A convite da s�opaulo, arquitetos de diferentes perfis e gera��es escolheram uma via ou regi�o da metr�pole para mostrar como ela seria se ganhasse uma nova chance. Veja as ideias a seguir.
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Marginal Tiet�, por Ruy Ohtake
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Uma metr�pole como S�o Paulo cortada de leste a oeste por um rio � um privil�gio. Mas se esse rio, o Tiet�, n�o for bem tratado, vira uma dor de cabe�a. Todos temos que nos unir para reverter a situa��o deste que j� foi um dos orgulhos da cidade.
Nesse projeto, criei um rio como ele poderia ser: generoso com suas margens, que seriam bem tratadas paisagisticamente, tornando-se dois grandes parques urbanos.
Encostada no parque,�haveria uma via e, logo ao lado, uma �rea destinada a habita��es populares, escolas, centros de sa�de e de servi�os. Haveria ainda um centro comercial, com uma ponte atravessando o rio. Tudo de forma que trouxesse um equil�brio entre o verde e a �rea constru�da de S�o Paulo.
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Avenida Santo Amaro, por Felipe Hess,�com a colabora��o de Pia Quagliato e Lucas Miilher
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A implementa��o do corredor de �nibus na avenida Santo Amaro, na d�cada de 1980, fez com que ela se transformasse em uma via barulhenta e com passeios estreitos, que n�o condiz com sua voca��o comercial e residencial. Por isso, escolhemos essa avenida, uma das mais importantes da cidade, mas que n�o se apresenta como tal.
A premissa da proposta, como mostrada no corte, � levar os �nibus para um corredor no n�vel inferior � via dos carros. Dessa forma, abre-se espa�o para os pedestres, ampliando as cal�adas, criando jardins e ciclovias.
A ideia � resgatar a qualidade urbana da regi�o e da rua como passeio p�blico, mantendo a ess�ncia hist�rica da Santo Amaro, sem ignorar sua fun��o de principal eixo de liga��o do centro com a zona sul.
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Avenida Rebou�as, por Martin Corullon
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A avenida Rebou�as, no trecho entre as avenidas Brigadeiro Faria Lima e Brasil, � um bom exemplo da degrada��o do espa�o da rua como lugar de intera��o entre as pessoas.
A pobre conex�o com os bairros do entorno, os poucos atrativos, as polui��es sonora e do ar tornaram a avenida uma zona abandonada pelos pedestres e pouco atraente para os neg�cios, desperdi�ando o grande potencial de uma das �reas da cidade com maior disponibilidade de infraestrutura e pela qual passam milhares de pessoas por dia.
A nossa proposta � realista e objetiva e pretende mostrar como � poss�vel reestruturar o espa�o urbano com interven��es tecnicamente simples e de custo relativamente baixo.
As premissas s�o: aumentar os espa�os destinados aos pedestres; utilizar tecnologias de transporte de alta capacidade e menos agressivas; implementar novas tipologias de edif�cios que permitam a multiplicidade de usos; conectar ao m�ximo a avenida com os bairros vizinhos; instalar bancos, lixeiras, boa ilumina��o e um paisagismo adequado.
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Minhoc�o, por Rafic Farah
com a colabora��o dos alunos da Escola da Cidade�Gabriel Roemer,�Leandra Miyasaka,�Caio Fran�a,�Juliana Katayama e Thais Russo
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1. Vias expressas
2. Alargamento das cal�adas
3. Pilares originais
4. Rebaixo das vias com vigas reutilizadas
5. Pra�as
6. Servi�os p�blicos, com�rcio, biciclet�rio, micromuseus
7. �reas de descanso
8. Ciclovia
O ideal talvez fosse remover totalmente esse monstro, o que implicaria uma demoli��o car�ssima, demorada, traum�tica e de extremo impacto. Assim, buscamos uma solu��o t�cnica e financeiramente vi�vel, que devolveria luz, salubridade e beleza a milhares de pessoas ao redor do elevado Presidente Jo�o Goulart.
Exatamente por ser um projeto plaus�vel e de custo de execu��o relativamente baixo, pretendo apresent�-lo em breve ao prefeito, Jo�o Doria, para, quem sabe, sair do papel. Com ele, a cidade ganharia muito mais do que um parque linear, com um grande eixo de servi�os p�blicos de f�cil acesso, playgrounds, pequenos museus e extensa �rea de com�rcio.
A reutiliza��o das vigas no pr�prio local possibilitaria ainda o rebaixamento das travessas em pequenos viadutos, eliminando 18 sem�foros, e possibilitando uma melhora dr�stica da situa��o dos pedestres sob o elevado, e de todo o tr�nsito local.
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Complexo Vi�rio Paulo Roberto Fanganiello Melhem, por Marina Acayaba e Juan Pablo Rosenberg
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1. Faixa Total
2. Alargamento p�a. Thomas Edison (cobertura buraco)
3. Boulevard Vinicius de Moraes
4. Baixio do viaduto, com quadras de street ball, parkour e bowl
5. Decks de estar e passarelas de transposi��o
Apesar de abranger uma regi�o rica em �reas verdes no encontro das avenidas Paulista, Consola��o, Rebou�as e Dr. Arnaldo, esse trecho da cidade fartamente servido por servi�os e transporte p�blico � quase um lugar invis�vel, uma obra-prima da engenharia a servi�o do autom�vel, que esgar�a o territ�rio num arquip�lago de pra�as inacess�veis, onde hoje se acumula lixo e degrada��o.
O local, no entanto, tem enorme potencial para se transformar em um parque urbano, o Parque dos Arcos, um marco da reconquista do espa�o p�blico no cora��o da cidade.
Um parque de passagem, que recrie as transposi��es necess�rias para encurtar o trajeto do pedestre, por exemplo entre a avenida Paulista e o Hospital das Cl�nicas. Um parque aberto para a pr�tica segura de esportes "do asfalto", e que seja uma extens�o natural da Paulista aberta aos domingos. Um local para o encontro e para o descanso na hora do almo�o sob generosas copas de �rvores e nas pra�as, reconectadas ao tecido social pelo desenho do arquiteto.
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Ruas de S�o Paulo, por Marcio Kogan
| Marcio Kogan | ||
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1. Cal�ada sem buraco
2. Asfalto sem buraco
Como seria sua rua dos sonhos em S�o Paulo? Sei que � utopia: seria simples e sem buracos! Desafio a acharem hoje um trecho de cinco metros de rua e cal�adas em condi��es adequadas.�
Com incr�vel atraso, em novembro passado, a C�mara Municipal aprovou uma lei que transfere para a prefeitura a responsabilidade de cuidar de todas as cal�adas da cidade.
S�o Paulo permanecia como uma das �nicas —ou talvez a �nica— cidades do mundo na qual a cal�ada p�blica era privada (o propriet�rio poderia ser multado em R$ 300 por metro de cal�ada irregular). Obviamente, � mais uma forma de usurpar os cidad�os e de se eximir de qualquer responsabilidade civil.�
Por uma quest�o de justi�a, tamb�m dever�amos multar a prefeitura em cada metro de rua esburacada ou, ent�o, transferir a responsabilidade do asfalto do leito carro��vel para os propriet�rios dos im�veis. Assim, o poder p�blico n�o precisaria se preocupar, nem implementar a nova lei, sem desprezar a �tima oportunidade de aumentar a receita.