Pol�cia e manifestantes entram em confronto no centro de S�o Paulo
Com menos manifestantes e mais pol�cia que na quarta-feira (31), o protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff terminou em novo confronto com a Pol�cia Miliar nessa quinta-feira (1�), em S�o Paulo. Foi o quarto dia consecutivo em que houve conflito.
A manifesta��o come�ou bloqueando a avenida Paulista nos dois sentidos. Ap�s delibera��o, o ato decidiu seguir at� o diret�rio estadual do PMDB, partido do presidente Michel Temer, na rua Manoel da N�brega.
Entretanto, o trajeto foi vetado pela Pol�cia Militar e os manifestantes resolverem ir para a rua da Consola��o. De l�, seguiram para a avenida Nove de Julho, onde algumas pessoas arrastaram uma ca�amba de lixo para o meio da rua e atearam fogo.
Angela Boldrini/Folhapress | ||
Policiais retiram ca�amba em chamas da via |
Em resposta, a Pol�cia Militar lan�ou bombas de g�s lacrimog�nio e de efeito moral, o que deu in�cio ao confronto.
Do alto do viaduto Nove de Julho, black blocs arremessaram pedras e objetos contra um batalh�o de policiais que se encontrava no n�vel inferior. As for�as de seguran�a dispararam uma saraivada de bombas para cima, enquanto se protegiam com os escudos.
Ap�s o enfrentamento, os manifestantes se dispersaram. O batalh�o de choque segue circulando pelo centro da cidade.
Angela Boldrini/Folhapress | ||
PM e manifestantes entram em confronto no centro de S�o Paulo |
Na Pra�a Roosevelt, policiais dispararam bombas nas proximidades dos bares da regi�o, o que levou os estabelecimentos a baixar as portas.
"Ningu�m fez nada. Eles atiraram bombas de gra�a e afastaram todos os clientes", disse um gar�om do bar Papo, Pinga e Petisco.
O analista de sistemas Paulo Ferrari, 50, tomava uma cerveja com amigos no Parlapat�es, espa�o de teatro na pra�a Roosevelt, quando foi surpreendido pelas bombas. "Tinham pessoas sentadas na escada da pra�a como sempre, n�o eram manifestantes. A PM veio, cercou e jogou uma bomba bem no meio", disse ele.
"Depois, vieram muito mais bombas, a gente se escondeu aqui dentro e fechou a porta", afirmou Ferrari. V�rias pessoas procuraram abrigo dentro dos teatros da regi�o.
Gilberto Bergamim Jr. | ||
Pessoas buscam abrigo dentro de teatro nas imedia��es da Pra�a Roosevelt |
Moradores dos pr�dios ao redor bateram panelas e xingaram os policiais, que dispararam bombas para cima, contra os edif�cios.
Rep�rteres tamb�m foram atingidos por bombas da pol�cia, depois de serem amea�ados com uma arma n�o letal e recebido ordens para deixar o local.
Um grupo de cerca de 20 manifestantes veio para a frente da sede da Folha, que foi pichada. Objetos foram arremessados contra a fachada do jornal.
MANIFESTANTES
Os manifestantes, em sua maioria jovens, gritam "fora, Temer" e palavras de ordem contra a Pol�cia Militar.
Eles lembraram, em suas falas, os manifestantes feridos no ato de quarta, inclusive uma estudante da UFABC (Unversidade Federal do ABC) que perdeu a vis�o do olho esquerdo.
Na manifesta��o anterior, ao menos cinco manifestantes e um policial ficaram feridos, al�m de dois fot�grafos, ap�s um confronto com a pol�cia, na Consola��o esquina com a rua Maria Ant�nia.
Nesta quinta, o efetivo policial � maior do que no dos outros atos, que v�m acontecendo diariamente desde segunda-feira (29).
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