Ex-promotor vai a júri popular 20 anos após homicídio em Praia de Bertioga

O caso aconteceu em 30 de dezembro de 2004 no fim de um luau. O ex-promotor, na época com 29 anos, foi preso em flagrante por atirar contra dois jovens, de 20 anos.

Thales Schoedl teria ido buscar a namorada em uma festa quando se desentendeu com os dois jovens. Ele alega ter agido em legítima defesa. Felipe Cunha de Souza sobreviveu aos ferimentos, mas Diego Mendes Mondanez morreu após ser socorrido.

Para esse júri, devem ser ouvidas 15 testemunhas. Cinco do Ministério Público, duas do Assistente de Acusação, quatro de defesa e quatro arroladas tanto pela acusação quanto pela defesa. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, ainda não é possível prever quantos dias o julgamento vai durar porque isso depende da duração dos depoimentos. Sete jurados formam o conselho que vai definir se o ex-promotor é culpado ou não pelos crimes.

Thales chegou a ser absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo em 2008, mas a decisão foi anulada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ele foi julgado em segunda instância porque na época era promotor e tinha direito a foro privilegiado. Em 2018, ele foi exonerado do cargo e perdeu o foro.