At� os anos 1970, o h�bito de morar em pr�dio ainda encontrava resist�ncia por parte da popula��o, por isso os apartamentos tentavam imitar o clima das casas.
Os construtores optavam por janelas de madeira com venezianas que abrem para fora, com duas folhas de vidro que correm para cima e para baixo, usadas tamb�m nas casas. As janelas tinham um mecanismo que emperrava frequentemente e eram de dif�cil manuten��o. Ainda hoje � poss�vel encontr�-las em pr�dios antigos e baixos.
Na verticaliza��o que a metr�pole viveu a partir dos anos 1970, as janelas de madeira foram substitu�das pelas de alum�nio, que correm da direita para a esquerda e abrem sobrepostas.
Foi a solu��o da ind�stria da constru��o para baratear o custo e construir em grande escala. Perdeu-se a veneziana que protegia do sol, e o espa�o para entrada de ar e luz diminuiu. A obra tinha seu custo reduzido, mas o apartamento ficava prejudicado pela diminui��o da ventila��o. As janelas de alum�nio mais populares tamb�m falham em rela��o ao conforto ac�stico. Na d�cada seguinte, elas foram substitu�das pelas de alum�nio anodizado, com maior durabilidade, mas ainda pouca luminosidade e baixa redu��o de ru�do, em uma cidade cada vez mais barulhenta.
A tend�ncia atual s�o as janelas brancas de PVC. Al�m de reduzir muito mais o som externo, trazem de volta a persiana, agora com uma dimens�o menor e com engrenagens mais modernas, que exigem menos manuten��o.
As folhas de vidro ficam expostas quando a persiana est� totalmente levantada, intensificando a luminosidade e baixando o consumo de energia el�trica.
Al�m da praticidade da ventila��o, s�o maiores que as de alum�nio e permitem controlar a ilumina��o dentro do ambiente. A durabilidade � menor que as de alum�nio e n�o t�m a eleg�ncia das janelas de madeira, mas o custo-benef�cio compensa.
E os moradores que sofrem com o tr�nsito da metr�pole, com o caminh�o de g�s ou com os vizinhos prendados nas artes da marcenaria podem dormir um pouco mais sossegados.