Ministro quer usar fundos do Clima e Amaz�nia para saneamento e res�duos
O ministro do Meio Ambiente, Jos� Sarney Filho, defendeu uma revis�o no uso dos fundos do Clima e da Amaz�nia para que eles sejam destinados aos cons�rcios municipais do Norte e Nordeste. Esses cons�rcios s�o respons�veis por projetos de saneamento e pelo tratamento de res�duos s�lidos, como a constru��o de aterros sanit�rios.
O Fundo da Amaz�nia capta doa��es para preserva��o de florestas, manejo sustent�vel e conserva��o da biodiversidade. Os maiores doadores s�o os governos da Noruega e Alemanha e a empresa brasileira Petrobras.
Para o ministro, recursos de fundos ambientais precisam ser melhor distribu�dos. Somente o Fundo Amaz�nia j� acumulou mais de R$ 1 bilh�o de projetos aprovados, mas, de acordo com o Sarney Filho, sua atua��o est� concentrada em apenas seis munic�pios.
Sarney Filho falou na manh� desta segunda-feira (20), na abertura do F�rum Economia Limpa, realizado pela Folha, Abralatas (Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e Novelis, na manh� desta segunda (20), em S�o Paulo
Para o ministro, � importante colocar em pr�tica as a��es determinadas pela Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos (PNRS).
A PNRS, aprovada em 2010, responsabiliza os munic�pios pela destina��o adequada do lixo. No entanto, algumas cidades n�o contam ainda com infraestrutura para cumprir a legisla��o.
De acordo com o ministro, os recursos vindos dos fundos ajudariam na destina��o correta do lixo e tamb�m na melhoria das redes de saneamento b�sico dos munic�pios, trazendo impacto positivo para o meio ambiente. Cerca de 180 mil toneladas de res�duos s�lidos s�o produzidos por dia no Brasil; destes, 58 mil s�o de material recicl�vel.
Para os que acreditam que medidas ambientais atrapalham o crescimento econ�mico, Sarney Filho disse que "as pol�ticas ambientais n�o devem ser vistas como entrave ao crescimento, mas solu��o para obter padr�o de desenvolvimento sustent�vel" e lembrou que o processo de recupera��o ambiental pode atuar como gerador de emprego e renda.
"Pelos benef�cios que traz, devemos reconhecer a redu��o na emiss�o de gases do efeito estufa como fonte de riqueza. O brasileiro precisa se apropriar da diversidade biol�gica como patrim�nio pessoal", disse.
SEMIN�RIO
O F�rum Economia Limpa acontece nesta segunda-feira (20) e na ter�a-feira (21) no audit�rio da Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500), em S�o Paulo. Ser�o abordados temas como a renova��o da matriz energ�tica, o mercado de cr�ditos de carbono, a pol�tica tribut�ria voltada para a economia sustent�vel e boas iniciativas de reciclagem.