Manifesta��o contra Dilma re�ne 2.500 pessoas em S�o Paulo
Seis dias ap�s a reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT), cerca de 2.500 pessoas, segundo a Pol�cia Militar, foram �s ruas de S�o Paulo neste s�bado (1�) para protestar contra o resultado das urnas e o governo da petista.
O ato convocado por meio das redes sociais come�ou na avenida Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de S�o Paulo), por volta das 14h.
Protesto em SP contra a presidente Dilma acaba de maneira pac�fica
"Boa tarde, rea�as", cumprimentou ao microfone o empres�rio Paulo Martins, que foi candidato a deputado federal pelo PSC neste ano no Paran�. "� ineg�vel que o PT constr�i uma ditadura no pa�s", acrescentou, sob fortes aplausos do grupo, que depois seguiu em caminhada.
Por volta das 16h30, os manifestantes tomaram a avenida Brigadeiro Lu�s Ant�nio, pela qual caminharam em dire��o ao parque Ibirapuera.
Com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, o cantor Lob�o defendeu a recontagem dos votos das elei��es presidenciais e negou que o movimento tenha como prop�sito dar um novo golpe militar no pa�s. "N�o tem ningu�m aqui golpista", disse ao microfone.
A caminhada foi marcada tamb�m por provoca��es entre simpatizantes da esquerda e da direita. Na avenida Paulista, alguns moradores de pr�dios da regi�o estenderam nas janelas camisetas vermelhas e bandeira da campanha � reelei��o da presidente.
"Vai para Cuba", gritaram os manifestantes em resposta. Eles fecharam uma das faixas da avenida, onde vendedores ambulantes ofereciam camisetas dizendo "impeachment j�".
Al�m de pedirem o impeachment da petista, parte dos manifestantes defende um novo golpe militar no pa�s.
"� necess�ria a volta do militarismo. O que voc�s chamam de democracia � esse governo que est� a�?", criticou o investigador de pol�cia S�rgio Salgi, 46, que carregava cartaz com o pedido "SOS For�as Armadas".
Os manifestantes diziam que o resultado das elei��es deste ano de ser a "maior fraude da hist�ria" e o PT de ser "o c�ncer do Brasil". "P� na bunda dela [presidente], o Brasil n�o � a Venezuela", gritaram.
Sob aplausos, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), foi apresentado ao microfone como "algu�m de uma fam�lia que vem lutando muito pelo Brasil".
Em discurso, o parlamentar disse que, se seu pai fosse candidato a presidente, ele teria "fuzilado" a presidente. Segundo ele, Jair Bolsonaro ser� candidato em 2018 "mesmo que tenha de mudar de partido".
"Eu voto no Marcola, mas n�o voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra", disse, em refer�ncia a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos chefes da fac��o criminosa PCC.
A manifesta��o foi acompanhada pela Pol�cia Militar e pela chamada "Tropa do Bra�o", escalada para eventos de rua.
No microfone, o perito Ricardo Molina tamb�m acusou ter havido fraude no resultado das elei��es presidenciais deste ano. "As urnas s�o fraud�veis, qualquer um que n�o seja analfabeto sabe disso", criticou.
Ao final da caminhada, por volta de 17h30, j� pr�ximo ao Monumento �s Bandeiras, houve uma amea�a de racha entre favor�veis e contr�rios � interven��o militar.
Alguns manifestantes que participaram da concentra��o na avenida Paulista subiram em um segundo carro de som, que aguardava pr�ximo ao parque Ibirapuera, e iniciaram uma discuss�o com o primeiro ve�culo, que participou de toda a caminhada.
"Voc�s est�o querendo desviar, isso � sacanagem, aqui n�o tem pol�tico", disse um manifestante no segundo carro.
"Ningu�m � a favor de golpe", respondeu Lob�o, no primeiro carro.
Ao fim, ap�s uma r�pida discuss�o, chegaram a um acordo e seguiram juntos com o movimento. "Todos aqui se respeitam, n�s s� queremos o bem do Brasil. N�o podemos aceitar disc�rdia", pediu Paulo Martins.
O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de S�o Paulo, Alberto Goldman, disse neste s�bado (1�) que nem a sigla nem a dire��o da campanha do senador A�cio Neves (MG) incentivam, organizam ou d�o suporte �s manifesta��es contra a presidente Dilma.
Para Goldman, um dos cr�ticos mais duros do PT no partido, seria uma "irresponsabilidade" compactuar com esse tipo de ato. Ele afirma que o pa�s est� com os �nimos inflamados. "At� por conta do tipo de campanha, muito suja, muito pesada, que o PT fez primeiro contra a Marina Silva (PSB) e depois contra o A�cio. Mas nem isso justifica um pedido de impeachment da presidente", avaliou.
Ele ressaltou ainda que, apesar de o partido ter pedido uma auditoria especial no TSE sobre a apura��o dos votos, n�o h� ind�cio de fraude eleitoral. "Apenas uma constata��o de que o acompanhamento de todo esse processo � deficiente e pode ser melhorado", afirmou.
Andr� Monteiro/Folhapress | ||
Protesto contra crise da �gua re�ne manifestantes em Pinheiros |
CONTRA ALCKMIN
Tamb�m neste s�bado, cerca de 300 manifestantes –de acordo com a PM– realizaram protesto no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de S�o Paulo, contra a crise de �gua no Estado.
O ato "Alckmin, cad� a �gua?" come�ou por volta das 15h no largo da Batata, seguiu por ruas de Pinheiros, at� terminar, �s 17h20, em frente a uma unidade da Sabesp na rua Sumidouro.
O protesto reuniu jovens de esquerda e ambientalistas. Havia militantes de partidos como PSOL, PSTU e, em menor n�mero, do PT. Tamb�m havia grupos apartid�rios como Rua, Territ�rio Livre e Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre), e membros dos sindicatos de funcion�rios da USP e do Metr�.
Eles criticavam a postura do governo estadual em rela��o � gest�o da crise da �gua. "Alckmin privatizou a Sabesp e acabou com a nossa �gua. Se a �gua acabar, S�o Paulo vai parar", disse Thiago Aguiar, do Juntos!, movimento de juventude do PSOL. "Viemos aqui para devolver o volume morto e pressionar a 'Dilma tucana' [Dilma Pena, presidente da Sabesp]."
Os manifestantes carregavam bandeiras e faixas culpando a gest�o Geraldo Alckmin (PSDB) pela crise da �gua. "Alckmin molhou a m�o do banqueiro e secou a Canteira", dizia uma delas. "A culpa n�o � de S�o Pedro", dizia outra.
Os manifestantes tamb�m criticaram o ato na Paulista. "Esses caras que falam em interven��o militar n�o t�m ideia do que � ditadura. N�o sabem nem o que � democracia, falam em impeachment logo depois de elei��o", disse Carolina Arbache, 25, que disse n�o pertencer a nenhum movimento pol�tico.
PELO PA�S
Tamb�m houve protestos contra a presidente Dilma neste s�bado em Bras�lia, Curitiba e em Manaus.
Em Bras�lia, cerca de 350 pessoas se reuniram em frente ao Congresso Nacional, exibindo faixas com afirma��es sobre fraudes nas elei��es e pedindo o impeachment da presidente Dilma.
O grupo, acompanhado por um carro de som, caminhou pela Esplanada dos Minist�rios at� a rodovi�ria, na regi�o central da cidade, em um trajeto de cerca de 2 km, bloqueando parcialmente o tr�nsito. O protesto durou cerca de duas horas.
Na capital paranaense, segundo a PM, cerca de cem pessoas marcharam at� a sede do governo, administrado pelo tucano Beto Richa.
Os manifestantes pintaram o rosto com listras pretas ou verde e amarelas, e carregavam cartazes com frases como "impeachment j�", "fora PT" e "90% do PIB n�o elegeu a Dilma".
Alguns pediam a recontagem dos votos do pleito do �ltimo domingo.
Em Manaus, cerca de 50 pessoas se concentraram em frente ao Teatro Amazonas.
Livraria da Folha
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