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Bailarino de Manaus � celebridade no mundo da dan�a nova-iorquino

Em seu Instagram, ele aparece mostrando a barriga tanquinho e os b�ceps. Na revista "GQ" americana, conta o que come para manter o corpo que arrasta 40 mil seguidores na rede social.

Marcelo Gomes, 36, n�o � nem modelo, nem atleta, nem ator de cinema —mas se daria bem em qualquer uma dessas alternativas. � bailarino principal e, entre os homens, o mais famoso do ABT (American Ballet Theatre), em Nova York.

O descamisado do Instagram, que acaba de estrear sua primeira grande coreografia, "AfterEffect", fez o papel da Morte no bal� antib�lico "The Green Table", de Kurt Joos, e dan�ou a vers�o suja e sexy de "Carmen" de Bizet em "The Car Man", de Matthew Bourne.

Agora, est� no Brasil para um espet�culo mais fam�lia. Ele encerra hoje no teatro Alfa, em S�o Paulo, a montagem "O Quebra-Nozes", da Cia. Cisne Negro.

Com tantos ensaios, aulas e espet�culos no ABT e em outras companhias, poderia dispensar a academia. Mas a malha��o ajuda o bailarino a manter o tanquinho mesmo se dedicando a um de seus grandes prazeres. Ele gosta de comer. E bem. "Adoro conhecer os novos restaurantes de Nova York, ver o que est� na moda", diz.

Um de seus endere�os favoritos atualmente � o Polo Bar, restaurante de Ralph Lauren na Quinta Avenida com a rua 55, que tem uma lista de espera de tr�s meses para reserva, segundo Marcelo. "Mas, conhecendo a pessoa certa, voc� consegue antes."

Tamb�m � habitu� do Cookshop, restaurante de comida sustent�vel ("tipo do campo � mesa"), no Chelsea.

Quando pode, vai a Manaus, de onde saiu quando tinha cinco anos, para comer cupua�u, a�a� e tacac�. Quase sempre que vem ao Brasil, Marcelo d� um jeito de ir � cidade natal, onde moram a m�e e a irm� mais nova. "Queria ir mais, mas minha agenda � cruel, os compromissos s�o marcados com dois anos de anteced�ncia. Os convites do Brasil v�m muito em cima da hora."

Ele acaba de emendar a temporada em comemora��o dos 75 anos do ABT em Nova York com uma gala beneficente em S�o Francisco, para arrecadar fundos para o Instituto de Preven��o ao C�ncer da Calif�rnia. "Sempre que posso, fa�o espet�culos para ajudar doentes de c�ncer, artistas com HIV. Tenho pessoas na minha fam�lia que morreram de c�ncer ou em decorr�ncia da Aids."

Neste ano, Marcelo n�o conseguir� ir a Manaus. Ap�s a temporada em S�o Paulo, vai ao Rio, "direto para a praia, para cair no mar. N�o tenho um dia livre h� meses". Ele vai perder o tacac�, mas a fam�lia inteira estar� reunida no Rio para passar o Natal. "� a cidade onde vivi dos cinco aos 13 anos [quando foi estudar bal� na Fl�rida]. E minha sobrinha mora l�."

Marcelo � "alucinado" pela sobrinha, Manuela. "Sou muito coruja, trato como se fosse minha filha. Nasci para ser pai."

*

PARA CRIAN�AS
No momento, est� muito envolvido com o bal� para o projeto de paternidade. "Quem sabe quando eu parar de dan�ar. Daqui a dois anos completo 20 anos no ABT, talvez seja uma boa hora." Enquanto isso, exerce seu lado "pai" criando o espet�culo para crian�as. "Deve ser um musical, n�o um bal�, mas ainda n�o est� fechado."

Para contar a hist�ria de Sophie, a menina que sonha em ser primeira bailarina, ele est� trabalhando com dan�arinos contempor�neos e atores da Broadway. "Quando parar de dan�ar, gostaria de virar core�grafo ou diretor."

Passada a tens�o da estreia de sua coreografia para o ABT, no dia 28/10, quando o p�blico aplaudiu em p� o bal� que criou, sente-se mais confiante. "Bailarino gosta de ter muito controle sobre o que est� fazendo. E � da minha personalidade ser controlador e disciplinado."

Al�m de novas coreografias —ele est� fazendo uma para Misty Copeland, primeira bailarina negra a se tornar principal no ABT, que � sua grande amiga e musa— Marcelo quer fazer novos projetos com o core�grafo londrino Matthew Bourne.

"Ele faz coisas muito inovadoras, muito diferentes do que se v� no mundo da dan�a", afirma Marcelo, que faz parte do elenco de um "O Lago dos Cisnes" dan�ado s� por homens, criado por Bourne.

Marcelo pretende trazer esse "Lago" para o Brasil. Para interpretar a vers�o heterodoxa e viril do cl�ssico rom�ntico, o bailarino gal� tem que raspar todo o cabelo.

Afirma n�o ser um problema para ele. "Sou perfeccionista, mas n�o vaidoso. Nunca me olho no espelho e digo: 'Estou �timo hoje'."

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