RJ já registra 8,1 mil incêndios em 2024, quase três vezes mais do que no mesmo período de 2023

Entre janeiro e junho de 2023, foram 3,1 mil queimadas no estado. O principal incêndio em 2024 ainda é no Parque Nacional de Itatiaia, que já teve 300 hectares destruídos pelas chamas.

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Incêndio no Parque Nacional do Itatiaia Divulgação/Corpo de Bombeiros

O estado do Rio de Janeiro já registrou quase três vezes mais incêndios florestais em 2024 do que no mesmo período de 2023. De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre janeiro e junho deste ano já foram 8,1 mil ocorrências de fogo em vegetação. No mesmo período do ano passado, foram 3,1 mil episódios desse tipo registrados. Ouça a reportagem completa abaixo:

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O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, major Fábio Contreiras, explica que este ano tem sido mais seco e quente, o que influencia no aumento desse tipo de ocorrência:

"A gente pode creditar esse aumento justamente às ondas de calor, porque esse ano a gente teve uma grande quantidade de meses que não tinha calor, então a umidade ficou mais baixa, tivemos menos chuvas, e agora, com o fenômeno do La Niña se instalando aqui no estado, sem previsão de término, a gente obviamente está esperando, nos próximos meses ainda, dias mais quentes e secos. Por isso, a gente continua monitorando, sempre atentos para a gente evitar que outros incêndios florestais aconteçam, como aconteceu lá no Parque Nacional do Itatiaia."

A maior prevalência desses incêndios é na capital fluminense, de acordo com os bombeiros. No entanto, municípios em todo o estado vêm apresentando incêndios florestais. No Parque Nacional de Itatiaia, no Sul Fluminense, por exemplo, os militares já estão há quase dez dias trabalhando sem parar para controlar e impedir a reignição das chamas, que começaram no último dia 14.

Cerca de 300 hectares de vegetação já foram destruídos devido ao incêndio, segundo a direção do parque. Agora, o incêndio já está controlado, mas os bombeiros ainda estão atuando na região com drones e fazendo um monitoramento preventivo, como explica Fábio Contreiras.

"A gente tem um único ponto de calor ainda e não tem nem chamas, mas ainda tem um pouco de fumaça, numa localidade bastante íngreme chamada Serrilha dos Cristais, nós enviamos alguns especialistas para fazer o combate dos últimos pontos quentes. Então, no momento, está controlado, nós não temos pontos ativos, mas a gente mantém as equipes lá monitorando, faz alguns sobrevoos de helicópteros diariamente para realmente confirmar que os focos não retornaram", detalha.

Desde abril, os bombeiros deram início no estado a uma operação de reforço contra incêndios florestais. O monitoramento é feito para tentar atuar o quanto antes nessas ocorrências, evitando que o fogo se espalhe e cause grandes estragos. Militares de todas as regiões estão de sobreaviso para atender em caso de emergência.

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