'N�o precisa ter medo, isso n�o passa', diz estudante com dermatite at�pica
A coceira come�ou quando Ana Marc�lia Pereira, 10, de S�o Paulo tinha quatro anos. Os pais acharam que era alergia, mas logo a vermelhid�o e as feridas se alastraram. Ana tem dermatite at�pica, doen�a inflamat�ria que causa coceira e les�es na pele.
"Quando me perguntavam se pegava, eu n�o sabia o que responder, ficava triste e quieta", diz a menina, agora "escolada" no assunto. "Falo que n�o precisa ter medo de mim porque isso n�o passa."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
![]() |
||
At� chegar a ter essa autoconfian�a, Ana e os pais penaram. O diagn�stico s� foi dado quando ela, com a pele toda ferida, teve que ser internada para conter a infec��o.
"Passamos dez dias no Instituto da Crian�a, vi outros pacientes com o mesmo problema, conhecemos o grupo de apoio do Hospital das Cl�nicas de S�o Paulo", conta a qu�mica Cl�udia Oliveira, 49, m�e de Ana Marc�lia.
O grupo foi, para Oliveira, uma das partes mais importantes do tratamento. Os encontros ajudaram a espantar muitos medos, que, �s vezes, resultavam em superprote��o da filha. "Como a gente passa por coisas dif�ceis, fica com um pouco de d�, mas ter 'd�zinha' n�o ajuda, atrapalha", afirma Oliveira.
Menos superprotegida e mais acolhida, Ana come�ou, aos poucos, a fazer coisas que deixara de fazer –de usar shorts a ir ao clube.
A volta da menina � piscina, h� cerca de dois anos, foi um evento. Contra as recomenda��es gerais, Ana ficou tr�s horas na �gua. "Fiquei preocupada, mas no dia seguinte a pele estava �tima. A felicidade foi t�o grande que deu tudo certo", diz Cl�udia Oliveira.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
![]() |
||