não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em agosto do ano passado, eram 46%, e em março e maio deste ano, 44% e 45% respectivamente. A parcela que certamente votaria em um nome associado ao governador paulista é de 17%, (ante 15% no segundo semestre de 2023, 17% em março, e 18% em maio), e há 30% que talvez optassem por um nome apoiado por Tarcísio (índice que foi 35% em agosto do ano passado, 35% em março, e 33% em maio), e 5% não responderam ou deram outras respostas.

O apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin a um candidato na eleição para prefeito de São Paulo levaria 47% a rejeitarem essa candidatura (em maio, 49%), e 15% a certamente escolhê-la para votar (em maio, 14%). Uma parcela de 34% diz que talvez votaria em um nome apoiado por Alckmin (eram 33% em maio), e 4% não opinaram ou responderam de outra forma.

Os eleitores também foram consultados sobre a quem seria direcionado o apoio de Lula, Bolsonaro, Tarcísio e Alckmin na próxima eleição para prefeito de São Paulo, considerando os nomes apresentados nos cenários de intenção de voto.

Para 48%, Guilherme Boulos será o candidato a prefeito apoiado por Lula (ante 47% em maio deste ano), e 27% não souberam responder (em maio, 29%). Também foram citados os nomes de Nunes (7%), Marina Helena (4%), Datena (4%), Tabata Amaral (2%), Marçal (2%) e Fantauzzi (2%), entre outros com 1% ou menos, com índices estáveis na comparação com o levantamento anterior, considerando oscilações dentro da margem de erro. Há ainda 2% que avaliam que o petista não apoiará nenhum dos pré-candidatos apresentados. A associação de Lula à candidatura de Boulos fica abaixo da média entre eleitores menos escolarizados (34%) e com escolaridade média (36%), assim como na parcela de menor renda (34%).

Uma parcela de 27% dos eleitores avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro apoiará Ricardo Nunes em sua campanha para se reeleger prefeito, índice similar ao registrado em maio deste ano (26%). Também são apontados como apoiados pelo ex-presidente os nomes de Pablo Marçal (11%), Datena (5%), Boulos (4%), Pimenta (3%), Kataguiri (2%), Senese (2%) e Fantauzzi (2%), entre outros com 1% ou menos. Para 2%, nenhum dos nomes apresentados receberá apoio de Bolsonaro para disputar a prefeitura, e 40% não souberam opinar.

Uma parcela de 36% vê Ricardo Nunes como candidato apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas na eleição paulistana, e outros nomes citados foram Marçal (6%), Datena (5%), Boulos (4%), Marina Helena (3%), Pimenta (3%), Kataguiri (2%) e Tabata Amaral (2%), com os demais mencionados por 1% ou menos. Há 1% que acredita que Tarcísio não apoiará nenhum deles, e 35% não souberam responder.

Boulos também é o mais indicado (24%) quando os eleitores são consultados sobre quem Alckmin apoiará na próxima eleição em São Paulo, e na sequência aparecem Nunes (13%), Tabata Amaral (7%) e Datena (5%), entre outros. Para 1%, nenhum dos nomes apresentados terá o apoio do vicepresidente, e 39% não souberam opinar a respeito.

ESCOLHA DE VICE REJEITADO POR ELEITOR LEVARIA 25% A MUDAR O VOTO COM CERTEZA

A escolha de um vice candidato a prefeito rejeitado pelo eleitor levaria 25% a mudar seu voto com certeza, e 21% talvez mudassem seu voto diante dessa escolha do vice. Há 51% que não mudariam sua opção de voto para prefeito por causa de seu vice, e 3% não opinaram. A taxa dos que com certeza mudariam o voto é mais alta na faixa de 45 a 59 anos (31%).

Diante do apoio de um político que o eleitor rejeita a seu candidato a prefeito, 37% dizem que com certeza mudariam seu voto, e 19% talvez mudassem. Há 41% que não mudariam seu voto para prefeito se ele fosse apoiado por um político que ele rejeita, e 2% não opinaram. A taxa dos que com certeza mudariam o voto é similar entre aqueles que indicam votar em Boulos (38%), Nunes (36%), Datena (36%) e Marçal (42%).