Professor de Direito da USP trata golpe de 64 como revolu��o; leia �ntegra
No dia 1� de abril, a Folha publicou reportagem sobre o protesto de estudantes da Faculdade de Direito da USP (Universidade de S�o Paulo) que interromperam, na segunda-feira (31), a leitura de um texto do professor Eduardo Gualazzi, intitulado "Contin�ncia a 1964".
Em seu discurso, Gualazzi destaca que a aula ser� proferida em celebra��o ao 50� anivers�rio da revolu��o de 31 de mar�o de 1964. "Em consequ�ncia, considerei a realidade brasileira e mundial, em 1964, e humildemente apoiei, em sil�ncio firme, a Revolu��o de 31 de mar�o de 1964, no Brasil, a decis�o �ntima de que sempre me orgulhei! V�rios livros e artigos, de minha autoria, publicado em 1973 at� os dias atuais, comprovam minha mentalidade e meu apoio � revolu��o de 1964", diz o texto lido pelo professor.
Revolu��o foi e ainda � o termo usado pelos militares e apoiadores do golpe para conferir car�ter positivo � derrubada de Jango. O emprego da express�o causa revolta entre v�timas do regime militar e historiadores, como o que aconteceu com os estudantes da USP.
Confira abaixo a �ntegra do discurso de Gualazzi.
Assista ao v�deo em tablets e celulares
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Recordo o Passado.
Em 31 de Mar�o de 1964, uma ter�a-feira, eu era um jovem, com dezessete anos de idade, estudante do Primeiro Ano do Curso Cl�ssico do Col�gio Dante Alighieri, em S�o Paulo/SP onde eu nasci em 17 de dezembro 1946.
Durante a minha inf�ncia/adolesc�ncia, consolidei em sil�ncio minha op��o �ntima pelo seguinte perfil de personalidade, em ordem alfab�tica: a) aristocratismo; b) burguesismo; c) capitalismo; d) direitismo; e) euro-brasilidade; f ) fam�lia; g) individualismo; h) liberalismo; i) m�sica erudita; j) pan-americanismo; k) propriedade privada; i) tradi��o judaico-crist�. Nos tempos atuais, mantenho em meu �ntimo, de modo p�treo, as doze op��es de minha inf�ncia/adolesc�ncia. Todos os meus pensamentos, sentidos,decis�es e atividade, ao longo dos meu 67 (sessenta e sete) anos de vida, consistiram em desdobramento das referidas op��es.
Em consequ�ncia, considerei a realidade brasileira e mundial, em 1964, e humildemente apoiei, em sil�ncio firme, a Revolu��o de 31 de mar�o de 1964, no Brasil, a decis�o �ntima de que sempre me orgulhei! V�rios livros e artigos, de minha autoria, publicado em 1973 at� os dias atuais, comprovam minha mentalidade e meu apoio � revolu��o de 1964.
A seguir, considero o passado, o presente e o futuro, em busca de conclus�o.
Em 1964, o Planeta Terra e a Humanidade inteira encontravam-se ainda envolvidos no do conflito Leste\Oeste, a "Guerra Fria", antagonismo absoluto entre o Capitalismo Direitista/Liberal e o Socialismo/Comunismo Esquerdista-Totalit�rio. Meio s�culo atr�s, o Capitalismo Direitista/Liberal estava personificado nos Estados Unidos da Am�rica e sua �rea de influ�ncia mundial; o Socialismo/Comunismo Esqurdista-Totalit�rio remanescia incorporado na Uni�o das Rep�blicas Socialistas Sovi�ticas (URSS) e seus Pa�ses sat�lites, extintos em 1991. Em 1964, a inten��o do Socialismo/Comunismo Esquerdista-Totalit�rio ainda consista em fazer do Planeta Terra e da Humanidade inteira um Planeta Vermelho e uma Humanidade Vermelha, sob enfoque ideol�gico!
Realce m�ximo merece a evid�ncia hist�rica, comprovada, de que o Holocausto Vermelho, efetuando durante o s�culo passado pelo Socialismo/Comunismo Esqu�sita- Totalit�rio, trucidou dez a quinze vezes mais seres humanos do que o celebre Holocausto Nazi-Fascista, encerrado em 1945! Recomenda-se aos interessados a leitura de seguinte obra: O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO (Crimes, Terror e Repress�o), de St�phane Courtois et alia, trad. de Caio Meira, v�rias edi��es, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 924 p�gs. Esse livro documenta a mais pavorosa vergonha da Hist�ria da Humanidade, assim como o mais completo fracasso de uma ideologia, em todos os tempos! A Hist�ria informa que as tiranias vermelhas terminaram afogadas num Holocausto de sangue e corrup��o total!
Em 1964, o Socialismo/Comunismo Esquerdista-Totalit�rio almejava apoderar-se totalmente do Brasil, mediante luta armada a subvers�o de todas a institui��es p�blicas e privadas daquela �poca. E quase conseguiu!... Em 1964, uma minoria secreta de brasileiros/as, com alma vermelha, quase transformou o Brasil em um Partido �nico, Poder �nico, fronteiras fechadas, fuzilamentos em massa, torturas e destrui��o das liberdades publicas e privadas, especialmente de liberdade de pensamento e express�o, com aniquilamento de personativismo individual�stico!
Por�m, em 31 de Mar�o de 1964 eclodiu, no Brasil, uma Contra-Revolu��o, apoiada pela maioria do Povo Brasileiro: foi ent�o desarticulada e destru�da a Revolu��o Vermelha. Em verdade, a Revolu��o de 31 de mar�o de 1964 consistiu na preserva��o da consolida��o hist�rica do perfil brasileiro, assentado em nosso Pa�s desde 1500 (Descobrimento do Brasil). Foi uma verdadeira revolu��o apenas no sentido etimol�gico de retorno de um corpo ao ponto de partida.
Em 1964, o Brasil ainda era um Pa�s subdesenvolvido, fragment�rio, incipiente, poroso a qualquer aventureirismo ideol�gico, vulner�vel � colossal influ�ncia vermelha da extinta URSS e seus sat�lites. Em 1964, o PIB do Brasil era tr�s vezes e meia menor do que � hoje, em 2014! Em 1964, o Brasil ainda era Pa�s pobre, a anos-luz de situar-se entra as maiores economias do planeta terra!
Gra�as ao bom deus e � revolu��o de 31 de Mar�o de 1964, o Brasil permaneceu no roteiro hist�rico de 1500, 1808, 1822, 1889, 1930 e 1960/61 e, assim, hoje ostenta a posi��o de s�tima economia do Planeta Terra, bem como ambiente institucional e constitucional, p�blico e privado, de observ�ncia a todas as liberdades p�blicas e privadas.
Os l�deres civis e militares da Revolu��o de 1964 sabiamente consolidaram, ao longo de vinte e um anos (1964-1985), infraestrutura e superestrutura que tornaram o Brasil atualmente: a) imune a qualquer tentativa de subvers�o do perfil hist�rico deste pa�s, de modo radical ou por etapas; b) propicio � convers�o e/ou neutraliza��o de radicais ideol�gicos ou de corruptos fisiol�gicos. No tocante ao passado, este �ngulo e outros podem ser consultados na seguinte obra-prima: ORVIL - Tentativas de Tomada do Poder — Organizadores: ten. Cel. L�cio Maciel e Ten. Jos� Conegundes do Nascimento, S�o Paulo, Schoba, 2012, 924 p�gs.
Em 2014, no Planeta Terra e na Humanidade, verifica-se o "apaziguamento ideol�gico" o amortecimento de todas as ideologias pol�ticas, hoje consideradas "m�mias arcaicas" de um "museu de horrores", pela maioria dos seres humanos. Com raz�o, exclamou J�NIO DA SILVA QUADROS (1917-1992 ), presidente da rep�blica brasileira em 1961: "o s�culo xx foi o forno do cremat�rio das ideologias"!
Em 2014, a maioria da Humanidade caminha pragmaticamente rumo ao Capitalismo Maduro ou P�s-Capitalismo, caracterizado pelo perfil exponencial de cogni��o espiritual/tecnol�gica, superior ao materialismo puro, nu e cru. At� pa�ses ainda extrinsecamente socialistas j� est�o mergulhando em �guas capitalistas: mergulho intr�nseco sem volta... A Humanidade quase inteira j� percebeu que o Capitalismo e o Liberalismo n�o s�o ideol�gicas, mas consistem na evolu��o natural da Civiliza��o, Educa��o e Cultura, atualmente assegurada pela Internet. Mediante ultratecnologia, os Estados Unidos da Am�rica imunizaram o Planeta e a Humanidade, no tocante a qualquer aventureirismo ideol�gico ou fundamentalista, inclusive geopol�tico!
Em 2014, no Brasil, h� predom�nio total, formal e substancial, de Capitalismo Direitista/Liberal, que permeia todo o discurso, p�blico e privado, bem como a mentalidade da maioria do Povo Brasileiro. Nos tempos atuais, at� o populismo demag�gico, no Brasil, utiliza formula��o liberal/capitalista! No Brasil atual, os entraves principais ao Socialismo/Comunismo Esquerdista-Totalit�rio s�o os seguintes: a) Constitui��o do Brasil, de 1988; b) pluripartidarismo; c) Poder Judici�rio; d) M�dia, especialmente Internet.
Todavia, no Brasil de 2014 ainda subsiste uma minoria de viciados na Peste Rubra, o esquerdismos totalit�rio que foi destru�do em 1964.Trata-se de minoria agora inofensiva, porque neutralizada pelos entraves supra referidos, pela infra estrutura e pela superestrutura, legadas pela Revolu��o de 1964, sobretudo pelo General mais poderoso do mundo — o General Tempo —, que conduzir� tal minoria ao cemit�rio, a curto, m�dio e longo prazo! O Povo Brasileiro j� come�ou a perceber o estelionato eleitoral da esquerdalha cor-de-rosa/vermelha! A entropia esquerd�ide, no Brasil atual, � lent�ssima, mas irrevers�vel! Basta de menosprezo aos direitos adquiridos de pessoas f�sicas e jur�dicas, publicas e privadas, inclusive de servidores p�blicos (civis e militares ), que edificaram o Brasil, em vidas honestas de trabalho e sacrif�cio, ao longo de d�cadas, com dedica��o de suas vidas e Fam�lias � P�tria Brasileira!
A PESTE RUBRA PASSAR�, ASSIM COMO PASSOU A PESTE NEGRA DA IDADE M�DIA!
No futuro, em 2064, ap�s meio s�culo, eu n�o mais existirei! Contudo, o Brasil existir� e j� ter� relegado ao arquivo hist�rico sua Idade M�dia com Peste Rubra. Em 2064, o Brasil estar� liberalmente inserido no processo hist�rico de confederaliza��o administrativa internacional, que eu previ em meu livro Direito Internacional Administrativo (2005, S�o Paulo, Edi��es Inteligentes, 367 p�gs.), mediante observ�ncia das seguintes etapas, at� o fim do s�culo XXI: a) Confedera��o Administrativa Latino-Americana; b) Confedera��o Administrativa Pan-Americana; c) Confedera��o Administrativa Euro-Americana; d) Confedera��o Administrativa Ocidental/Oriental; e) Confedera��o Administrativa Universal.
Em Conclus�o, cumpriu-se o vatic�nio dos lideres civis e militares da Revolu��o de 31 de mar�o de 1964! Rendo respeitosa homenagem � mem�ria dos mentores supremos da Revolu��o de 1964: a) Jornalista RUY MESQUITA; b) General SABASTI�O DALYSIO MENNA BARRETO; c ) General OLYMPIO MOUR�O FILHO; d) General CARLOS LUIS GUEDES. Foi meu destino cumprimentar pessoalmente a m�o dos quatro!
O Brasil � infal�vel: sempre cumpre a predi��o certa, ap�s cinq�enta anos!... Meio s�culo ap�s, perfilo-me em contin�ncia a 1964!
Data v�nia, eis minha aula, no 50� anivers�rio da Revolu��o de 31 de mar�o de 1964, ad perpetuam rei memoriam.
S�o Paulo,31 de mar�o de 2014
EDUARDO LOBO BOTELHO GUALAZZI
Livraria da Folha
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