continuando. Visitei um latifúndio que tinha apenas um empregado que a anos não via o proprietário. 3. Também observei muitos colégios religiosos americanos. Achei muito estranho isso. Depois compreendi isso. 4. A população local - indígena/ribeirinhos eram utilizados como mão-de-obra barata e semi-escravizada. Enquanto os de fora eram donos de quase tudo. *1. Grandes áreas da amazônia são Areias Quartsozas. Não servem para nenhum tipo de agricultura extensiva, só para florestas.

Em 1975 fiz o Projeto Rondon na amazônia. Algumas coisas que vi e aprendi: 1. Uma exuberância/ abundância de verde, águas cristalinas, peixes, aves e demais animais. 2. Uso completamente inadequado/errado da terra/solo. Fiquei completamente perdido naquilo que me pediram para fazer. Me neguei a fazer muitas coisas. 3. Muitos latifúndios de políticos das capitais da amazônia e de grandes empresários/multinacionais. Esses latifúndios devastavam boa parte da propriedade para criação de gado.

Precisamos estabelecer diálogo... Sim... Precisamos sair do discurso. A matéria faz um resumo bastante romântico. A realidade é política. Por exemplo: Mandamos um ofício para a ALEPA pedindo duas passagens para artesãos ribeirinhos irem representar o artesanato de miriti na Feira Nacional de Artesanato em BH e nem sequer tivemos resposta. Precisamos primeiro parar com o toma-lá-dá-cá.

Verdades sobre o nosso imenso "verde". Nunca colonizadores e seus sucessores entenderam a galáctica Amazônia, a imensa e complexa, diversa e surpreendente floresta Americana do Sul. O conhecimento dos "presidentes da República" mal passou (e passa) da primeira fila de árvores. Imagina os milhares de quilômetros, a seguir. Por isso, nem avaliam o que acontece com as imensas queimadas da imensa selva.

A elite é cega em relação às desigualdades criminosas, os parlamentares são surdos em relação ao que exige o povo trabalhador, o povo não tem memória, as pernas são fracas, a boca se acostumou a dizer "é assim mesmo"...o corpo todo está doente faz séculos.

Ciro Gomes já descreve essa situação a muito tempo. Mas por erro, ninguém quer ouvir.