Dilma diz que chamar� A�cio e Marina para dialogar
A presidente Dilma afirmou, em entrevista ao "Jornal do SBT" na noite desta ter�a-feira, que aceita em seu segundo mandato dialogar com os dois candidatos que amea�aram sua reelei��o, A�cio Neves e Marina Silva.
"Sem a menor sombra de d�vida estou aberta ao di�logo. Acho que a palavra correta no in�cio de um governo � se abrir ao di�logo com todos os setores, o A�cio, a Marina. Sim, posso cham�-los sim", disse.
Ela n�o deu detalhes de como ou quando esse poss�vel di�logo poderia ser estabelecido.
"� necess�rio que a gente crie no Brasil pontes. N�o precisa de ter as mesmas posi��es. Quando eu falo em uni�o, eu n�o quero aquela uni�o que torna tudo pasteurizado. Quero aquela uni�o que as pessoas mantenham suas diferen�as de opini�o, que possam agir de forma diversificada e que, ao mesmo tempo, conversem. A conversa n�o implica em abrir m�o de nada. Ela mostra generosidade, mostra esp�rito p�blico."
Minutos antes, em entrevista ao "Jornal da Band", ela havia dado declara��o parecida em rela��o a dialogar com A�cio.
Segundo ela, esse di�logo ter� que ser n�o apenas com a oposi��o, mas tamb�m com a "os setores produtivos, os bancos, as representa��es da sociedade", disse na Band.
Durante todo o seu primeiro mandato, Dilma foi criticada por n�o ouvir pol�ticos, empres�rios e movimentos sociais.
REFORMA POL�TICA
Nas duas entrevistas, a presidente afirmou que n�o imagina como o projeto de reforma pol�tica, que ela j� disse ser uma de suas prioridades no novo mandato, pode ser discutido sem a algum tipo de participa��o popular. Nesta semana, parlamentares j� afirmaram que n�o querem um plebiscito popular sobre o tema, e sim que o pr�prio Congresso o debata.
"Acho muito dif�cil que essa discuss�o n�o seja interativa. Tem-se que discutir a forma [de debater a reforma]. A forma que vai ser, n�o sei. Mas acho muito dif�cil que n�o tenha [algum tipo de] consulta popular", afirmou no SBT.
"Acho que n�o interessa muito se � referendo ou plebiscito. Pode ser uma coisa ou outra."
PETROBRAS
A presidente tamb�m disse, no SBT, que � a favor da abertura de uma nova CPI sobre o esc�ndalo da Petrobras. Essa possibilidade � discutida no Congresso.
"Tudo o que for investiga��o da Petrobras pode ser feito. O governo n�o vai criar nenhum obst�culo. Acho que tem uma investiga��o [resultante da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal] que est� sendo desenvolvida. N�o colocarei [obst�culos].
"Acho que temos uma oportunidade �nica, que � acabar com a impunidade. At� aqui, o que � que acontecia? V�rios processo que foram desenvolvidos no Brasil, objetos de CPI, o que � que acontece no final? No final, acaba, como o povo diz, em pizza. Se voc� mant�m a impunidade, voc� est� sancionando a corrup��o. Eu quero essa investiga��o doa a quem doer, n�o vou deixando pedra sobre pedra."
Dizendo que quer manter uma "comunica��o integral" sobre os desdobramentos da investiga��o, de forma a evitar "vazamentos seletivos, estranhos, que interessam a grupos pol�ticos que manejam essas informa��es", ela disse ter sido na campanha alvo de desse tipo de vazamento.
"Eu fui vitima, nos �ltimos da minha campanha, de um vazamento seletivo, estranh�ssimo, porque a acusa��o n�o � feita e a prova n�o � mostrada, nem a acusa��o fica clara qual �."
Ela negou que tenha agido politicamente para indicar diretores de estatais, e afirmou que isso � uma pr�tica que ocorria antes de ela assumir.
ECONOMIA
Dilma voltou, nas duas entrevistas, a se dizer otimista com a recupera��o da economia, e preferiu n�o se pronunciar sobre a escolha do futuro ministro da Fazenda. Especula��es sobre quem ocupar� o cargo t�m criado especula��es, com rumores de que ela chamar� algu�m do mercado financeiro.
Segundo ela, a queda da Bolsa e a subida no d�lar logo ap�s as elei��es do �ltimo domingo s�o flutua��es do mercado, que deve se normalizar agora.
"Acredito que o Brasil hoje tem condi��es de sair desse processo de baixo crescimento para um de mais alto crescimento. N�s temos um mercado interno robusto, milh�es de brasileiros foram para a classe m�dia. Ningu�m mais sofre como sofria h� uma d�cada quando havia uma crise internacional porque n�o t�nhamos reservas. Temos reservas e elas nos protegem. E vamos manter a infla��o sob controle", disse na Band.
Ela disse n�o acreditar que uma agencia de risco diminua a nota de investimento do Brasil. "Pelo menos que eu saiba, todas descartam isso para 2014 e colocam isso [a possibilidade] para 2015. E temos todas as condi��es para nos recuperar."
Ela tamb�m negou, no SBT, que ir� diminuir ou mesmo retirar a desonera��o na folha de pagamentos feitas para incentivar a economia.
OBAMA
Sobre a conversa que teve hoje de manh� com o presidente norte-americano Barack Obama, ela nas duas emissoras de TV disse que eles falaram sobre a possibilidade de retomar as visitas. Ao saber em 2013 que havia sido espionada pelo governo americano, gra�as aos vazamentos feitos por Edward Snowden, ela cancelou uma visita ao americano.
Segundo ela, o assunto que levou � crise no ano passado foi um dos pontos conversados: "�bvio que vai ter que ter um acordo sobre isso, para que a gente tenha uma desanuviada na rela��o Mas est� bem encaminhado", disse no SBT.
Segundo ela, Obama lhe disse para descansar bastante depois das elei��es. Ela disse que n�o conseguir� seguir o conselho.
SECA EM S�O PAULO
Dilma repetiu, nas duas entrevistas, que o governo federal est� aberta para qualquer pedido do governo de S�o Paulo sobre a falta de �gua. Segundo ela, a administra��o federal, apesar de n�o ser legalmente respons�vel pela gest�o da �gua, pode ajudar o Estado, especialmente emprestando recursos para obras emergenciais.
LULA
J� sobre a poss�vel candidatura do ex-presidente Lula nas pr�ximas elei��es presidenciais, ela afirmou que "o que o Lula quiser ser, eu apoiarei".
HOMOFOBIA
Dilma afirmou tamb�m, no SBT, que sua administra��o apoiar� no Congresso um projeto de lei que torna crime a homofobia –uma das principais demandas do movimento LGBT, que teve rela��o atritada com a petista.
"Darei apoio a isso. � uma medida civilizat�ria. O Brasil tem que ser contra a homofobia porque isso � de fato uma barb�rie."
Livraria da Folha
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