Do curso: Fundamentos do Planejamento Estratégico

Elaboração da lista de prioridades

Do curso: Fundamentos do Planejamento Estratégico

Elaboração da lista de prioridades

A definição de prioridades é um dos aspectos mais importantes de um bom processo de planejamento estratégico. Depois da criação da lista de iniciativas, é importante entender quais são as prioridades e os recursos que essas iniciativas vão mobilizar. Vamos ver um exemplo de lista de prioridades. Eu tenho uma lista de sete iniciativas classificadas conforme a prioridade, de alta a baixa. Essa prioridade é definida com base nos objetivos estratégicos da organização, ou seja, fatores qualitativos e também metas financeiras e métricas concretas que ajudarão a entender quais iniciativas trazem maior retorno financeiro. Então, preciso analisar quais recursos serão necessários para concluir cada iniciativa. Neste exemplo, tenho os custos de execução das iniciativas em milhares de dólares. Também examinei alguns dos recursos funcionais que seriam necessários em cada projeto, por exemplo: marketing, vendas, TI e operações. Diferentes iniciativas exigem diferentes tipos de recurso para serem concluídas. Depois de chegar às minhas prioridades e entender os recursos necessários, preciso fazer um exercício chamado de “definição dos limites”. Isso significa que tenho uma quantidade limitada de recursos e, quando eles se esgotarem, não devo explorar nenhuma iniciativa que ultrapasse o limite, pois isso diluiria meus esforços e diminuiria a chance de sucesso. Por exemplo: se meu fator limitante fosse o orçamento, e eu tivesse apenas US$ 500 mil para investir, eu começaria no topo da lista de prioridades e observaria o custo da iniciativa, trabalhando de cima para baixo até ficar sem dinheiro. Neste caso, eu teria que parar na iniciativa C, pois já teria gasto os US$ 500 mil. Eu não deveria trabalhar em nada abaixo dessa linha até receber orçamento adicional ou até que a organização decida redefinir as prioridades, trocando algum item acima da linha com algum abaixo ou vice-versa. Mas para isso é necessário redefinir as prioridades. Outro exemplo seria um recurso funcional como fator limitante. Suponha que haja somente uma pessoa de marketing na minha equipe e não exista restrição de orçamento. Novamente, começo no topo da lista com meus recursos. Posso alocar o funcionário de marketing para a iniciativa de maior prioridade e para a de segunda maior prioridade, mas então fico sem funcionários de marketing. Não tenho recursos adicionais disponíveis para explorar a iniciativa seguinte. Neste caso, preciso definir o limite após a segunda iniciativa, sem explorar a terceira até conseguir mais apoio de marketing. Outro exemplo: suponha que as vendas sejam o fator limitante, e eu tenha 10 vendedores. Novamente, começo do topo da lista para baixo, e vejo que esta exige vendedores, esta também, e quando chego aqui embaixo, fico sem recursos de vendas. Assim, eu exploraria todas as iniciativas na lista até ficar sem vendedores. Então, analise sua lista de prioridades, classifique-as da maior para a menor, saiba quais são os recursos necessários para explorar a iniciativa, trabalhe de cima para baixo na lista e seja disciplinado, parando quando esgotar o recurso limitante, para poder se concentrar nas iniciativas de maior prioridade, executá-las com sucesso e, então, avançar para baixo na lista.

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