Derrotada na Bahia, Eliana Calmon diz que sobe em palaque de A�cio
Derrotada na disputa por uma vaga no Senado pela Bahia, a ex-corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justi�a), Eliana Calmon (PSB), anunciou que vai apoiar A�cio Neves (PSDB) no segundo turno das elei��es presidenciais.
Colocando-se � disposi��o para subir no palanque do tucano na Bahia, Calmon justificou seu voto alegando que n�o ficaria neutra e que A�cio seria a �nica alternativa dispon�vel.
Para Calmon, que at� dezembro do ano passado era ministra do STJ (Superior Tribunal de Justi�a), n�o faria sentido "retornar ao caminho deixado para tr�s" com um apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff (PT).
Fernando Vivas -7.ago.2014/Folhapress | ||
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A ex-corregedora do CNJ, Eliana Calmon, em seu comit� de campanha, em Salvador |
"N�o d� [para apoiar o PT], sobretudo depois do que eles fizeram com [a candidata do PSB] Marina [Silva]. Eles a destro�aram, tornando qualquer apoio invi�vel", disse Calmon, que ficou famosa por criticar "bandidos de toga" na magistratura.
Ela explicou que o apoio ao tucano n�o se d� "por vingan�a", mas "por coer�ncia", j� que essa foi a decis�o tomada pelo PSB.
A Rede Sustentabilidade, partido em forma��o do qual Calmon faz parte, defendeu a neutralidade ou o apoio a A�cio entre seus militantes.
Pessoalmente, a ex-ministra diz que v� A�cio como uma possibilidade de altern�ncia de poder e alegou que a elei��o do senador mineiro para o Planalto representaria "um menor risco � democracia".
Questionada sobre as raz�es de a reelei��o de Dilma representar um risco, ela criticou a proposta da presidente de regula��o dos meios de comunica��o e disse ter ficado preocupada com o discurso de Dilma na ONU.
"Aquilo me deixou preocupad�ssima, pois ela fez um posicionamento pol�tico num lugar onde ela estava para representar nosso pa�s", afirmou.
DESCOMPASSO
A posi��o de Eliana Calmon vai de encontro ao da sua companheira de chapa nas elei��es deste ano, a senadora L�dice da Mata (PSB).
Com uma trajet�ria marcada por alian�as com o PT e embates com o DEM da Bahia -principal apoiador de A�cio no Estado-, L�dice afirmou que n�o seguiria a posi��o do partido de apoiar o senador mineiro.
At� o momento, contudo, n�o divulgou apoio � reelei��o de Dilma.
Tanto L�dice quanto Eliana Calmon foram derrotadas nas urnas no primeiro turno das elei��es na Bahia, ficando ambas na terceira coloca��o da disputa.
Calmon teve 8,4% dos votos v�lidos na disputa pelo Senado e foi derrotada pelo vice-governador Otto Alencar (PSD), eleito para o cargo com 54% dos votos v�lidos. Tamb�m foi superada nas urnas pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que teve 34%.
L�dice obteve 6,6% dos votos na disputa pelo governo da Bahia, vencida pelo petista Rui Costa j� no primeiro turno. O ex-governador Paulo Souto (DEM) teve 37%.
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