Saltar para o conte�do principal Saltar para o menu

Filho de lenda do skate prefere piano e jazz ao inv�s das manobras radicais

Seu pai � Stacy Peralta, autor do document�rio premiado "Dogtown and Z Boys - Onde Tudo Come�ou" (2001). Seria f�cil para Austin, 21, passar a vida em pranchas com rodinhas. Mas se apaixonou por m�sica aos cinco anos, quando um professor tocou Mozart na escola. Na volta para casa, pediu ao pai um piano e aulas particulares.

"Ele n�o ficou surpreso porque eu era uma crian�a louca, um man�aco. Era obcecado por ferramentas, furadeiras e todas as coisas com que um menino n�o deve brincar", diz, por telefone, de Los Angeles, enquanto se prepara para vir ao Brasil. Ele mostra seu jazz bem experimental no Cine Joia, em S�o Paulo, no dia 13 de setembro.

E nunca pensou em entrar para o mundo do skate, apesar de ter praticado muito e at� levado um tomb�o na adolesc�ncia. "Estava andando dentro de uma piscina e ca�. Machuquei muito o pulso. Meu pai disse para s� entrar em piscinas quando valesse a pena. Mas essa � a hist�ria dele, n�o a minha." O pai de Austin e sua turma, nos anos 1970, descobriram que piscinas vazias se transformavam em �timas pistas improvisadas.

Nem skate nem rock

Mas Austin tinha outros sonhos. Na casa dos Peralta, no entanto, ningu�m queria saber de m�sica cl�ssica. "Eles s� ouviam rock e outras coisas que n�o me interessavam."
Quando tinha dez anos, ganhou de um amigo ("de uns 50 anos") um CD do pianista Bill Evans e come�ou a incorporar o jazz � sua m�sica.

Aos 14, o menino-prod�gio j� gravava o primeiro �lbum, "Maiden Voyage" (uma homenagem ao disco de mesmo nome de Herbie Hancock), com participa��o do baixista de jazz Ron Carter, atualmente com 75 anos. No ano seguinte, ele se apresentava no Festival de Jazz de T�quio ao lado de outra lenda, o pianista Chick Corea, 50 anos mais velho.

Por incr�vel que pare�a, diz n�o lembrar de detalhes dessas parcerias. "Foi como uma experi�ncia extracorporal. Eles dividiam hist�rias, coisas que n�o se pode aprender na escola."

Depois de passar por grandes gravadoras, no ano passado Austin lan�ou seu terceiro �lbum, "Endless Planets" (algo como planetas infinitos), pelo selo independente do produtor californiano de eletr�nica e hip-hop Flying Lotus. E hoje se divide entre apresenta��es em festivais de jazz, clubes e eventos de arte. "Minha m�sica est� crescendo e tomando um formato mais psicod�lico, numa interse��o de eletr�nica e m�sica ac�stica."

Austin tamb�m coleciona �dolos na m�sica brasileira. "Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Arthur Verocai...", lista, caprichando na pron�ncia. "Aaah, e n�o posso esquecer de um dos meus favoritos, amo Hermeto Pascoal."

O pianista j� prepara novo �lbum para lan�ar no final do ano -quando ter� completado 22 anos. "Para mim, parece pouco. H� tantas m�sicas na minha cabe�a que preciso
coloc�-las pra fora, sabe?", diz. "Espero que consiga."

Flavio Scorsato
O m�sico Austin Peralta, que ir� se apresentar em S�o Paulo no m�s de setembro
O m�sico Austin Peralta, que ir� se apresentar em S�o Paulo no m�s de setembro

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Envie sua not�cia

Siga a folha

Livraria da Folha

Publicidade
Publicidade
Voltar ao topo da página