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Fot�grafo que encontrou mais de 200 on�as em 40 anos lan�a livro

"Em 1979�eu vi a minha primeira on�a, ela tava�mordendo um galho de dentro do rio. Fiquei fascinado. Desde ent�o, toda vez que eu�fotografo�penso em fotografar uma on�a", diz�Araqu�m Alc�ntara.�

Comemorando 50 anos de carreira, tem o mesmo n�mero de livros lan�ados, cinco pr�mios internacionais e � um dos precursores da fotografia de natureza no Brasil. Araqu�m foi o primeiro fot�grafo a documentar todos os parques�nacionais brasileiros.��

As imagens deste ensaio fazem parte do livro rec�m lan�ado "Jaguaret�" -�on�a, em tupi -,�em que�faz um compilado dos mais de 200�encontros que teve�com o animal�ao�longo de quase 40 anos de expedi��es�pelas matas.�

O bicho tamb�m � capa da 12��edi��o�de�"TerraBrasil", registro fotogr�fico de todos os parques nacionais do Brasil feito ao longo de 10 anos, e, atualmente, o livro de fotografia mais vendido do pa�s, com mais de 100 mil exemplares.�

O fot�grafo criado em Santos, litoral de S�o Paulo, explica�que,�mais do que�uma comemora��o�ao seu meio�s�culo�de carreira, "Jaguaret�"�� uma celebra��o �biodiversidade,�"destru�da diariamente em nome da gan�ncia, da ignor�ncia e da inconsci�ncia".

Para�ele, fotografar a�natureza��um ato de�luta pela�reconstru��o das matas brasileiras.

"O fot�grafo da natureza luta pela preserva��o desses lugares, porque ele teve o privil�gio de ir l� e viver isso.�Sou�como um beija-flor jogando um pouquinho de �gua sobre um�inc�ndio na mata. Eu dou o meu recado", diz.

Sua miss�o, no entanto, n�o � tarefa f�cil. Ele conta que j� foi mais de 100 vezes � Amaz�nia e que�chegou�a ficar mais de um ano�viajando ininterruptamente�para fotografar. Questionado�sobre�o seu�segredo para�retratar�animais selvagens, ele conta que todo o processo�exige�log�stica e muito�estudo.�

"Voc� precisa entender em detalhes�aquele ecossistema e�conhecer os h�bitos do animal. A�on�a anda de 35 a 50 km por noite, quando enxerga melhor e pode atacar com mais facilidade, j� que os bichos n�o a�veem", explica.

Os�riscos�de seguir�rastros de um predador em ca�ada�tamb�m�agravam a dificuldade da�profiss�o.�

"Ano passado fiquei frente a frente com uma�on�a�enquanto andava sozinho pela�Serra do Amolar.�Nessas horas n�o adianta correr. Se correr, voc� � presa.�Se abaixar, voc� � presa.�Ela d� um salto e em segundos est� no seu pesco�o, n�o d� pra fugir desse bicho.�Eu tentei ficar frio. Ela saiu pelo lado esquerdo me olhando o tempo inteiro,�as costas levantadas e a orelha ca�da, pronta�pro�ataque",�conta.�

Mas apesar de ter consci�ncia dos perigos todos, o fot�grafo diz�n�o�ter�medo do felino.�

"O�medo � o grande�moderador da vida.�Se�eu tiver medo, n�o fotografo on�a", diz.

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