Zelotes diz que lobistas receberam valores incompat�veis por consultorias
Luis Macedo/C�mara dos Deputados | ||
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O procurador Frederico Paiva, respons�vel pela Opera��o Zelotes fala em audi�ncia na C�mara |
Em manifesta��o ao processo origin�rio da Opera��o Zelotes, o Minist�rio P�blico Federal argumentou que os r�us da a��o receberam valores incompat�veis com os de mercado de consultoria e se comunicavam em linguagem cifrada.
O procurador Frederico Paiva, respons�vel pelo processo, que tramita na Justi�a Federal em Bras�lia, enviou nesta ter�a-feira as alega��es finais da acusa��o relativa a 16 pessoas.
A Zelotes investiga um suposto esquema de compra de medidas provis�rias que concederam benef�cios fiscais � ind�stria automotiva, principalmente �s montadoras Caoa e MMC Automotiva, representante da Mitsubishi no Brasil.
Lobistas s�o acusados de receberem propina das empresas para atuarem junto ao poder p�blico, com o objetivo de incluir os pleitos do setor em tr�s medidas provis�rias do governo federal.
Um dos principais pontos do documento � tentar desconstruir a tese das defesas de que os r�us prestaram servi�os de consultoria e lobby, sem cometer crimes.
"A escolha do ramo de consultoria[...] n�o foi aleat�ria. Ante sua natureza, h� uma dificuldade em definir se o servi�o foi efetivamente prestado. Mas a atividade de consultoria propicia [...] vultosas movimenta��es banc�rias, inclusive a de saques em esp�cie, sem despertar maiores suspeitas", escreveu Paiva nas alega��es finais.
Em seu parecer, o procurador lembra ainda que os lobistas participaram de reuni�es com t�cnicos dos minist�rios da Fazenda e do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio que sequer foram registradas oficialmente.
O Minist�rio P�blico acrescenta que a investiga��o mostrou que um dos r�us externou preocupa��o com cobran�as de "parlamentares", al�m de argumentar que os lobistas n�o conseguiram provar, no curso da a��o, despesas com "colaboradores", termo usado em mensagens trocadas entre os suspeitos.
OUTRO LADO
Sempre que procurada, a Caoa argumenta que que j� apresentou todos os esclarecimentos �s autoridades competentes e que n�o h� evid�ncias que justifiquem den�ncia, tampouco um processo judicial contra a empresa.
Diz que "jamais contratou ou pagou qualquer empresa para aprova��o da Medida Provis�ria" e que continua � disposi��o dos investigadores.
A MMC tamb�m nega ter participado de qualquer atividade il�cita.
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