Tucanos se unem para lan�ar Doria ao governo de S�o Paulo
Um grupo de tucanos paulistas quer convencer o PSDB a lan�ar o prefeito paulistano, Jo�o Doria, candidato a governador, e facilitar o caminho para Jos� Serra presidir o Senado em 2019.
Os dois s�o cotados para disputar a sucess�o de Geraldo Alckmin, que deve se lan�ar � Presid�ncia. A prefer�ncia do governador ser� decisiva, mas interlocutores dizem que Alckmin dificilmente se posicionar� com a mesma clareza que o fez em 2016 em favor de Doria.
A frente � encabe�ada por Orlando Morando, prefeito de S�o Bernardo do Campo, a segunda maior cidade do Estado comandada pelo PSDB depois da capital, e por Cau� Macris, presidente da Assembleia Legislativa paulista.
Se, de um lado, Morando j� estava alinhado com Doria em suas movimenta��es visando � Presid�ncia, Macris, por sua vez, aliado de Alckmin, foi cr�tico ao prefeito. Seu apoio a Doria agora � lido no tucanato como sinal de que Alckmin j� esteja ensaiando uma posi��o.
No entorno do governador, havia tend�ncia em apoiar Serra, por se considerar que ele tem melhor capacidade de articula��o e possibilidade de formar uma coliga��o favor�vel a Alckmin no plano nacional, trazendo o PSD de Gilberto Kassab, entre outros.
No entanto, com a rejei��o do eleitorado paulista a Serra de 40%, apontada pelo Datafolha, passou-se a considerar o apelo eleitoral de Doria. Sua rejei��o � de 28% e tucanos afirmam que ele pode reduzi-la caso se mostre focado na prefeitura.
Ainda que Serra sinalize ter interesse em voltar a governar SP, com apoio de deputados estaduais e prefeitos n�o s� do PSDB, h� d�vida sobre a sua disposi��o em encarar uma campanha para um cargo que j� ocupou, tendo mais quatro anos de Senado garantidos, em momento adverso aos pol�ticos tradicionais.
A presid�ncia da Casa legislativa, contudo, n�o viria de gra�a, sobretudo considerando-se a maioria do MDB.
"Serra � um quadro primoroso. Pode pleitear ser presidente do Senado em 2019, pode ser ministro", disse Morando, contr�rio a pr�vias. "Ele � inteligente. N�o disputa elei��o sem apoio. Est� claro que a sociedade anseia por quadros oxigenados. Doria teve uma queda e j� iniciou um processo de recupera��o."
Macris disse que "h� um clamor" em torno do prefeito paulistano. "Coloquei como desafio reunir lideran�as do Estado para que, juntos, a gente forme um time em prol da candidatura dele."
A estrat�gia � desvincular Doria do movimento e evitar, assim, a exposi��o negativa que sua pretens�o nacional causou em alguns segmentos. O prefeito paulistano nega ser candidato e tem procurado se mostrar voltado � gest�o da capital paulista.
Por enquanto, dois nomes se lan�aram como pr�-candidatos a governador: o cientista pol�tico Luiz Felipe d'Avila, que � bem visto na c�pula partid�ria, mas perde espa�o diante de nomes tradicionais, e o secret�rio estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.
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