Gest�o de Ti�o Viana amplia d�vida e freia investimentos
O governador Ti�o Viana (PT) tentar� se reeleger ao governo do Acre com o legado de uma gest�o que ampliou a d�vida p�blica e freou investimentos em infraestrutura.
Aliado a isso, o petista ter� de lidar com um cen�rio de poucos avan�os na ind�stria, a exemplo da cria��o de uma zona de livre com�rcio inaugurada h� dois anos, mas que ainda n�o come�ou a operar.
Dependente de repasses federais, o Estado tem recorrido a empr�stimos crescentes para fechar as contas. A d�vida p�blica, que representava 50,4% da receita em 2011, passou a 68,5% em 2013.
Gleilson Miranda - 6.set.2012/Divulga��o/Secom | ||
![]() |
||
O governador do Acre, Ti�o Viana (de bra�o erguido), em visita a obras do F�rum Criminal de Rio Branco |
Para a oposi��o, o equil�brio fiscal � prejudicado pelo peso da m�quina. O Acre tem hoje 56 �rg�os, entre secretarias, autarquias e empresas estatais –s� de 2011 a 2013, o gasto com custeio subiu 32%.
editoria de arte/Folhapress |
![]() |
"O endividamento do Acre n�o � um caso isolado. O problema � que n�o gera riqueza, n�o tem um parque industrial. No final das contas, os empr�stimos foram consumidos com o custeio da m�quina", diz o deputado federal M�rcio Bittar (PSDB), prov�vel advers�rio de Viana nas elei��es.
Principal aposta para turbinar a ind�stria, a ZPE (Zona de Processamento de Exporta��o) do Acre foi inaugurada em 2012, mas ainda se resume a um terreno vazio.
Tr�s empresas tiveram projetos aprovados para se instalar pr�ximo de Rio Branco e receber incentivos fiscais e cambiais, mas ainda aguardam os tr�mites burocr�ticos.
O ex-governador Flaviano Melo (PMDB) diz que houve avan�os na �rea social, mas falta est�mulo para ativar a economia. "Se voc� n�o der incentivos, ningu�m vem. Quem quer vir para c� e ficar longe do centro consumidor?"
Entre os obst�culos para atrair ind�strias est�o a dist�ncia dos grandes centros consumidores e a infraestrutura prec�ria –como m�s condi��es das rodovias.
Segundo pesquisa da Confedera��o Nacional do Transporte, 30,6% das estradas estaduais e federais que cortam o Acre est�o em p�ssimas condi��es, 53,5% s�o ruins e 15,9%, regulares. Mesmo assim, os gastos na �rea ca�ram 30,6% entre 2011 e 2013.
A Folha pediu entrevista com os secret�rios da Fazenda e da Casa Civil, mas o governo s� falou por e-mail.
Sobre os empr�stimos, afirma que foram investidos no setor produtivo e industrial, infraestrutura e inclus�o social de comunidades isoladas.
A respeito dos gastos com custeio, diz que s�o motivados pelo alto �ndice de investimento, amplia��o de servi�os p�blicos e gastos imprevis�veis, como a ajuda humanit�ria a imigrantes haitianos que entram no pa�s pelo Acre.
Esta reportagem � parte de uma s�rie iniciada em agosto de 2013 sobre a situa��o financeira dos Estados. Leia as reportagens anteriores em folha.com/estadodafederacao
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade