80% dos votos de A�cio ir�o para Marina no 2� turno, diz vice
O candidato a vice-presidente da Rep�blica pelo PSB, Beto Albuquerque, acha que 8 em cada 10 eleitores de A�cio Neves devem votar em Marina Silva para presidente num eventual segundo turno. Os outros dois "talvez votariam em Marina".
http://www3.uol.com.br/module/playlist-videos/2014/beto-albuquerque-no-poder-e-politica-1409794245870.js
Em entrevista � Folha e ao UOL, Beto, 51 anos e deputado federal do Rio Grande do Sul h� quatro mandatos, diz n�o pretender ser "desrespeitoso com nenhuma das candidaturas", at� por se declarar amigo de A�cio Neves, o nome do PSDB nesta corrida presidencial.
Para justificar a poss�vel transfer�ncia em massa dos votos tucanos para Marina Silva, o ga�cho diz que isso vai ocorrer "porque s�o eleitores que querem mudar o pa�s". E A�cio, tamb�m iria de Marina? "� natural. Seria at� uma incoer�ncia pensar o contr�rio. Acho que ningu�m pode ficar neutro".
Beto � um congressista que fala sempre de maneira cuidadosa sobre advers�rios. Pontua com ressalvas suas assertivas a respeito de um eventual segundo turno. Quando menciona o eventual futuro aliado PSDB, sempre usa um tom ameno. "Desejo ao A�cio que ele tenha �xito na empreitada dele, para n�o ficarmos nos imiscuindo na realidade de cada um. [Mas] no segundo turno, para quem pregou na campanha inteira mudar o Brasil, o lugar � um lado s�. N�o h� dois lados".
A entrevista foi concedida na ter�a-feira (2.set) � noite. N�o eram conhecidos os n�meros da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (4.set). Beto ainda estava sob o efeito da grande euforia a respeito da possibilidade de crescimento das inten��es de voto de sua companheira de chapa.
Para ele, "pode, sim, algu�m ganhar no primeiro turno" a disputa pelo Planalto. Quem? "Neste momento, quem pode ganhar no primeiro turno � a Marina Silva". Faz, entretanto, uma pondera��o: "H� espa�o para ela crescer mais. Mas h� tamb�m espa�o para cair se a gente n�o continuar de forma humilde, com os p�s no ch�o".
APOIO NO CONGRESSO
Se eleita, Marina procurar� apoio da maioria dos partidos. Mas ela pr�pria escolher�, diz Beto, as pessoas de legendas aliadas para estarem no governo. Ou seja, muitas siglas poder�o estar numa eventual administra��o marinista, s� que ser� sempre a presidente quem vai decidir quais quadros desejar� para estar ao seu lado.
Como hoje essa pr�tica n�o funciona, o candidato a vice pelo PSB acredita que possa ocorrer "um ou outro impasse", mas um novo modelo de rela��o com o Congresso ser� perseguido.
O PSB espera fazer uma bancada pr�xima a 50 deputados nesta elei��o. Hoje, tem apenas 24 cadeiras na C�mara. E quando a Rede Sustentabilidade, partido montado por Marina, estiver com registro na Justi�a Eleitoral? "Ela n�o est� obrigada a continuar no PSB. N�s sabemos disso. N�s pactuamos isso com ela. Isso n�o diminui a nossa responsabilidade com o governo da Marina. Ela pode e continuar� tendo apoio irrestrito do Partido Socialista Brasileiro".
AGRONEG�CIO
Nesta quinta-feira (4), Marina Silva estar� no Rio Grande do Sul num dos maiores eventos agropecu�rios do ano, a Expointer, que come�ou no �ltimo dia 30 e vai at� o 7 de Setembro. A ideia � que a candidata fa�a um discurso de concilia��o para o p�blico local.
Segundo Beto, em s�ntese, Marina dir� que vai manter o cr�dito para o setor agropecu�rio e que n�o atrapalhar� o agroneg�cio.
Como ser� a atua��o do vice-presidente no caso de vit�ria de Marina? "Quem dar� limites para o vice � a presidente", responde.
A seguir, trechos da entrevista:
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Folha/UOL - Por que o PSB evita reunir e apresentar de uma vez todos os documentos e informa��es que tem a respeito do jatinho usado por Eduardo Campos?
Beto Albuquerque – Ningu�m mais do que n�s tem interesse numa profunda investiga��o e em todos os esclarecimentos sobre, primeiro, o acidente que vitimou sete companheiros, entre eles o Eduardo [Campos]. Segundo, n�s temos todo o interesse que n�o pairem d�vidas, que haja uma investiga��o rigorosa sobre o empr�stimo do avi�o e as raz�es da compra do avi�o –que a rigor n�o tem participa��o do PSB. Pelas informa��es que temos, recebemos esse avi�o emprestado de pessoas conhecidas dele [Eduardo Campos], empres�rios conhecidos em Pernambuco, para a pr�-campanha e posteriormente para a campanha. Como se tratava de pessoa f�sica, poder-se-ia transformar isso em estimativa de custos e contabilizar o cr�dito e o d�bito na conta eleitoral, baseado no n�mero de voos. Os rumores sobre a compra e o uso de laranjas nos deixa muito preocupados. � um neg�cio que cabe aos propriet�rios do avi�o explicar as raz�es, verdadeiras ou n�o verdadeiras. A nossa parte nessa rela��o com o avi�o � a do empr�stimo. O Eduardo, de boa-f�, recebeu desses empres�rios o empr�stimo. Passou a usar. Talvez pud�ssemos ter tido um cuidado maior sobre essa quest�o, sobre a origem do avi�o, enfim, coisa que nem sempre se faz, e agora estamos diante desses rumores.
Mas existe a possibilidade de o PSB reunir tudo o que h� de documentos...
Mas havia um empr�stimo sem documento. Esse avi�o estava ainda no nome do seu propriet�rio original que contratou o leasing, a AF Andrade, que entrou em recupera��o judicial, atrasou presta��es do leasing. Voc� n�o tinha como assinar contrato com quem n�o era ainda o dono. E a� que eu me refiro � boa-f�: [Eduardo Campos] recebeu enquanto se faria transfer�ncia, imaginando que passasse no processo eleitoral a documenta��o toda.
Houve uma imprud�ncia?
A palavra imprud�ncia � adequada. N�o houve m�-f�, n�o houve compadrio. Tenho certeza do total desconhecimento das origens, ou da forma como foi comprado esse avi�o. Houve boa-f� e talvez uma imprud�ncia de n�o se passar efetivamente um contrato em raz�o de n�o ter sido feito a transfer�ncia. N�s, do partido, e a fam�lia do Eduardo [Campos] temos o maior interesse em que essas coisas sejam esclarecidas. N�s conhecemos a hist�ria do Eduardo, correto e super-rigoroso.
Todas as informa��es dispon�veis para o PSB foram apresentadas?
� essa hist�ria que eu estou relatando.
N�o h� mais nada a ser dito pelo PSB sobre esse avi�o?
N�o. Sobre a compra n�s sabemos aquilo que a imprensa tem divulgado.
E sobre o aluguel em si?
Era um empr�stimo. A �nica coisa que n�s sab�amos � que havia dois empres�rios de Pernambuco que ofereceram, por empr�stimo, o avi�o.
Marina Silva deve revelar mais detalhes sobre os contratos que fez para dar palestras nos �ltimos 3 anos?
Nesse caso, � preciso compreender que quem exige a confidencialidade n�o � a Marina [Silva]. S�o aqueles que contrataram a Marina para fazer as suas palestras nas suas empresas. Isso � absolutamente normal. Se fosse a Marina que estivesse escondendo seria uma coisa. Agora, quando eu contrato algu�m e digo "vou te contratar para uma palestra, mas eu quero um contrato de confidencialidade", voc� tem que respeitar porque a vontade � do outro. O importante nessa rela��o da Marina � que est� tudo declarado no Imposto de Renda. Foi uma forma de ela receber, prestar um servi�o, ser remunerada. Est� declarado no Imposto de Renda. Isso que � importante.
Ela pretende consultar as empresas e indagar se poderia quebrar essa cl�usula de confidencialidade?
Certamente ela poder� faz�-lo ou mesmo as empresas poder�o.
Ela se manifestou a respeito?
N�o chegamos a conversar sobre isso. Mas conhecendo a Marina [Silva], tenho certeza que ela n�o tem nenhum interesse em esconder. Porque n�o h� nada que se deva esconder. Foi contratada, deu palestra, prestou servi�o, foi remunerada. Agora, se quem contratou n�o quer que se diga, temos que respeitar.
Dilma Rousseff na sua propaganda eleitoral na televis�o, nesta semana, comparou Marina Silva aos ex-presidentes J�nio Quadros [1917-1992] e Fernando Collor. Qual � o seu ju�zo sobre essa compara��o?
� lament�vel ver a primeira mulher que preside o Brasil, vinculada a um partido de esquerda, de origem dos trabalhadores, adotar a regra do lacerdismo para espalhar boatos, terrorismos. Quase um golpismo �s v�speras de uma elei��o. � um atraso pol�tico e cultural esse gesto. Primeiro porque Marina n�o � parecida com J�nio [Quadros], muito menos parecida com [Fernando] Collor. Segundo, porque Dilma apoia Collor em Alagoas, assim como apoia Renan [Calheiros], e assim como apoia [Jos�] Sarney. Acho uma injusti�a esse tipo de compara��o. Acho um gol contra o que a Dilma acabou de fazer.
Por que ela teria feito isso?
Ao sentir a possibilidade de perder a elei��o, escolheu o pior m�todo. O m�todo dos que acusavam Lula em 2002. Eu votei nas tr�s derrotas e nas tr�s vit�rias do Lula. Lembro-me bem do terrorismo que se fez contra Lula. Que o Brasil ia explodir, que ele n�o ia conseguir governar, que n�o ia ter capacidade de mobilizar a sociedade. E acabou que o presidente Lula fez um bom governo para o pa�s. Foi um per�odo de muita inclus�o social. Essa pol�tica do medo, do terrorismo, essa filosofia lacerdista, de espalhar o terror, n�o � o caminho. Isso n�o � maduro para a democracia brasileira.
A cr�tica espec�fica � que esses presidentes, J�nio e Collor, tiveram dificuldades ao assumir o mandato sem uma base s�lida de apoio no Congresso. O que � um fato. Marina Silva ter� uma base formal de apoio pequena. Como Marina, se eleita, conquistar� apoio no Congresso para tocar o pa�s?
A nova pol�tica que n�s falamos, que Marina fala, que Eduardo falava, exige uma mudan�a na rela��o com o Congresso. Na governabilidade com o Congresso.
Todos falam isso sempre...
Achamos que deve ser diferente. Primeiro, existe uma forma de conquistar a base, alugar a base. J� fizeram isso. Teve gente que se deu mal com a Justi�a. Segundo, lotearam a Esplanada dos Minist�rios para ter base, e sempre teve dificuldade para aprovar as coisas. � preciso conhecer o Congresso que sair� das urnas. Pode mudar muito ou pode n�o mudar. Vamos tentar apostar numa coaliz�o de programa. Coaliz�o program�tica. Temos um programa de governo e n�o vamos ficar discutindo no varejo.
Mas deputado...
...S� para concluir. A Marina tem insistido: n�s temos quadros pol�ticos nas carreiras p�blicas muito bons. H� gente qualificada no mundo empresarial, e h� gente qualificada nos partidos pol�ticos. O discurso de que s� o nosso partido tem gente boa n�o � nosso. � um discurso do PT.
H� cerca de 20 partidos representados no Congresso. Para apoiar o governo, esses partidos sempre pedem cargos na Esplanada [dos Minist�rios]. � il�cita essa forma de colabora��o?
N�o h� ilicitude em um partido apoiar um outro partido...
E receber um cargo?
N�o h� ilicitude. O problema � se sou eu que escolho o quadro do partido, ou se � o partido que me empurra goela abaixo o cara que vai governar. Quando falo de composi��o de governo program�tica, n�o colocar na pasta da Sa�de algu�m que n�o entenda de sa�de.
Digamos que um partido X apoie um eventual governo Marina Silva, com um acordo program�tico. O partido ent�o diz: "Gostar�amos de participar do governo". A partir da� a presidente diria quais quadros daquele partido ela gostaria de ter no governo ocupando cargos?
A ideia � se o acordo e program�tico, n�o � fisiol�gico ou patrimonialista, � que a opini�o de quem vai presidir o pa�s vai ter responsabilidades com o �xito ou com o insucesso, tenha a possibilidade junto a esse partido de influenciar, de escolher, de sugerir o perfil.
E se o partido bater o p� e falar: "Tem que ser escolhido entre esses tr�s [quadros] aqui"?
N�o. N�s estamos em um momento em que vamos um novo aprendizado na pol�tica. Essas pr�ticas pol�ticas...
Elas existem...
Existem e n�o t�m dado certo. O governo do presidente Lula tinha mais de 400 deputados, teoricamente, apoiando o governo. A cada vota��o, eu estive nessa base, era muito dif�cil ter maioria. N�o adianta ter uma base s� referida por cargos em minist�rios ou empresas p�blicas, porque n�o funciona.
Mas como seria nessa situa��o objetiva. Se um partido concorda em ir para o governo, ter� de deixar a presidente escolher quem vai para o governo? E se a presidente n�o aceitar os nomes propostos. E se o partido falar que "ent�o, nada feito". N�o haver� acordo?
� poss�vel que haja um ou outro impasse. Mas temos que perseguir a proximidade de fazer diferente.
O que vai acontecer quando ficar pronto o partido Rede Sustentabilidade, que foi idealizado por Marina Silva?
N�s do PSB apoiamos do in�cio ao final a tentativa da Marina de ter o seu partido. N�o deu certo. A Marina decidiu vir para o PSB e pactuamos uma filia��o democr�tica. Assim como o MDB l� na ditadura era o guarda-chuva de muitos partidos.
Isso � conhecido...
...Ent�o. Ela n�o est� obrigada a continuar no PSB. N�s sabemos disso. Se ela quiser fazer a Rede e ser a presidenta filiada � Rede, n�s n�o vamos ter problema, porque n�s pactuamos isso com ela. Isso n�o diminui a nossa colabora��o com a Marina. Isso n�o diminui a nossa responsabilidade com o governo da Marina. Isso estava pactuado partidariamente.
Ou seja, se ela...
...Se ela fizer o seu partido, n�s n�o temos nenhum problema.
A respeito de ela sair e se filiar oficialmente � Rede?
Ela pode e continuar� tendo apoio irrestrito do Partido Socialista Brasileiro.
Quais s�o as for�as pol�ticas que n�o v�o participar de um eventual governo Marina Silva, que ser�o oposi��o?
N�s n�o vamos fazer alian�a com [Jos�] Sarney, com Renan Calheiros, com [Fernando] Collor, com [Paulo] Maluf. � uma escolha nossa, com todo o respeito a essas figuras.
E com Henrique Eduardo Alves, hoje presidente da C�mara?
O Henrique n�s temos muita considera��o por ele.
Romero Juc�?
Romero Juc�. N�s temos inclusive no Estado dele uma rela��o boa. Agora, o formato da rela��o com o Congresso [Nacional] n�o precisa ser sempre com a exist�ncia de um preposto. Quando voc� faz o fulano virar preposto num governo com os deputados e deputadas, voc� est� elegendo um interlocutor. O governo pode se dirigir diretamente com esses deputados, dar aten��o a eles, prestigi�-los, lev�-los nas suas agendas, conversar, receber. Isso � t�o f�cil fazer. Voc� prestigiar e dialogar.
Um governo Marina Silva far� alian�as formais com partidos pol�ticos?
� claro. J� temos uma coliga��o com partidos. O PSB, o PPS.
Quais partidos estariam mais propensos a entrar em uma coliga��o de governo com Marina Silva?
� muito dif�cil, a 30 dias da elei��o, ajuizar as institui��es que j� est�o um pouco conosco, um pouco com outros.
Mas existe algum partido, que pela sua caracter�stica fundadora, dificilmente estaria coligado a Marina Silva formalmente no governo? O PT n�o vai se coligar a um governo Marina, ou vai?
N�s vamos convidar.
O partido?
Vamos convidar quadros do PT, dos tucanos, do PMDB para integrar o governo.
E o partido?
A dimens�o que ter� a ades�o partid�ria � uma escolha de cada um dos partidos.
O Democratas, por exemplo, � um partido que institucionalmente poderia apoiar Marina?
Depende de ouvi-lo, depende da concord�ncia com o nosso programa de governo. Tem um programa de governo. Quem vier para o governo tem que concordar com o programa em primeiro lugar. Depois, indicar nomes.
Por hip�tese, consideremos o PMDB. Se o PMDB, institucionalmente, como partido quiser apoiar oficialmente o governo Marina Silva e quiser indicar pessoas, poder� entrar?
Vamos ter que examinar num debate s�rio.
Mas descarta o partido?
N�o. N�s n�o podemos nem aceitar e nem descartar nada nessa altura do campeonato. L� na frente, se houver interesse de um partido ou de outro, vamos ver se h� o respeito ao programa e se o perfil de quem quiser governar conosco est� adequado a esse programa.
Em resumo, � certo dizer que Marina Silva, se eleita presidente, aceitar� o apoio do PMDB, mas ela � quem vai escolher as pessoas do PMDB que v�o estar dentro do governo. � isso?
Vai discutir.
� isso?
Se voc� receber um partido e entrar em acordo com o partido voc� vai ter que discutir com esse partido as condi��es de atua��o dele. Vou dar um exemplo: os Correios, a Empresa Brasileira de Correios. Era uma empresa que at� 10 anos atr�s tinha tr�s cargos livres de nomea��o. Hoje, s�o 100. Os nossos bancos t�m mais vice-presidentes para acomodar os atores pol�ticos do que para fazer o banco dar resultado. Temos que mudar isso. Temos que aproveitar os quadros de carreira que fizeram concurso. Temos que ter limites nessa interven��o partid�ria na gest�o p�blica.
A candidata Marina Silva, sua colega de chapa, tem esse discurso que tem sido interpretado de maneira positiva por muitos, as pesquisas dizem, mas a impress�o que eu tenho, olhando politicamente como o sr. olha, � que ela muitas vezes se coloca acima dos partidos pol�ticos.
N�o. Eu acho que n�o.
Isso, o sr. acha positivo?
N�o acho que Marina negue os partidos ou esteja acima dos partidos. Tanto que ela tenta fazer um partido, n�o para ela, para chamar de seu. Um partido sob um programa diferente da maioria dos nossos partidos, com crit�rios do que pode ou n�o pode receber de doa��o para a campanha. Tem crit�rios de que ningu�m poder� se reeleger mais de uma vez no partido, quer dizer, � um partido com concep��es novas. Ela n�o nega essa rela��o partid�ria. Ela � candidata a presidenta numa coliga��o com partidos pol�ticos, que tem dois minutos de televis�o que, portanto, n�o resultar� na vit�ria dos acordos dos segundos e minutos caros, que muitas vezes s�o feitos para voc� ter um programa de Hollywood na campanha eleitoral como est� fazendo a presidenta Dilma, programa super cinematogr�fico de um Brasil que n�o existe na vida das pessoas. Ela n�o nega isso. Acho que o Brasil est� cobrando a reforma pol�tica porque tamb�m quer olhar diferente para a pol�tica, e o governo pode ajudar muito a fazer a reforma. Pode ajudar muito. E dependendo do que vem das urnas nessa elei��o de renova��o, tanto na C�mara e no Senado, n�s podemos ter menos dificuldades para voc� implementar essas mudan�as que s�o necess�rias.
Qual trajet�ria ter� Marina Silva nas pesquisas at� o dia 5 de outubro?
H� espa�o para ela crescer mais. Mas h� tamb�m espa�o para cair se a gente n�o continuar de forma humilde, com os p�s no ch�o, fazendo o nosso trabalho, levando as nossas propostas, n�o elevando o tom, e tampouco devolvendo na mesma moeda as agress�es que j� come�aram a ocorrer.
N�s n�o vamos mudar o tom que a Marina usa nos debates, n�s vamos continuar propositivos.
A elei��o pode ser liquidada no 1� turno?
A elei��o no Brasil est� aberta. Pode, sim, algu�m ganhar no primeiro turno.
Quais candidatos est�o aptos a vencer ainda no 1� turno?
Nesse momento quem pode ganhar no primeiro turno � a Marina Silva.
Qual � o grau de exequibilidade disso?
Depende muito da avalia��o que a sociedade faz.
Relembro que tem um ano e meio que todos os institutos de pesquisa apresentam 80% do eleitorado querendo mudan�a. Talvez essa mudan�a esteja sendo despertada. Ou talvez a trag�dia que vitimou Eduardo tenha ajudado a despertar isso, e o patrim�nio pol�tico que a Marina j� tinha se soma a isso.
Que cen�rio o sr. vislumbra para o 2� turno?
Todos t�m condi��es de ir ao segundo turno...
E os favoritos?
A pol�tica � din�mica. N�o vou ser desrespeitoso com nenhuma das candidaturas. A elei��o est� nas m�os do povo, a quem cabe escolher.
Supondo-se que as duas candidatas que hoje lideram...
...Seria fant�stico ter o segundo turno com duas mulheres.
Se o 2� turno for entre Dilma Rousseff, do PT, e Marina Silva, hoje no PSB, como o v�o se comportar os candidatos que ficarem de fora e como se comportar�o os eleitores desses candidatos?
� ineg�vel que no Brasil hoje h� um desejo muito grande de mudan�a. H� um esgotamento do atual ciclo pol�tico e econ�mico. H� um cansa�o da polariza��o que h� 20 anos governa e desgoverna o Brasil.
Mas o que aconteceria no 2�?
Acho muito prov�vel no segundo turno que todos os que querem fazer a mudan�a estejam juntos. Essa � uma probabilidade muito grande. Havendo segundo turno, poder� se consolidar.
O PSDB pode ficar de fora. O que aconteceu com o PSDB?
Talvez n�o tenha acontecido nada com o PSDB. Talvez esteja acontecendo muita coisa com o eleitorado brasileiro, que est� tendo um outro vi�s de reflex�o nesta elei��o. O PSDB tem quadros bons. Fez para o Brasil, na sua �poca, boas coisas, principalmente a implanta��o do real, a estabiliza��o da economia brasileira. � um m�rito dos tucanos. O PT n�o admite isso, mas n�s admitimos. Assim como o PT consolidou um per�odo de inclus�o social muito grande, o que � um m�rito muito importante do presidente Lula.
O sr. diria...
...Nem o PT nem o PSDB admitem as duas coisas um do outro. Acho que isso cansou a sociedade. A sociedade cansou de viver essa dicotomia e est� procurando alguma coisa nova.
O A�cio � uma lideran�a pol�tica nova, jovem, foi um gestor. Sou amigo dele e me dou com ele. Agora, � o partido que fracassou ou � o eleitorado que est� tomando novas decis�es? Acho que no Brasil quem est� fazendo a mudan�a n�o s�o os partidos nessa elei��o, � o eleitorado, � o povo brasileiro.
De cada 10 eleitores de A�cio Neves no 2� turno, quanto o sr. imagina votar�o em Marina e quantos votar�o em Dilma?
Oito votariam em Marina. E dois, talvez, votariam em Marina.
Ent�o, 10?
Certamente se transfeririam porque s�o eleitores que querem mudar o pa�s.
O sr. acha que o pr�prio A�cio, n�o indo para o 2� turno, consideraria essa hip�tese tamb�m de apoiar Marina?
� natural. Eu acho que o discurso do A�cio e do PSDB em rela��o ao atual governo � supercr�tico. Seria at� uma incoer�ncia pensar o contr�rio.
Poderia ficar neutro.
Acho que ningu�m pode ficar neutro.
Marina Silva ficou neutra em 2010 [no 2� turno entre Dilma Rousseff e Jos� Serra].
Foi uma op��o que ela teve dentro do PV. O partido dela teve opini�o. Eu prefiro tomar posi��o.
Se A�cio n�o for ao 2� turno, o PSB buscar� seu apoio?
� poss�vel. Mas eu desejo ao A�cio que ele tenha �xito na empreitada dele, para n�o ficarmos nos imiscuindo na realidade de cada um. No segundo turno, para quem pregou na campanha inteira mudar o Brasil, o lugar � um lado s�. N�o h� dois lados.
Qual ser� o lado?
O lado que n�s estivermos, ou no qual o outro que tenha pregado a mudan�a esteja.
Qual � sua posi��o pessoal sobre legaliza��o do aborto, legaliza��o das drogas, especificamente da maconha, e casamento gay?
Concordo com a lei atual sobre o aborto. E acho que o sistema de sa�de brasileiro n�o est� preparado sequer para atender os casos que a lei permite. N�s precisamos melhorar isso.
Liberaliza��o do uso de drogas.
Temos uma fronteira muito aberta, por onde entra todo o tipo de droga. Parece-me precipitado liberar o uso antes de resolver essa entrada franca de qualquer tipo de droga no Brasil. Tenho muita d�vida sobre isso. Precisamos ver alguns "cases" de sucesso.
Como avalia a experi�ncia do Uruguai?
Est� muito cedo para avaliar. Por enquanto, n�o � um sucesso e n�o � seguro. � um pa�s muito menor que o Brasil, tem poucas �reas de fronteira e mais condi��es de administrar isso.
Eu n�o gosto da criminaliza��o das drogas como solu��o para o problema. O Brasil precisa amadurecer nesse sentido, mas primeiro tem que fazer a sua parte. Se o pa�s tiver a capacidade de acabar com a boca livre que existe hoje nas fronteiras brasileiras, voc� pode fazer uma discuss�o mais s�ria. O usu�rio de drogas tem que ter tratamento de sa�de e orienta��o, voc� n�o combate s� com pol�cia. Agora, a libera��o num pa�s que n�o consegue ter port�o em lugar nenhum me parece precipitada.
O casamento gay j� existe na pr�tica por conta de uma do Supremo Tribunal Federal. � necess�rio formalizar ainda mais a uni�o entre pessoas do mesmo sexo?
Um princ�pio fundamental, que serve a todos os gays, aos n�o gays, aos crentes, aos n�o crentes, � que a gente respeite os direitos civis de todos os brasileiros. E respeitar as organiza��es religiosas, que n�o precisam concordar uma com a outra ou com o comportamento de um ou de outro, tamb�m � uma conquista democr�tica. Vamos respeitar esses limites religiosos. Agora, o Estado � laico. E se ele � laico, como disse o papa, "quem sou eu para condenar o casamento gay?".
E condenar homofobia por meio de uma lei?
Se o Brasil fosse um pa�s mais s�rio ele n�o precisava de lei, porque qualquer discrimina��o deve ser condenada. Seja por op��o sexual, racismo ou qualquer tipo. Mas eu acho importante ter uma lei. � minha opini�o e uma filosofia que comungamos no partido. E respeitamos aqueles que divergem dela.
Por que houve recuo no programa de governo do PSB sobre o casamento gay e a criminaliza��o da homofobia?
Um programa de governo precisa de media��o. Temos que aprender muito ainda a conviver com as diferen�as. Quem coordenou a execu��o do plano transferiu integralmente as sugest�es do movimento LGBT para o programa. N�o havia consenso sobre isso. Ent�o houve de fato ajustes. Mas dos programas de todos os candidatos, o que mais aprofunda o assunto � o nosso. � uma proposta avan�ada e coerente com o Estado laico.
O programa de governo da sua chapa defende o fim da reelei��o para prefeitos, governadores e presidente da Rep�blica, mandatos de cinco anos sem reelei��o e elei��es coincidentes. Hoje o brasileiro vota a cada dois anos. Por essa proposta, o brasileiro votar� s� a cada cinco anos. � bom isso?
Se votar de dois em dois anos fosse muito bom a pol�tica brasileira estaria melhor.
Mas votar menos � melhor?
Unir as elei��es implica em criar partidos com cara nacional. Hoje voc� tem um partido com uma composi��o no munic�pio, outra composi��o no Estado e outra no governo federal. Os partidos v�o perdendo identidade nacional. Se voc� unificar as elei��es, isso come�a a mudar. Tamb�m defendo cl�usula de desempenho. Um partido para dizer que � um partido tem que ter pelo menos 2% do eleitorado brasileiro.
Votar uma vez a cada cinco anos e n�o a cada dois, na sua avalia��o, n�o reduz a qualidade da democracia?
Ao contr�rio, talvez permita que o poder p�blico funcione melhor. Hoje, a cada quatro anos, voc� tem um [ano] interrompido. Em raz�o dos meses anteriores � elei��o municipal e dos meses anteriores � elei��o nacional e estadual, voc� tem paralisa��o no repasse de recursos, descontinuidade. Isso n�o gera uma cultura de efici�ncia no poder p�blico.
O sr. tem uma boa rela��o com o agroneg�cio. Marina Silva, historicamente, tem uma rela��o mais arestosa com esse setor. Como ser� composta a rela��o de Marina, se presidente for, com o agroneg�cio?
Acho muito engra�ado, porque eu virei candidato a vice da Marina e come�aram a dizer que eu sou ruralista. Eu sou o primeiro ruralista sem terra, sem nenhum boi para criar e sem cavalo na propriedade. Eu sou um advogado.
Mas que vem de um Estado onde o agroneg�cio � importante.
Sim, que mora num Estado agr�cola e que h� muito tempo j� compreendeu a import�ncia do agroneg�cio na vida das pessoas. Ningu�m toma caf� de manh�, um suco, leite, come um p�o, um presunto com queijo, margarina, almo�a e janta se n�o tiver agricultura produzindo no pa�s. A agricultura � presente na vida das pessoas. Toda a cadeia produtiva do agroneg�cio representa, praticamente, um quarto do PIB desse pa�s. N�o acho que haja contradi��es da Marina com o agroneg�cio. Tem muita gente ouvindo outros falarem de Marina e n�o querendo ouvir Marina falar. Nos encontros que temos feito, onde Marina fala e as pessoas escutam, inclusive no meio do agroneg�cio, os conceitos sobre a Marina mudam. Quando a Marina fala em sustentabilidade, o que significa? � adequar o agroneg�cio a uma exig�ncia do consumidor mundial, que est� a cada dia mais exigente. Quem n�o se modernizar vai perder mercado. Sustentabilidade significa dizer o seguinte: o cara que vai comer carne na Europa, hoje j� � um mercado muito promissor para quem tiver essa regra, quer saber at� a �gua que esse boi bebeu. O pasto que ele pastou, que ra��o ele consumiu. Isso � sustentabilidade.
H� muitos pedidos de encontros de empres�rios do agroneg�cio com Marina?
Muitos pedidos.
De que ordem?
Hoje diria que 90% do agricultor brasileiro � um agricultor que sabe que tem um mercado exigente, que � preciso preservar o ambiente, que sabe que a mudan�a clim�tica � hoje o principal empecilho para o sucesso da agricultura brasileira. Marina e o agroneg�cio v�m mantendo encontros, como n�s fizemos em S�o Paulo e vamos fazer na Expointer, no Rio Grande do Sul [na quinta-feira (4)]. � a maior exposi��o agropecu�ria da Am�rica Latina.
Que mensagem ela deve transmitir?
A mensagem que n�s j� passamos na �poca do Eduardo e que est� de p�. Em primeiro lugar: no atual governo, o Minist�rio da Agricultura est� sem poder pol�tico e o or�amento que lhe � devido. Hoje as decis�es est�o terceirizadas para a Casa Civil. Isso � um desrespeito com um setor t�o importante no PIB nacional. Precisamos valorizar esse minist�rio e ter no comando algu�m com o acordo do setor. O Minist�rio da Agricultura n�o pode continuar no rateio pol�tico-partid�rio.
Qual seria s�ntese da mensagem de Marina Silva ao setor?
Vamos continuar mantendo pol�ticas de cr�dito, n�o vamos atrapalhar. Vamos fazer o georreferenciamento das �reas rurais. E vamos produzir. Temos que deixar esse pa�s produzir. Atrapalhar o menos poss�vel e preservar o ambiente. Isso tudo pode ser feito sem nenhum tipo de conflito.
Houve ru�do sobre as propostas de Marina Silva para o pr�-sal. Como seria tratado esse tema no seu eventual governo?
A primeira coisa que faremos � salvar a Petrobras do patrimonialismo, do aparelhamento pol�tico partid�rio que foi feito. Se n�o salvar a Petrobras, se ela continuar tendo preju�zos, ter� muita dificuldade para fazer o investimento que cabe a ela no pr�-sal. Segundo, o pr�-sal � um programa de desenvolvimento para o pa�s e de financiamento para �reas sociais importantes. N�s temos que fazer a explora��o e faremos. Isso � a proposta de Marina. O que Marina est� acrescentando � que n�s n�o podemos viver somente dessa vis�o. N�o concorre com o avan�o do pr�-sal voc� dizer que o Brasil � um pa�s ensolarado e deve apostar na gera��o de energia solar. Ampliar a gera��o de energia limpa. Isso � absolutamente pac�fico. Pernambuco conseguiu fazer, no governo do Eduardo Campos, um leil�o de energia solar. Porque que o Brasil n�o faz? O Brasil tem que comprar essa parada, a Petrobras inclusive pode ser parceira dessa parada e isso n�o significa preterir o pr�-sal para fazer energia solar. Significa fazer as duas coisas. O que ela defende � isso.
Haver� alguma restri��o para o PSB receber doa��es de empresas ou setores para os quais a Rede, partido criado, ainda n�o oficial, de Marina, pode receber? Por exemplo, tabaco, �lcool, agrot�xicos, armas?
O PSB tem uma regra bem clara, s� n�o se pode receber contribui��o de fonte il�cita. N�s n�o temos esses sen�es, mas respeitamos os sen�es que a Rede tem.
E no caso de campanha de Marina?
Na conta da candidatura da Marina seguramente essas veda��es que a Rede tem ser�o respeitadas.
E para as candidaturas do PSB h� outra regra?
N�s n�o temos outra regra que n�o seja essa: ningu�m pode pegar dinheiro de origem ilegal. N�o vejo pecado nenhum em receber alguma contribui��o para fazer campanha de quem est� legalmente constitu�do no pa�s, trabalhando, gerando empregos.
Ainda que sejam ind�strias pol�micas, como agrot�xico ou armas?
Quanto aos agrot�xicos, a maioria dessas empresas sequer contribuem, praticamente todas s�o internacionais. Armas, n�s precisamos de armas para as For�as Armadas. � poss�vel ter defesa nacional sem armas? Acho que n�o. Bebidas, refrigerante, cervejas, qual � o problema? O problema � o ilegal, isso sim n�s temos que banir da pol�tica. S�o as rela��es ilegais, as contribui��es ilegais, o caixa dois. Isso que � o feio da contribui��o partid�ria.
Se eleita a chapa, o sr. imagina que fun��o teria como vice-presidente numa administra��o Marina Silva?
Nada al�m do que as minhas atribui��es constitucionais. Ser um parceiro que colabore e ajude na constru��o pol�tica do governo, nas rela��es institucionais, na substitui��o eventual. Nada que ultrapasse os limites.
O ex-vice-presidente Jos� Alencar, por um determinado per�odo, ajudou a administra��o Lula como ministro da Defesa. O sr. imagina contribuindo um pouco mais al�m de ser um substituto eventual?
� verdade. Isso � muito pouco. Voc� tem que estar envolvido na alegria e na tristeza, na dificuldade, com o governo. Agora, os limites do vice quem d� � o presidente. Se a presidente achar que eu deva cumprir mais tarefas na articula��o pol�tica, ou na �rea de infraestrutura, na qual eu tenho um razo�vel conhecimento por j� ter tido experi�ncia como secret�rio de transportes de infraestrutura no Rio Grande do Sul, estarei pronto. Mas os limites do que eu poderei fazer ou n�o ser�o ditos e assegurados pela presidente Marina.
Qual � a expectativa do PSB sobre bancadas na C�mara e no Senado a partir de 2015?
Gostar�amos de chegar a 50 deputados nessa elei��o e termos uma bancada de oito ou, muito otimistamente, 10 senadores. Estamos trabalhando para isso. A candidatura da Marina animou muito o eleitorado da nossa legenda. E talvez eleger seis governadores.
N�o h� neste momento, nas pesquisas j� divulgadas, nenhum candidato do PSB liderando as pesquisas para governador.
Mas o Brasil est� mudando muito nas elei��es. As pesquisas de 15 dias atr�s nem para presidente estavam coerentes.
Quais s�o os Estados onde o sr. imagina haver candidatos competitivos do PSB?
No Esp�rito Santo, temos uma candidatura vi�vel que � a reelei��o do Renato Casagrande. N�s vamos virar o jogo em Pernambuco [com Paulo C�mara]. Em Roraima, o Chico Rodrigues, estamos trabalhando em conjunto.
Qual mais?
A L�dice [da Mata] est� crescendo na Bahia. No Amap�, o Camilo [Capiberibe] concorre � reelei��o. Temos uma candidatura no Cear� [Eliane Novais] que come�a tamb�m a ter sentimentos de crescimento. Daqui at� a elei��o, muitas coisas poder�o mudar. Tarc�sio Delgado, em Minas Gerais, era uma elei��o que estaria polarizada, mas uma das partes que polariza empacou. Ent�o abre espa�o para que uma terceira for�a chegue ao segundo turno.
Na propagando do PSB, com Marina Silva, ressalta-se pouco o n�mero do partido, o 40. Que � o que conta muito para eleger deputados estaduais e federais.
Mas isso ainda est� come�ando. Come�ou h� pouco tempo.
A pr�pria candidata Marina vai pedir que votem no n�mero 40?
N�s vivemos um dilema. N�s s� temos dois minutos de televis�o. Mas � evidente que n�s vamos...
Mas ela vai falar?
Na reta final vamos valorizar o n�mero. Agora, na estrat�gia de constru��o pol�tica, de defesa de programa, n�s estamos fazendo afirma��o em torno do nome da Marina. Na reta final, vamos valorizar o n�mero, que � o que mobiliza, efetivamente, o eleitor.
Acesse a transcri��o completa da entrevista
A seguir, os v�deos da entrevista (rodam em smartphones e tablets, com op��o de assistir em HD):
1) Principais trechos da entrevista com Beto Albuquerque (9:09)
2) 8 de cada 10 eleitores de A�cio v�o para Marina, diz Beto (3:06)
3) Quem pode ganhar no 1� turno � Marina, diz Beto (1:49)
4) Beto: Partidos devem concordar com o programa antes de indicar nomes
(2:26)
5) Dilma sente que vai perder e usa pior m�todo de discurso, diz Beto (1:57)
6) Marina pode ir para Rede e PSB continuar� a apoi�-la, diz Beto (1:52)
7) No caso do avi�o, houve imprud�ncia, mas de boa-f�, diz Beto (2:20)
8) � importante criminalizar a homofobia, diz Beto (4:03)
9) Marina vai manter cr�dito e n�o atrapalhar� agroneg�cio, diz Beto (3:33)
10) Quem dar� limites para o vice � a presidente, diz Beto (1:44)
11) PSB prev� 50 deputados e 10 senadores em 2015 (1:42)
12) Quem � Beto Albuquerque? (1:29)
13) �ntegra da entrevista com Beto Albuquerque ] (61 min.)
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