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'Quero mudar a cara do skate feminino', diz a melhor skatista 'street' do mundo

Um skate normal n�o costuma pesar mais do que 2,5 kg. O peso que Let�cia Bufoni carrega toda vez que compete, contudo, � muito maior que isso. Ela tem uma miss�o. "Quero mudar a cara do skate feminino, provar que n�o � coisa s� para menino", diz ela.

Desde 2010, a paulistana de 20 anos � l�der do ranking mundial feminino de skate na categoria "street", que simula obst�culos urbanos, como corrim�os e bancos, para que competidores utilizem em suas manobras.

Em abril, Let�cia conquistou sua primeira medalha de ouro em um X-Games, principal competi��o de esportes radicais do mundo, disputada por ela pela primeira vez quando tinha apenas 14 anos.

Em uma �rea tradicionalmente dominada por homens, a atleta brasileira � vista como uma esperan�a de populariza��o do esporte entre as mulheres.

Criada na Vila Matilde, zona leste de S�o Paulo, Let�cia come�ou a praticar o esporte por volta dos dez anos, com uma prancha emprestada de um amigo de seu irm�o. A carreira quase sofreu uma reviravolta quando foi intimada a devolv�-la para o dono. Nessa hora dif�cil, veio em seu socorro a av�, Maria, que lhe presenteou com o primeiro skate pr�prio.

Depois do seu primeiro X-Games, disputado em 2007, Let�cia mudou-se para a Calif�rnia, onde vive at� hoje, em Newport Beach. L�, divide seu tempo entre o skate, o surfe e, como gosta de dizer, uma banda de "zueira".

Baterista do grupo As Catantes, ela sabe que a m�sica n�o � sua praia. "N�o sei tocar nada, e as outras meninas do grupo tamb�m n�o", confessa. "A banda � para se divertir, as letras falam mal de homem, � uma coisa para a gente mesmo."

Conforme ela foi crescendo, o r�tulo de garota prod�gio do skate foi ficando para tr�s, e fortaleceu-se a imagem de musa. A carinha de anjo, o visual de "mano" e o estilo desbocado arrancam suspiros dos f�s do esporte.

Let�cia costuma usar uma bandana para prender os cabelos e o acess�rio j� lhe rendeu compara��es com Axl Rose, vocalista da banda Guns N' Roses, que tamb�m usava a indument�ria na testa. "Eu era chamada de mini-Axl ou filha do Axl", conta. Ela acabou incorporando o �dolo do rock � batata da perna, em uma tatuagem. "Fiz isso para me lembrar dessa fase da vida", explica a skatista, que tem outras sete tatuagens pelo corpo, incluindo uma no l�bio inferior em que est� escrito "Foda-se".

A beldade boca suja, no entanto, n�o quer saber de abrir sua intimidade. Perguntada se tem namorado, ela se esquiva. "N�o falo disso porque tira o foco do skate, que � o que realmente importa", diz. Aos interessados, resta o benef�cio da d�vida.

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