Depois de quatro dias considerado foragido, o presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal neste sábado (15). Segundo a defesa, ele mostrará na Justiça a inocência.
Os alvos principais eram ligados ao PROS, Partido Republicano da Ordem Social, que ano passado foi incorporado ao Solidariedade.
E quem é Euripides Junior?
O político começou a carreira como vereador, no município de Planaltina de Goiás, em Goiás, na qual foi eleito em 2008 pelo antigo PSL. Cinco anos depois, deu passo alto na trajetória pública, ao fundar o Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
Chegou a se candidatar, em 2014, como deputado federal, mas não foi eleito. O mesmo ocorreu em 2018, quando concorreu como primeiro suplente do candidato a senador Walisson Nascimento, do PTB.
Ao longo de seu comando no Pros, viveu intensas disputas por poder e até problemas na Justiça. Em especial, envolvendo seu adversário e ex-dirigente Marcus Holanda. Ele acusou Eurípedes de sumiço de bens da legenda (cerca de R$ 50 milhões), e chegou a registrar um boletim de ocorrência.
O fundador do Pros chegou a ser afastado da presidência em 2020, quando Holanda foi eleito em um diretório nacional. Ao longo de dois anos, os dois alternaram o controle do partido através de decisões judiciais. Em 2022, pouco antes das eleições, Holanda perdeu novamente o cargo, agora por uma decisão do TSE.
Em 2023, após não ter atingido a cláusula de barreira nas eleições do ano anterior, Eurípedes decidiu se juntar com o Solidariedade, formando uma base de sete deputados (quatro desse e três do Pros). O nome seguiu como Solidariedade, em que o político passou a presidir.
Antes de se entregar, ele decidiu entregar o cargo nessa sexta-feira (14), de acordo com nota divulgada pela direção do partido. A presidência ficará com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, vice-presidente.