Dilma achava que pol�tica n�o era muito limpa
Presa em janeiro de 1970 por participar de organiza��es guerrilheiras (Colina e VAR-Palmares) que tentavam derrubar a ditadura, Dilma Rousseff continuou sendo vigiada pelo regime ap�s ser libertada, no final de 1972.
Em 1973, Dilma se mudou para Porto Alegre para esperar a liberta��o de seu companheiro, Carlos Franklin Paix�o de Ara�jo, ainda preso.
Ao chegar � capital ga�cha, com cerca de 26 anos de idade, Dilma parece n�o ter atra�do maior aten��o dos arapongas. Isso mudou em junho de 1975, quando a aluna do curso de economia da universidade federal obteve emprego de estagi�ria na Funda��o de Economia e Estat�stica, do governo ga�cho.
Reprodu��o | ||
![]() |
||
Dilma Rousseff em audi�ncia da Justi�a Militar |
A partir da�, in�meros informes alardeiam uma "infiltra��o esquerdista e comunista" em �rg�os do governo. Levantamento do Ex�rcito apontou 24 servidores "subversivos", incluindo Dilma. Houve intensa press�o para destituir os servidores, mas os documentos dizem que partiu de Dilma a decis�o de pedir demiss�o em 1977.
Editoria de Arte/Folhapress |
![]() |
As convic��es e passos de Dilma em Porto Alegre foram registrados em centenas de p�ginas guardadas no Arquivo Nacional produzidas pelos arapongas do SNI (Servi�o Nacional de Informa��es) e das For�as Armadas.
O acervo do Arquivo Nacional sobre Dilma tem mais de 6.000 p�ginas. Come�a em 1968 e acaba em 1989 enfocando sobretudo sua passagem pela guerrilha. Foram destacados aqui documentos in�ditos sobre o per�odo posterior � pris�o.
No in�cio dos ano 80, Dilma aparece nos pap�is da ditadura como ativa militante da causa feminista e do trabalhismo. Ela uniu os dois objetivos, tendo criado a A��o da Mulher Trabalhista, ligada ao PDT, com apoio da soci�loga L�cia Margarida Macedo de Aguiar Peres. Numa das reuni�es do grupo foi distribu�da a "cartilha da mulher trabalhista" que propunha a "nacionaliza��o de empresas agr�colas e agroindustriais".
Na �poca Dilma achava que a pol�tica n�o era "muito limpa". Defendia "creches, restaurantes e lavanderias coletivas para libertar a mulher da dupla jornada de trabalho".
Em aspecto pouco citado em sua biografia, Dilma foi s�cia de uma gr�fica na capital ga�cha, a Imprimatur Artes Gr�ficas, que fazia propaganda para candidatos do PDT.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade