Entenda a pol�mica do parque Augusta, que reabriu ao p�blico

O parque Augusta (na regi�o central de S�o Paulo) reabriu as portas ao p�blico na quarta (1�), ap�s ter ficado um ano e meio fechado. A abertura do port�o da rua Marqu�s de Paranagu� foi determinada em abril por meio de liminar (decis�o tempor�ria), concedida pela Justi�a. O argumento � que o terreno de 24 mil metros quadrados deve ser livre para a passagem de pedestres.

A �rea agora � aberta diariamente ao p�blico das 8h �s 18h, e os visitantes podem transitar pela parte do terreno onde est� o bosque. O local, no entanto, continua sendo propriedade das construtoras Cyrela e Setin, que pretendem levantar tr�s torres no local. Os empreendimentos devem ocupar cerca de 40% do terreno —mas ativistas defendem que toda a �rea seja preservada e efetivamente transformada em um parque.

Abaixo, entenda a pol�mica que envolve o terreno do parque Augusta.

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2004
O Conpresp (Conselho Municipal de Preserva��o do Patrim�nio Hist�rico, Cultural e Ambiental da Cidade de S�o Paulo) tombou o terreno que possui �rvores nativas da mata atl�ntica e que, de 1907 a 1967, abrigou o col�gio feminino Des Oiseaux, onde estudaram Ruth Cardoso e Marta Suplicy. Em 1918, durante a epidemia da gripe espanhola, a escola funcionou como um hospital para crian�as.

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2006
O Conpresp rejeita a constru��o de um hipermercado, que resultaria em 45 �rvores derrubadas, no local.

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2008
Neste ano, o ent�o prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab (PSD) aprovou decretou o terreno como utilidade p�blica.

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2011
C�mara Municipal aprova a cria��o de um parque no terreno.

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2013
O decreto de utilidade p�blica, realizado cinco anos antes, caduca. As construtoras Setin e Cyrela compram a �rea, e os port�es s�o fechados ao p�blico. Manifestantes fazem protestos e festivais para pedir a cria��o do parque.

Em dezembro, o prefeito Fernando Haddad (PT) aprova a cria��o do parque Augusta, mas faltam recursos para a desapropria��o do terreno, que custaria R$ 70 milh�es.

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2015
No dia 17 de janeiro, um grupo de 300 ativistas, favor�veis � inaugura��o do parque, ocupa a �rea. No dia 29, o Conpresp aprova a constru��o das tr�s torres, com no m�ximo 45 metros cada, pois o empreendimento ocuparia cerca de 40% do terreno —o restante ainda seria destinado a ser uma �rea de frui��o p�blica.

Em fevereiro, a Prefeitura de S�o Paulo e o Minist�rio P�blico levantam a possibilidade de firmar um acordo para destinar � constru��o do parque parte das indeniza��es a serem recebidas por recursos desviados da cidade entre 1993 e 1998 —os bancos Citibank (dos EUA) e UBS (da Su��a) se comprometeram a pagar US$ 25 milh�es.

No come�o de mar�o, os quatro �ltimos ativistas que resistiam � Tropa de Choque foram retirados do local. A �rea � reintegrada e entregue �s construtoras propriet�rias.

Em abril, a Justi�a concedeu a liminar para a abertura de um dos tr�s port�es do parque.

No dia 1� de julho, o port�o da rua Marqu�s de Paranagu�, que d� acesso ao bosque, � aberto. A constru��o dos tr�s pr�dios, no entanto, segue confirmada.

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