Dirceu diz que n�o recebeu por consultoria suspeita ap�s o mensal�o
Hedeson Alves/Efe | ||
O ex-ministro Jos� Dirceu, preso na Lava Jato, durante depoimento � CPI da Petrobras, em Curitiba |
O ex-ministro Jos� Dirceu prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (9) sobre o pedido feito pelo Procurador-Geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, para que ele seja transferido do regime domiciliar para o fechado por sua condena��o no mensal�o.
Janot argumenta que as investiga��es da Lava Jato apontam que ele continuou praticando crimes ap�s a senten�a do mensal�o, o que implicaria na regress�o do regime de pris�o.
Dirceu cumpria pris�o domiciliar pela condena��o no STF (Supremo Tribunal Federal) at� agosto, quando foi preso preventivamente na Opera��o Lava Jato, acusado de firmar contratos de consultoria fraudulentos para receber propina de obras p�blicas.
Pelo menos R$ 29,2 milh�es foram recebidos pela JD Consultoria, empresa de Dirceu, entre 2006 e 2013.
O ex-ministro falou a um juiz na 3� Vara Criminal da Justi�a Federal no Paran�, em Curitiba, por determina��o do ministro Lu�s Roberto Barroso, que conduz o pedido de Janot feito ao STF.
Segundo seu advogado, Roberto Podval, o petista afirmou que todos os contratos de consultoria feitos por ele foram anteriores � condena��o no mensal�o.
"Todos os contratos, independentemente da licitude deles, foram feitos anteriormente � condena��o do mensal�o. Por isso n�o h� nenhum fato a ser discutido que tenha sido praticado pelo Z� enquanto ele cumpria pena", afirmou o criminalista.
No depoimento, o ex-ministro confirmou que recebeu pagamentos posteriores � condena��o no STF, em 2012, mas enfatizou que se referiam a trabalhos prestados antes dela.
Caso o STF acate o pedido de Janot, Dirceu correr� o risco de, caso seja liberado da pris�o preventiva em Curitiba, voltar ao regime fechado pela condena��o no mensal�o –em vez de regressar � pris�o domiciliar.
PEDIDO DO IRM�O
Dirceu tamb�m respondeu � acusa��o feita por Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, de que o irm�o do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, procurou o empreiteiro pedindo ajuda financeira.
Segundo o depoimento de colabora��o premiada do empres�rio, Pessoa fez um aditivo de R$ 1,7 milh�o ao contrato com a JD Consultoria, em 2012, sem que houvesse novos servi�os a serem prestados, apenas porque Dirceu precisava de dinheiro para despesas pessoais.
No depoimento � Justi�a, Dirceu disse que os pagamentos que recebeu de Pessoa foram anteriores ao mensal�o, e que se seu irm�o pediu dinheiro a ele quando esteve preso o petista n�o teve conhecimento.
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