Para�ba tem disputa apertada entre atual e ex-governador do Estado
Numa das disputas mais acirradas do pa�s, a elei��o pelo governo da Para�ba toma a corrida presidencial como espelho.
O governador Ricardo Coutinho (PSB), que tenta a reelei��o, e o senador C�ssio Cunha Lima (PSDB), que busca terceiro mandato, ancoraram-se no discurso do alinhamento com o governo federal para prometer grandes obras e projetos sociais.
Com uma popula��o de quase 4 milh�es de habitantes, a PB passou ao largo dos grandes investimentos em infraestrutura que o Nordeste recebeu nos �ltimos anos.
Das grandes obras previstas para a regi�o, somente a pol�mica obra de transposi��o do rio S�o Francisco cruza o territ�rio paraibano.
E � com a promessa de atrair investimentos em infraestrutura e brigar para sediar grandes empresas que Coutinho e C�ssio colaram suas campanhas, respectivamente, em Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB).
C�ssio tem levado ao hor�rio eleitoral o discurso de que a Para�ba avan�aria com o apoio do presidenci�vel tucano, de quem � amigo pessoal.
"Bahia, Pernambuco e Cear� cresceram gra�as � presen�a do governo federal. E a Para�ba n�o recebeu investimentos estruturantes, o Brasil deve isso ao nosso Estado", disse � Folha o candidato C�ssio Cunha Lima.
Para se contrapor ao advers�rio, Coutinho firmou uma alian�a com a presidenci�vel petista, indo de encontro � decis�o do PSB de apoiar A�cio Neves.
Na TV, a campanha de Coutinho ressalta a parceria com Dilma, "que j� � forte e vai continuar". Com o apoio do governo federal, promete construir hospitais no interior e implantar novas escolas t�cnicas no Estado.
Pesquisa Ibope divulgada neste s�bado (25) aponta empate t�cnico entre os candidatos. Coutinho tem 53% dos votos v�lidos e C�ssio, 47%. A margem de erro � de tr�s pontos percentuais, para mais ou para menos.
CAMPANHA
O resultado do primeiro turno, no qual C�ssio venceu Coutinho por uma diferen�a m�nima –de 47,4% a 46%–, foi a senha para o acirramento da campanha no Estado.
Os dois eram aliados at� o in�cio deste ano, quando o PSDB entregou os cargos no governo estadual para lan�ar candidatura pr�pria. Com o rompimento, C�ssio e Coutinho tiveram que buscar novas alian�as.
O tucano comp�s com partidos da base de sustenta��o de Dilma –como PP. Formou uma alian�a de 15 partidos, arrecadou R$ 4,5 milh�es para a campanha at� setembro.
J� o pessebista formou uma alian�a de 13 partidos, unindo na mesma chapa o DEM e o PT, partido do qual estava politicamente afastado desde 2010. At� setembro, havia arrecadado R$ 6,2 milh�es.
No segundo turno, Coutinho conquistou o apoio do PMDB do senador Vital do R�go, derrotado para o governo, e do senador eleito Jos� Maranh�o. Ambos fizeram oposi��o ao governo do PSB nos �ltimos quatro anos.
Al�m da ciranda das alian�as partid�rias, a campanha da Para�ba tamb�m foi marcada pelo acirramento das rivalidades regionais.
Enquanto Ricardo teve uma boa vota��o em Jo�o Pessoa e cidades da regi�o metropolitana, C�ssio se sobressaiu em campina Grande, segundo maior col�gio eleitoral do Estado e seu principal reduto pol�tico.
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