Janot diz que Lava Jato 'se espalhou pelos bra�os do servi�o p�blico'
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
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O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, durante sabatina para recondu��o ao cargo |
No in�cio do julgamento que pode decidir pelo fatiamento das apura��es da Opera��o Lava Jato, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, defendeu nesta quarta-feira (23) que n�o h� uma investiga��o de "empresas nem dela��es premiadas", mas de uma "enorme organiza��o criminosa que se espalhou pelos bra�os do servi�o p�blico".
Os ministros come�aram a discutir uma quest�o de ordem do ministro Dias Toffoli sobre os rumos das investiga��es de provas contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por n�o terem liga��o direta com o esquema de corrup��o da Petrobras.
O entendimento do STF deve fixar se o ministro Teori Zavascki e o juiz do Paran� S�rgio Moro, que comandam as investiga��es da Lava Jato, s�o ou n�o competentes para analisar casos ligados � opera��o que n�o t�m rela��o direta com os desvios na estatal.
"Existe uma opera��o de mesma maneira, mesmos atores, mesmos operadores econ�micos, que atuaram no fato empresa Consist e no fato empresa Petrobras. N�o estamos investigando empresas nem dela��es, mas uma enorme organiza��o criminosa que se espraiou para bra�os do setor p�blico", disse.
Para Janot, as provas contra a senadora est�o interligadas � Opera��o Lava Jato. "Existem dois operadores que conversavam simultaneamente sobre um modus operandi id�ntico na distribui��o e obten��o il�cita de um lado e de outro. A eventual determina��o do local da pratica de il�cito o fato de empresa ter sede em s�o Paulo tem que ser levado em conta � que a lavagem de dinheiro ocorria atrav�s dois escrit�rio de advocacia em Curitiba", disse.
O poss�vel fatiamento da opera��o preocupa integrantes da for�a-tarefa da Lava Jato. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse � Folha que a divis�o pode significar "o fim da Lava Jato tal qual conhecemos". Nos bastidores, investigadores temem que a decis�o do STF tenha tido influ�ncia pol�tica.
O CASO
O debate come�ou ap�s Sergio Moro enviar ao STF provas contra Gleisi Hoffmann e outros nos desvios do Fundo Consist. Como os fatos teriam ocorrido em S�o Paulo, Toffoli defende que o processo seja enviado � Justi�a paulista, ficando no Supremo apenas a parte da investiga��o que trata da senadora.
O fundo era operado por uma firma que teria atuado no desvio de recursos de empr�stimos consignados do Minist�rio do Planejamento, que era comandado pelo marido de Gleisi, Paulo Bernardo.
Gleisi nega as acusa��es. Para a Procuradoria, o caso tem rela��o com a Lava Jato porque o dinheiro envolvendo o fundo passou por contas do ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari e teria se misturado com o esquema da Petrobras.
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