Com produtos a pre�os mais acess�veis ou voltados a um nicho de alto padr�o, os fabricantes de acabamentos podem tirar proveito de um consumidor mais disposto a reformar a casa atual do que se arriscar no financiamento de um im�vel novo.
"As fam�lias est�o com medo de comprar e acabam fazendo pequenas reformas. Geralmente, isso envolve materiais de acabamento, como na troca do piso", diz Walter Cover, presidente da Abramat (Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o) e membro do conselho da Feicon.
Enquanto o faturamento com as vendas de materiais em geral caiu 11% nos 12 meses at� fevereiro, de acordo com �ndice da Abramat, a queda no segmento de acabamentos foi menor, de 9%.
"Os fabricantes t�m procurado se renovar, porque a concorr�ncia ficou mais acirrada. � preciso se diferenciar, entender a demanda e ter produtos mais competitivos", diz Rafael Safra, diretor geral da Aubicon, que fabrica pisos a partir de pneus e outros tipos de borracha.
A empresa apresenta na Feicon, entre outros lan�amentos, os pisos em rolo, e n�o apenas em placas, para quadras esportivas. H� op��es a partir de R$ 80 o metro quadrado e de at� R$ 130/m�, dependendo da quantidade de EPDM (borracha de etileno-propileno-dieno).
Mirando projetos de alto padr�o, o grupo espanhol Cosentino investiu dois anos em pesquisa e trabalho com nanotecnologia para criar a Dekton XGloss, nova linha de superf�cies ultracompactas de quartzo, com brilho intenso e propriedades hidrofugantes (que reduzem a penetra��o da �gua). A pe�a custa a partir de R$ 1.800/m�.
EXPECTATIVAS
Para 2017, a Abramat espera alta de 3% no faturamento do segmento. Devem contribuir para isso a queda da infla��o e a libera��o do saque de contas inativas do FGTS.
"Depois de tr�s anos de aperto, quando a pessoa come�a a ter renda dispon�vel, uma das primeiras coisas que faz � reformar a casa, porque ficou muito tempo sem investir nisso", diz Cover.