Papuda � 'bem razo�vel', diz secret�rio
Respons�vel pelo pres�dio da Papuda, o secret�rio Jo�o Carlos Souto garante que o local onde ficar� o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato "� bem razo�vel" para os padr�es do sistema penitenci�rio brasileiro.
Secret�rio de Justi�a, Cidadania e Direitos Humanos do Distrito Federal, Souto reconhece os problemas, como superlota��o, mas afirma que os funcion�rios da unidade n�o veem uma rebeli�o h� cerca de dez anos.
"N�o vou dizer que � um hotel cinco ou quatro estrelas, mas as condi��es s�o razo�veis", compara.
Ele enumera melhorias recentes, entre elas a implanta��o do sistema de senhas on-line para visitantes, e argumenta que a qualidade de uma hospedaria pode variar conforme o rigor do usu�rio.
"Se voc� �, digamos assim, da linhagem dos Rockefeller [milion�rio americano], vai entrar num hotel mais ou menos e achar que a su�te presidencial n�o serve", disse.
Pizzolato embarcou de Mil�o rumo a S�o Paulo no final da tarde desta quinta (22) para dar entrada na Papuda ainda nesta sexta (23). A previs�o era de que ele passasse o voo inteiro algemado.
Condenado a 12 anos e 7 meses no julgamento do mensal�o por corrup��o passiva, peculato e lavagem de dinheiro, ele fugiu para a It�lia em 2013. Seus advogados tentavam evitar a extradi��o, sob argumento de que os pres�dios brasileiros n�o oferecem condi��es m�nimas de seguran�a. Acabaram vencidos, ap�s esgotarem todos os recursos poss�veis do Judici�rio italiano e da Corte Europeia de Direitos Humanos.
"Obviamente, n�o temos aqui o padr�o escandinavo. Tem muito a ser feito, mas ningu�m h� de negar que o sistema da Papuda � bem razo�vel", concluiu Souto sobre o pres�dio mais famoso de Bras�lia, ex-endere�o de outros r�us do mensal�o, como o ex-ministro Jos� Dirceu e o ex-deputado Jos� Geno�no.
CELA
Na Papuda, Pizzolato ter� a companhia de dois ou tr�s presos em uma cela da chamada ala dos vulner�veis, reservada, por exemplo, a idosos, ex-policiais e figuras not�rias, de baixa ou nenhuma periculosidade.
Pizzolato ter� chuveiro com banho quente e televis�o, desde que um parente dele ou de outro detento leve o aparelho.
Os banhos de sol s�o de duas horas todos os dias. Ele ter� acesso a amigos e familiares uma vez por semana e visitas �ntimas, de 30 minutos, a cada sete dias.
A alimenta��o ser� a mesma dos demais presidi�rios. Apenas �s sextas-feiras, poder� receber comida entregue por parentes.
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