Em 1� dia de campanha, Erundina provoca Doria e critica lei eleitoral
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
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Os candidatos � Prefeitura de SP Luiza Erundina e Ivan Valente (PSOL) no ato de in�cio de campanha |
Em caminhada pelo centro de S�o Paulo nesta ter�a-feira (16), primeiro dia de campanha, a candidata � Prefeitura de S�o Paulo Luiza Erundina (PSOL), fez cr�ticas � nova lei eleitoral, que a deixa fora dos debates, e provoca��es aos advers�rios.
O maior alvo foi o candidato do PSDB, Jo�o Doria, cujo ato de in�cio de campanha cruzou com o da deputada federal na Pra�a do Patriarca, pr�ximo ao pr�dio da Prefeitura. "�, Doria, eu quero ver/ A Erundina nos debates da TV", gritavam os militantes do "Juntos", ala jovem do PSOL, ao verem se aproximar as bandeiras do tucano.
O grito foi rebatido com o "ol�, ol�, ol�, ol�, Doria, Doria" dos militantes tucanos e a durante cerca de dez minutos a bateria do PSOL competiu com os apitos do PSDB, at� que a passeata do empres�rio fez uma parada. Na frente da Prefeitura, um outro grito: "N�o quero Doria/ e nem Haddad/ � Erundina a prefeita da cidade".
"Que engra�ado, a gente aqui e os coxinhas l�", riu uma menina que acompanhava a caminhada de Erundina, sobre a divis�o da pra�a que separava as duas aglomera��es.
Ap�s um grito que chamava Doria de "candidato do trensal�o [refer�ncia ao esc�ndalo do cartel dos trens no governo do Estado, do PSDB]", um homem com bandeiras do candidato respondeu aos militantes do PSOL: "Quem faz mensal�o s�o voc�s do PT!"
Apesar das provoca��es, n�o houve confus�o entre os militantes, e os candidatos n�o chegaram a se encontrar —o vice de Erundina, Ivan Valente, tamb�m deputado federal, chegou a fazer men��o de ir � outra passeata falar com Doria, mas foi dissuadido pelos participantes do ato.
Militantes vestidos com camisetas da campanha de Doria at� se misturaram � de Erundina. Um menino se aproximou para beijar a deputada: "� fam�lia, deixa eu passar", pediu a um homem que separava as manifesta��es. Um dos coordenadores da campanha do tucano tamb�m manifestou desejo de ir cumprimentar a candidata.
No caminho at� a pra�a da Rep�blica, a deputada conversou com transeuntes, cumprimentou ambulantes ("no meu governo, n�o tem 'rapa'", afirmou) e foi parada por uma travesti, que questionou a candidata sobre pol�ticas LGBT. "Est� uma palha�ada para os LGBTs nessa gest�o", disse a mulher.
Em outro momento, Erundina pediu vaias a Marta Suplicy, candidata do PMDB, Doria e tamb�m ao Major Ol�mpio, candidato pelo Solidariedade. Os tr�s afirmaram que n�o concordam com a participa��o da candidata nos debates de TV De acordo com a nova lei, apenas partidos cuja bancada na C�mara seja superior a nove deputados t�m direito assegurado nos debates.
Como o PSOL possui apenas seis, precisa de convite das emissoras e da aprova��o de parte dos advers�rios para participar. Haddad, candidato do PT, e Russomanno, do PRB, se manifestaram favoravelmente � participa��o de Erundina, que � a terceira colocada em inten��o de votos na �ltima pesquisa Datafolha, com 10%, atr�s de Russomanno e Marta.
"Eles tem medo da nossa participa��o, porque aqui n�o tem corrupto", afirmou a candidata.
NO SUPREMO
O partido entrou com uma a��o no Supremo Tribunal Federal que questiona a constitucionalidade da nova regra dos debates, afirmando que ela constitui uma cl�usula de barreira.
Movida pelo PSOL e pelo PV, a a��o � o segundo item da pauta prevista para a sess�o do plen�rio do STF no dia 24 de agosto. N�o h� garantia de que a mat�ria seja de fato analisada nesse dia.
Antes da data, no entanto, deve acontecer o primeiro debate, da Rede Bandeirantes. A campanha de Erundina pretende entrar tamb�m com uma representa��o junto ao Tribunal Regional Eleitoral de S�o Paulo para que seja concedida liminar para a participa��o da candidata neste debate ou para o adiamento dele para depois do julgamento, disse Ivan Valente.
Os partidos tamb�m questionam que apenas 10% do hor�rio eleitoral seja dividido igualmente entre as siglas e que somente os seis maiores partidos de uma coliga��o sejam considerados para a divis�o do tempo restante.
Colaborou THAIS BILENKY
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