Renovar carros velhos ajuda a prevenir acidentes, mas solu��o n�o � taxar
A evolu��o da tecnologia de seguran�a serve para ajudar o motorista a prevenir acidentes, mas ainda � um desafio fazer com que estejam mais presentes no mercado por causa do alto n�mero de motoristas que se apegam a carros antigos.
O problema foi detectado na segunda mesa do �ltimo dia do F�rum Seguran�a no Tr�nsito realizado pela Folha em parceria com a Ambev e a Labet nesta ter�a (30).
Reinaldo Canato/Folhapress | ||
Renato Romio, chefe da Divis�o de Motores e Ve�culos do Centro de Pesquisas do Instituto Mau� de Tecnologia |
A renova��o da frota � essencial para fazer com que carros mais seguros penetrem no mercado, segundo Renato Romio, chefe da Divis�o de Motores e Ve�culos do Centro de Pesquisas do Instituto Mau� de Tecnologia.
"Temos dificuldade de fazer as pessoas trocarem carros antigos por novos e isso esbarra principalmente no pre�o", disse ele, referindo-se � impossibilidade de a maior parte da popula��o trocar o ve�culo com frequ�ncia.
Uma solu��o aventada por Romio foi o aumento de impostos sobre carros mais antigos, mas ele em seguida a descartou dizendo que seria "taxar os mais pobres".
"As pessoas simplesmente parariam de licenciar seus carros. Isso n�o resolve e n�o colabora com as estat�sticas", completou. Segundo o especialista, cerca de 30% da frota de ve�culos atual j� � irregular.
Segundo Maxwell Vieira, presidente do Detran-SP, a idade m�dia do carro usado pelo paulista gira em torno de 15 anos –o que, para ele, � "razoavelmente velho".
Falando sobre o aumento do �ndice de inadimpl�ncia dos motoristas, ele defendeu uma melhor pol�tica de impostos.
"Quando um motorista deixa de pagar IPVA, ele dobra no ano seguinte. � dif�cil essa pessoa conseguir pagar, e o carro vai ficar irregular", argumentou. "O governo est� sempre promovendo o Refis [programa estadual de refinanciamento], mas precisamos encontrar uma pol�tica para renova��o dessa frota".
Outra quest�o levantada por Romio foi o alto pre�o que as empresas automobil�sticas pagam para instalar itens de seguran�a de �ltima gera��o nos seus carros, tornando-os caros demais para o bolso do brasileiro m�dio.
Jo�o Oliveira, diretor comercial da Volvo, disse que a fabrica��o de carros n�o pode ser pensada apenas visando a deix�-lo atrativo para o consumidor.
"Isso empobrece a discuss�o. Temos que olhar para isso como sociedade, pensando que tipo de tr�nsito queremos no pa�s."
A Volvo tem como objetivo reduzir o n�mero de mortes em carros da marca a zero at� 2020.