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Apartamento precisa sair 'de f�brica' com prote��o ac�stica; veja o que fazer

Isolamento ac�stico � o mais novo item obrigat�rio que as construtoras precisam garantir nas edifica��es. Normas pouco conhecidas por moradores determinam que os im�veis tenham um desempenho m�nimo contra os ru�dos externos e os gerados dentro do condom�nio.

A aplica��o da norma 15.575, da ABNT (Associa��o Brasileira de Normas T�cnicas), atinge as constru��es projetadas a partir de julho de 2013 e que agora est�o sendo entregues ao consumidor.

O problema � que n�o h� fiscaliza��o. "O fiscal � o pr�prio usu�rio que, ao notar algo de errado, pode usar a norma para acionar a construtora na Justi�a pelo C�digo de Defesa do Consumidor", diz o engenheiro Luiz Manetti, um dos autores do texto.

A Abrainc (representante das incorporadoras) diz em nota que o assunto n�o � tratado pela entidade, porque � algo muito t�cnico e individual de cada empresa. Enquanto isso, o barulho segue incomodando o sono paulistano. Por dia, a capital acumula 82 queixas de gente irritada com excesso de decib�is emitidos por bares, boates, obras e ind�strias, segundo o Psiu (Programa de Sil�ncio Urbano), da prefeitura.

C�DIGO DO SIL�NCIO

Como saber se uma edifica��o est� com ac�stica adequada? "Se voc� est� no quarto ou na sala e escuta tudo o que o vizinho fala, est� errado", diz Marcelo Aquilino, f�sico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnol�gicas).

Um projeto de isolamento ac�stico representa, em m�dia, 0,5% do custo final da obra, diz Davi Akkerman, vice-presidente da Pr�Ac�stica (entidade do setor). � esse projeto que quem compra im�vel precisa cobrar da construtora. "H� requisitos muito claros a serem cumpridos, da fachada aos pisos. Antes da norma, as construtoras faziam o que queriam nos projetos", afirma Akkerman.

Alexandre Britez, gerente da Cyrela, afirma que a incorporadora usa materiais ac�sticos na obra, mas o desempenho tamb�m depende do morador. "A condi��o interna do im�vel ap�s a ocupa��o, os h�bitos das fam�lias e as condi��es externas do local devem ser considerados."

Segundo a regra, uma parede que divide quartos de apartamentos distintos deve isolar um ru�do de, no m�nimo, 45 decib�is (igual ao de uma conversa).

Na fachada, o limite considera a regi�o onde o pr�dio est�. Em locais sossegados, o isolamento deve reter a partir de 20 decib�is. Perto de ruas com tr�fego intenso, a prote��o m�nima � de 30.

Lembra do "crack, crack" dos elevadores? Esse ru�do que incomoda os moradores, segundo a ABNT, n�o deve passar de 37 decib�is. A norma, por�m, � branda para sons gerados por impactos contra o piso, como o de passos de pessoas, m�veis arrastados e o bater de um bife na pia. S�o permitidos at� 80 decib�is. "� como se o seu ouvido estivesse na cola da rodovia Anchieta. � muito alto", diz Aquilino, do IPT.

BALADA PARTICULAR

A ind�stria tem novas solu��es ac�sticas que estar�o � mostra na Feicon (Feira Internacional da Constru��o), em S�o Paulo. S�o produtos que foram usados, por exemplo, na reforma recente de um d�plex, dos anos 1970, no Jardim Paulista (zona oeste).

O projeto ac�stico da obra custou R$ 22 mil e permitiu ao propriet�rio erguer uma boate particular de 80 metros quadrados na cobertura. No local h� uma cabine de som que gera at� 105 decib�is (equivale a um show de rock).

A balada n�o incomoda nenhum vizinho, diz o projetista Jos� Carlos Giner, porque o espa�o "flutua" com o uso de materiais ac�sticos que n�o deixam a vibra��o do som reverberar pelo pr�dio.

As esquadrias t�m dupla camada de vidro. Sob o piso, uma manta ondulada e mais 245 "bolachas" de borracha amortecem o impacto. Nas paredes, foram acrescentados mais 30 cent�metros de revestimento que incluem chapas de fibra de vidro. "Ao final, vazam s� 45 decib�is para os 500 m� restantes do im�vel", diz Giner.

Mais modesto, o artista pl�stico Arthur Lescher, 55, vai gastar cerca de R$ 5.000 na instala��o de uma porta e uma janela antirru�do para voltar a dormir no 9� andar de seu apartamento, em Higien�polis (centro). "Aqui, o �nibus gera muito ru�do, e isso � negligenciado pelo poder p�blico."

Lescher planeja fazer uma instala��o que questiona a polui��o sonora na metr�pole: um t�nel de vidro na avenida Paulista onde as pessoas ouvir�o nenhum som externo. "A gente mora numa cidade muito barulhenta que produz gente barulhenta", afirma.

Em S�o Paulo, a prefeitura ter� que entregar a partir de 2020 um mapa de ru�do da cidade. O documento mostrar� as regi�es com maior �ndice do problema e nortear� quais t�cnicas construtivas ser�o usadas nesses locais.

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CONTRA OS GRITOS E OS SUSSURROS
Produtos para neutralizar sons da rua e de vizinhos

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>> FACHADA

JANELA ANTIRRU�DO FIT
� feita de alum�nio e tem dupla camada de vidro; que absorve at� 30 decib�is; sua instala��o n�o altera a fachada
Pre�o a partir de R$ 1.500 o metro quadrado
Onde Atenua Som; av. Ibirapuera, 3.462. Moema
Informa��es www.atenuasom.com.br ou (11) 3382-3060

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>> TETO

CHAPAS KNAUF CLEANEO
Usadas em sistemas de constru��o a seco, as chapas de drywall absorvem barulhos gerados no andar de cima e neutralizam odores do ambiente
Pre�o a partir de R$ 240 (furo quadrado retil�neo)
Onde revendedores autorizados; a lista pode ser consultada no site da companhia
Informa��es www.knauf.com.br ou 0800 704 9922

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>> PISO

MANTA PLANA
� instalada entre a laje e o contrapiso; ajuda a isolar ru�dos gerados por impactos no ch�o, como os de um m�vel sendo arrastado
Pre�o a partir de R$ 10 (vers�o plana, com 3mm de espessura) o metro quadrado
Onde Aubicon; av. Marqu�s de S�o Vicente, 446, Barra Funda
Informa��es www.aubicon.com ou(11) 2348-5555

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>>PAREDE

PORTA AC�STICA
Em metal ou madeira, absorve entre 20 a 50 decib�is; � fabricada sob encomenda
Pre�o a partir de R$ 3.780 (madeira)
Onde Isar; rua Estado do Amazonas, Jardim Imperador
Informa��es www.isar.com.br ou (11) 2107-0488

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